your eyes // ls

7.

O céu estava quase escurecendo. Era bobo o olhar dormir como se nada mais fosse tão bonito quanto seus olhos fechados e o seu corpo encolhido embaixo dos lençóis. Mal conseguia lembrar–se de respirar direito.

– Louis. – Harry acariciou as costas de Louis. – Tá na hora.

– Hmmmm. – ele murmurou, virando–se, ainda com os olhos fechados, sentindo o corpo ainda mais pesado do que antes.

– Ainda com muito sono? – Harry segurou a sua mão, entrelaçando seus dedos aos deles.

Ele nem sabia o que estava fazendo. Só queria que chegasse um pouco mais perto.

– Não... Quero – Louis afundou o rosto no pescoço de Styles. – Me deixa ficar.

– Queria que você pudesse.

– Por que eu não posso?

– Por que você tem aula. – afirmou.

– Só mais cinco minutos. –Louis sorriu ao olhar para ele. – Você está suando.

– Não, eu não estou.

Talvez Harry estivesse sentindo todas as suas terminações nervosas entrando em colapso com um simples toque de Louis junto ao seu corpo. Talvez, não estivesse preparado para receber todo aquele pequeno corpo junto ao seu, aconchegado como se fosse um pequeno bebê a procura de colo maternal.

– Não vou discutir, eu preciso dormir. Seu corpo está quente. O tempo está frio. Eu prefiro você a ficar lá fora. – Louis apertou–se ainda mais junto ao corpo dele, com as pernas entrelaçadas em um único formato, e as mãos grandes em tornos de sua cintura embora vacilantes, o segurava mais perto e mais perto e mais perto. – Quem diria que Harry Styles leva para cama o primeiro garoto indefeso que ele conhece por aí.

Ele só conseguiu sorrir e deixar um pequeno beijo no topo de sua cabeça.

– Você não é indefeso.

– Me deixa ficar. Hmmmmmmm – Louis mordeu o pescoço dele. – Por favor!

– Você janta comigo e depois eu te dou uma carona até a universidade.

– Um encontro? – Louis levantou a cabeça, apoiando seu corpo contra o peito de Styles.

– Você já está na minha cama, então eu já pulei algumas etapas.

– Para de flertar comigo, Harry! Olha só pra você.

Louis não conseguiu evitar o sorriso. Subiu em cima do grande corpo postado ao seu lado, descansando o rosto em cima de seu peito. Harry tremia. Estava prestes a vomitar o próprio estômago para fora. Como ele poderia ser tão lindo em cima de mim?

– Eu só quero fazer algo diferente. – Harry quase se engasgou com as palavras. – Eu não faço isso com tanta frequência.

– O que?

– Coisas... Com pessoas... Você sabe. Eu não sei. Eu sou péssimo nisso. – Harry fechou os olhos. Deus do céu, como eu consigo ser tão patético? – Eu estou sempre dentro de casa com medo do mudo explodir perto de mim. E a minha única amiga é a minha avó... E agora você. Eu só quero fazer as coisas certas.

– Como?

– Como o que? – ele perguntou, acariciando os cabelos que caiam na testa de Louis.

– Como você não tem amigos? Você é a criatura mais estranha e adorável desse mundo.

– Obrigado, mas é complicado.

– Você pode dizer pra mim.

– Só é... Complicado. Eu tô tentando, Louis. Eu juro. Só não quero ter que falar sobre isso agora. – Harry escondeu o rosto através das mãos espalmadas, sentindo–se um completo idiota.