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Rafael

Suspiro fundo passando a mão no rosto, não consegui dormir depois que Henrique saiu, já são nove da manhã e nada dele, já liguei, mandei mensagem e ele não me respondeu.

Se vai ser sempre a mesma coisa, ele sair assim e eu ficar preocupado se ele está morto ou não, faço maior questão de sequestrá-lo e levar para uma ilha sem ninguém.

Ligo pro chumbo pela sétima vez, e por milagre ele me atende.

[Ligação]

Chumbinho: Oi Rafaelzinho. -Falou baixo com a voz rouca.-

– Você está bem? -Perguntei preocupado.-

Chumbinho: tô sim, acabei de acordar, o bagulho durou por duas horas e fiquei de plantão por quatro horas. -Falou devagar.-

– Onde está Henrique? -Ele soltou um suspiro pesado.-

Chumbinho: Deve estar na boca, ele não dormiu desde ontem.

– Antony, ele está com o celular?

Chumbinho: tá sim, ele mandou uma mensagem pra mim, faz uns vinte minutos.- Suspiro fundo para não me estressar.-

– Antony, faz um favor pra mim? -Escuto um” faço”.- Fale pro riquiz, que se ele não me responder ou retornar minha ligação, eu vou jogar ele do meu prédio e terminar com ele.

Chumbinho: positivo!

Desligo a ligação puto da vida, o cara preocupado com ele, e o bonitão sequer dá notícia de vida, acho que tenho muita paciência mesmo.

Três minutos depois o seu nome aparece na tela, só de pirraça deixo o celular tocando várias vezes, na quarta chamada eu atendo na maior tranquilidade do mundo.

[Ligação]

– Te juro que te dejaré soltera si sigues haciendo estas payasadas! Ayer no fue suficiente, agora quieres desaparecer donde me preocupo como un idiota?

Riquiz: tendi porra nenhuma. Amor, não avisei pq tava resolvendo mó bagulhos, tava nem pegando no celular.

– Se continuar falando mentiras, vou realmente ficar com raiva. -Escuto seu suspiro pesado.-

Riquiz: desculpa , ok? Tô ligado que tô começando a fazer os bagulhos errado, mas tô falando a verdade mesmo. Lasquei o meu corpo e tá maior fuzer, nem dormir eu tô conseguindo.

– Posso Ir até você? -Perguntei preocupado, agora não é hora pra discutir, depois até pode.-

Riquiz: vou mandar um moleque meu te buscar.

– Certo.

Riquiz: fique pronto em meia hora. -Olhei meu relógio.-

– Pode mandar agora, estou pronto.

Riquiz: tá, vou pra casa então.

– ok.

Desligo a ligação me jogando para trás com tudo, fico na espera do carro onde demorou vinte minutos, riquiz mandou mensagem mandando eu descer.

Saio do apartamento dando bom dia para vizinha, entro no elevador lendo sua mensagem onde falava que era um carro preto, em frente ao prédio.
Quando saio vejo um carro preto com as janelas fumê. Abro a porta de trás me ajeitando no banco, encaro o homem que estava sério dirigindo.

Ficamos calados pelo caminho, ele parecia muito cansado, e devia ter usado alguma substância ilícita.

Ele parou em frente a casa do Henrique, onde tinha cinco homens armados, o lugar está totalmente sóbrio. Desço do carro passando pelo homens, abro o portão devagar e entro já escutando a televisão ligada, caminho devagar o encontrando no sofá inclinado para frente.

Amor Imperfeito Onde histórias criam vida. Descubra agora