Capitulo dois

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Sai sem olhar pra trás, fui para o parque perto de casa, não estou afim de ver a cara de Vinícius e nem to com cabeça pra discutir.

Mais que porra foi aquela?

Me sento em um banco para poder pensar direito esvaziar a cabeça.

O que deu naqueles idiotas?  Bryan nem é nada meu,  por que ficar sem envolvendo?

Abaixo a cabeça e olho para minhas mãos pequenas. Sinto uma mão acariciar meus cabelos, arregalo os olhos e no mesmo momento olho para ver quem é... Bryan.
Ele se senta ao meu lado e não diz nada por um longo tempo, ficamos assim,  sem falar nada e nos olhando até que ele resolve falar.

— Desculpe

— Pelo quê?

— Por brigar com seu marido. Eu não tinha esse direito, mas ver ele te tratando daquele jeito eu... eu senti ódio, não se deve tratar uma mulher assim.

— Ele só estava irritado — respondo — Mas afinal como me... — ele me corta.

— Fui atrás de você logo depois que saiu. — ele diz e dá um sorrisinho sem graça.

— Algo te incomoda? — pergunto mas minha voz saiu tão baixa, como se eu estivese falando apenas para mim.

— Não, nada — ele diz e olha para o pé, um sinal de mentira, quem mente na maioria das vezes, não faz contato visual.

— Diga

— Não quero te assustar.

— Por quê?  Por acaso vai me estuprar? — digo fazendo gracinha.

— Claro que não... eu só — ele faz uma pausa e respira fundo, acho que para criar coragem — Não paro de pensar em você sabia?

Ele não parece querer uma resposta então continua.

— Eu sinto que devo te proteger, você parece frágil e parece uma menina assustada e isso me fez querer sempre estar perto, estranho, eu nem te conheço, devo estar louco, mas hoje na lanchonete vi que você realmente precisa ser protegida. Do seu marido.

— Você realmente é louco — digo rindo como se fosse a piada do século .

— Esta rindo de mim?

— Desculpe — paro... na verdade tento parar de rir e isso só acontece quando ele pega minhas mãos e as acaricia com o polegar me fazendo sentir uma conexão estranha.

— Você é muito linda.

— Obrigado — retiro minhas mãos das suas mãos grandes e macias.

— Você tem medo de mim?

— Você não devia estar trabalhando? - pergunto para fugir do assunto. Não tenho medo dele mas também não confio 100%

— Sim... devia — ele se levanta — Quer sair comigo hoje?

Ahn?

— Tipo um enco... — ele me corta. Odeio isso, arghh.

— Sim. Um encontro de amigos. Você conhece Las Vegas?

— Não muito.

— Posso te levar para conhecer os melhores lugares.

— Sabe o que é...

— Nada de "sabe o que é" — E mais uma vez ele me corta, vou arrancar suas bolas.— Você merece se divertir um pouco e conheço um lugar aqui que você vai se divertir sem duvida.

Meu Médico Onde histórias criam vida. Descubra agora