Entrando em ação

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Mat estava voltando para casa,entrando pelo portão quando foi arremessado no chão por uma coisa verde musgo e com grandes olhos negros.

Se debateu debilmente tentando se livrar e em segundos não estava mais lá. Estava sobre a sacada do seu quarto,olhou para baixo sem entender e viu Lucy atacando a coisa.

- Lucy !! - Gritou,e a garota o olhou pensando que ele estava sendo atacado. Mas quem foi atacada foi ela. - Lucy !! - Gritou novamente. - Ai meu Deus !!
- Fila da put ... - Bufou irritada e voou em cima da coisa,firmou a espada no lombo do bicho,ele agonizou no chão e virou pequenas pedrinhas brilhantes. Lucy levou a mão ao barriga,sua pele ardia levemente. Voou para onde Mat estava.

- Você está bem? - O encarou.
- Estou. E você? Foi atacada e sua barriga sangra.
- Estou bem. - Deu um sorriso leve. - Sempre estou.
- Mas Lu,você se cortou ...
- Sou um demônio, Matthew. Demônios não são como humanos. Me curo rápido.
- Tem certeza?
- Tenho. - Falou,seca. - Entra.
- Por que?
- Agora !! - Falou ríspida.
- Ok. Ok.

Mat entrou para o quarto, Lucy se virou de costas para ele e olhou para o quintal desconfiada,rodou por toda a casa mas não encontrou nenhum demônio.

- Que estranho ... - Sussurrou,voltando ao ponto de partida.
- O quê? - Mat encostou perto de Lucy, na beirada da sacada.
- Demônios Liiem nunca atacam sozinhos.
- Talvez hoje seja uma excessão.
- Nada é por acaso assim,Matthew.
- Não me chame assim. - Bufou. - Só, Mat.
- Matthew. - Falou,teimosa.
- Mat. - Insistiu.
- Matthew. - Mat revirou os olhos quando viu que não ganharia a discussão.
- Vamos a uma festa hoje.
- Não.
- Não é um pedido. - Mat riu e Lucy lhe lançou um olhar furioso. - Tem que me seguir,não pode deixar que nada me aconteça, certo?
- Você é um idiota !! - Bufou e saiu do quarto,batendo a porta. Mat riu e a seguiu. A encontrou sentada nos degraus da escada. - Vamos sair as sete.
- Tá.
- Para de ser seca. - Lucy sorriu maldosamente,e lhe jogou um copo de água.
- Tá.
- Onde achou essa ag... Ah,deixa pra lá. - Mat riu e secou o rosto na camisa. - Não vá com essa roupa. De caçadora de demônios, sabe?
- Vou com o que eu quiser.
- Ui,na cara.

Hora da festa

Mat estava decidido a fazer Lucy rir e iria dar um jeito daquela noite ser perfeita. Vestiu uma bermuda jens,uma camisa preta,tênis all star e sua jaqueta. Encontrou Lucy parada na porta com uma cara empurrada.

- Vamos,baixinha,se anima.
- Não me chame de baixinha!!
- E você é alta?
- Ah,vai se fuder Matthew.
- Ou,calma !!
- Tenho que te proteger,não ser gentil. - Sorriu sarcasticamente e andou em direção a moto,Mat a seguiu.
- Posso dirigir? - Brincou.
- Nem sonha,garoto. E minha moto não é mundana.
- Não? - Franziu a testa. - O que ela tem de especial?
- Velocidade da luz?
- Sério? Que foda !! Podemos ir?
- Se eu for,você morre.
- Há. - Falou,decepcionado. - Sabe onde é a balada DWinks?
- Sei.
- Vamos para lá.

Balada

Na balada várias garotas paqueraram Mat mas ele não estava muito a fim. Sua missão era fazer Lucy se divertir,e a menos que você considere que ficar metade da festa sentada em um canto com cara de poucos amigos for estar se divertindo, sua missão não estava dando muito certo.

Se aproximou da ruiva que mais uma vez estava dando um puta fora em um dos caras da balada e sorriu,ela lhe olhou sem ânimo. Resolveu optar pela apelação.

- A Clary me disse que você é boa dançarina.
- Ela disse isso? - Lucy franziu a testa.
- Disse. E que você sabe abalar qualquer lugar que vai. - Lucy deu de ombro. - Não parece. - Sorriu.
- E o que você entende de abalar garoto? - Lhe olhou com cara de desprezo.
- Bom,se você é a "boa" vai lá e agita esse lugar,porque ele está bem morto.
- Não vai conseguir me fazer dançar. Matthew. - Lucy começou a encarar as próprias unhas.
- Duvido que consiga agitar isso. Usa a marra como desculpa.

Lucy lhe lançou um olhar fuzilante,levantou determinada e foi para o meio da pista. Agora Mat sabia como convencer Lucy de algo sem muito esforço,um simples "duvido que consiga" servia.

E puta merda,como aquela garota dançava. Em poucos minutos toda a festa estava voltada para a ruiva que dançava como se sua vida fosse aquilo. Mat sorria feliz por finalmente conseguir fazê - la dançar.

- Como conseguiu? - Clary surgiu no meio da multidão e encarou Mat,boquiaberta.
- Tenho meus truques.
- É, senhor "tenho meus truques",agora vai pra lá por que tem um monte de cara prestes a cair matando em cima da minha irmã.
- Ela já deu mais pés na bunda em uma noite do que eu já levei em toda minha vida. - Mat riu.
- Ok. Quem perde é você.

Mat olhou em volta todos aqueles marmanjos e se aproximou de Lucy, um cara loiro estava falando com ela.

- Você é bem bonita.
- Tenho espelho em casa. Obrigado.
- Bem perigosa também.
- Vou ficar mais perigosa se não sair de perto de mim agora. - Lhe lançou um olhar furioso.
- Opa !! É assim que eu gosto. Vem para minha cama que eu te mostro o quão perigoso eu sou.
- Garoto,se enxerga e vaza daqui antes que eu lhe dê um chute onde mais dói e você fique impossibilitado de por mais idiotas como você no mundo.
- Uii !! Maltrata garota,vai !!

O garoto pegou na bunda da Lucy. Pobre desavisado.

Lucy lhe deu um chute exatamente onde disse que faria e outro no meio da cara,deixando a marca da sua bota estampada.

- Não sou objeto seu. Não ouse me tocar sem que eu permita ou da próxima vez te deixo em coma. - Avisou e andou até a saída da balada. Mat a seguiu.
- Tudo bem,Lu?
- Eu ... Estou bem.
- Sério?
- Sim. - Lhe encarou sem expressão e Mat percebeu que seu olho ficou vermelho depois voltou ao normal.Clary apareceu atrás de Mat.
- Lu,fica calma!!
- Eu estou.
- Não precisava bater naquele cara daquele jeito. Ele estava bêbado.
- Não me diga o que fazer. - Feixou o punho.
- Você tem que parar de se irritar com tudo. - Clary continuou.
- Não enche. Eu faço a porra que eu quiser.
- Por isso você vive sozinha. Bate em todo mundo.

Sabe quando algo vai acontecer no filme e os momentos passam em câmera lenta? Então ...

O olhar furioso de Lucy
O punho feixado
Clary pondo a mão no nariz
Sangue ...
Mat com cara de espanto
Lucy encarando o próprio punho com espanto
Lágrimas descendo dos seus olhos verdes
Apenas Mat e Clary parados na saída ...

- Droga !! - Clary bufou limpando o sangue na blusa.
- Você está bem? - Mat tentou tocá - la,mas ela desviou sua mão.
- Eu sou uma imbecil.
- Mas foi ela que te bateu.
- Mas eu que a irritei,Mat,ela não pode controlar. - Clary chutou uma lata de lixo para longe. - Agora ela vai se machucar e se odiar por ter me batido e isso é minha culpa. Minha culpa!! - Clary abraçou Mat em prantos. - Tenho que achá - la. Preciso ...
- A cidade é enorme,Clary.
- Eu sei,mas ... Ela precisa de mim.
- Não, ela devia aprender a controlar a raiva.
- Não a culpe,Mat ... Essa raiva que existe dentro da Lucy é tipo ... Sono. Quando ele bate não dá para controlar.
- Precisa ir ao médico!!
- Vá para casa,Mat. Vou achar a minha irmã. Custe o que custar.

Foram as últimas palavras de Clary antes de sumir na escuridão.

Minha namorada é um demônioWhere stories live. Discover now