10- QUER MESMO SER MINHA? (LAYSLA)

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- O que quer de mim? - perguntei a Luigi, após ouvir toda a história. Ele me falou de uma bruxa. A única dentre as várias que consultou para me achar. Cassandra tinha revelado o local onde eu estava e previsto o dia em que eu ficaria órfã.

- Eu quero que se case comigo... Que seja minha para sempre...- Ele implorou, chegando mais perto, encarando com desejo os meus lábios entreabertos, como eu fazia aos seus. Eu o admirava. Admirava e me perdia nas lembranças do que me contou, no quanto foi perseverante enfrentando batalhas, invadindo e conquistando territórios inimigos somente para me achar. O seu amor por mim era algo que ninguém no mundo seria capaz de me dar. Então sim... É claro que eu queria ser dele.

- Eu aceito... - Arfei. - Serei sua rainha...

Vislumbriu um lindo sorriso abrir em seu rosto, me deixando ainda mais encantada. Contudo, ele logo desapareceu, quando o rei começou a luta contra o seu instinto. Estava na cara que queria me abraçar e me beijar. Mas não o fez.

Luigi caiu numa crise de gestos indecisos feitos com as mãos, se achegando e se afastando diversas vezes. Deu uma meia volta, colocou as mãos na cintura, em seguida, passou as mãos pelo rosto, murmurando palavras que não compreendi. Definitivamente ele não sabia como agir, nem o que fazer. Ficou claro que a agonia o consumia quando me olhou com o maxilar enrijecido, extremamente irritado com a situação de nunca poder me tocar. Estávamos fadados a nos amarmos com distância?

- Não fica assim... Tenha calma - falei baixinho.

No entanto, o semblante monstruoso do vampiro veio à tona. Ele me apresentou aqueles olhos de quando se apronta para o ataque e com os caninos realçados. No susto, dei alguns passos para trás e esbarrei na parede. E naquela hora a sensação do espaço mudou, foi como se meus sentidos não funcionassem mais em perfeito estado, como se me transportasse para um lugar diferente e mesmo assim, ainda tinha certeza de que estava em seu quarto.

Luigi avançou calmamente em minha direção e espalmou as mãos na parede em volta do meu rosto, me mantendo cercada. Fiquei ali sem compreender o que ocorria. Embora não tivesse me pedido dessa vez, permaneci imóvel. Fechei os olhos, prendi a respiração, fiz o máximo de esforço para que o meu tremor que surgia naquele instante não o atrapalhasse. Porém o rei não se importou, puxou minha toalha e me deixou nua.

Imediatamente abri os olhos ao sentir seu corpo pressionando o meu. Ele abraçava minha cintura enquanto sua a outra mão, se fechava em meu pescoço. Vi-me presa em suas garras, desfrutando também do esfregar da sua ereção no meio das minhas pernas. E da sua língua invadindo a minha boca brutalmente. O seu beijo foi como em uma medida desesperada. Talvez pelo tempo de espera.

Ele era frio como as noites de inverno na qual eu corria e abria a boca para saborear os pequenos flocos de neve. Era contrastante com o que eu sentia, porque eu fervia por dentro, ansiando repetir o que vivi com ele naquele sonho.

- Isso é um sonho... - suspeitei.

Luigi abandonou minha boca e me respondeu enquanto descia mordiscando o meu pescoço, depois sugando os meus mamilos: - É mais do que isso. É o encontro das nossas almas.

Ofeguei trêmula, afagando a sua cabeça nos meus seios, observando-o saboreá-los com gosto. Em seguida, o rei deslizou os lábios até minha barriga, a beijava e esfregava o nariz como se o meu cheiro fosse algo inebriante. Ao mesmo tempo, apertava a minha cintura com força, me imobilizando na parede enquanto se ajoelhava para alcançar o encontro das minhas virilhas. A sua língua passou por ali, um toque rápido, porém certeiro. Fez o meu corpo se contrair da cabeça até os dedos dos pés. Nervosa e ansiosa, agarrei os seus cabelos loiros e o forcei a me encarar. Agora era diferente, eu sabia quem ele era. Eu sentia mais do que uma atração, ansiava senti-lo verdadeiramente.

MEU CAÇADOR E EU 2 (Continuação)Where stories live. Discover now