Prólogo

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24 de abril de 1418

Século XV. Um século onde vampiros, lobisomens e bruxas não passavam de lendas, de uma tentativa fracassada para os humanos explicarem o que não compreendiam. Mal eles sabiam que os seus receios estavam prestes a tornar-se realidade.

Edward e Anne Morgan eram um casal jovem, com apenas dezanove anos, que tentava ter filhos. Mas Anne não conseguia engravidar devido a uma doença que tinha adquirido. Essa família estava desesperada, ergueram os braços ao céu e pediram a Deus que eles concebessem um filho.

Nessa mesma noite, enquanto ia buscar lenha para a fogueira, Edward encontrou duas crianças à sua porta. Pensando ser uma dádiva de Deus, o casal adotou os dois meninos. Eram iguais e apenas tinham uma diferença: enquanto um tinha os olhos azuis como o céu, o outro tinha os olhos negros como o carvão. Ao de olhos azuis chamaram Bryan e ao de olhos pretos chamaram John.

Os anos passaram até que os irmãos atingiram a maioridade. A partir do momento em que fizeram dezoito anos, nenhum dos irmãos envelheceu. Os anos passavam e eles mantinham o mesmo aspecto. O povo começou a questionar esse acontecimento e muitos acusaram o casal de bruxaria. O casal foi queimado vivo quando um bando de agricultores enraivecidos pegou fogo à sua casa afirmando que os seus filhos lhe haviam morto todo o gado. Os irmãos conseguiram fugir e acabaram por seguir caminhos diferentes.

Para muitos, a história desta família não passava de bruxaria, para outros, tratava-se de um castigo divino, para mim, tratava-se do nascimento de uma lenda.


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