É um menino!

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HERMIONE


Quando Rose completou seis meses, eu já estava no quarto mês de gestação. Rony estava me atazanando o tempo todo para deixarmos Rose com Gina e irmos para o St. Mungus fazer o ultrassom.

- Mas ela é tão pequena... – funguei, abraçando minha filha, que gania baixinho em meu ombro.

- É só por três horinhas, meu amor.

- Rony, não quero ficar sem meu bebê... – inclinei Rose em sua direção – olha só a carinha dela... ela quer ver o irmãozinho.

Rony ergueu uma sobrancelha, petulante.

- Ela quer ver, ou a mãe dela quer que ela veja?

Estreitei os olhos para ele.

- A Rose vai junto.

- Vai não.

- Vai sim.

- Quem é que manda nessa bodega?

- Quem engravidou mais vezes.

Rony riu.

- Tá bom, você venceu – Rony pegou Rose em seu colo – parece que você já vai conhecer seu irmão, florzinha.

- Irmão? E se for menina?

- Bom, corrigindo – ele me lançou um olhar paranoico, que me fez rir – vamos conhecer o pequeno e lindo ser de gênero indefinido que mora dentro da sua mãe. Melhorou?

Revirei os olhos, ainda rindo.

- Oh, está bem. Esqueça o que eu disse.

- Posso pedir à curandeira Bridget para vir... e fazer o ultrassom aqui mesmo – Rony sugeriu, parecendo preocupado – de repente... sabe, você devesse ficar em casa mesmo...

- Aguentei fazer cooper duas horas por dia quando estava grávida de Rose – bufei – não sou tão frágil assim.

- Com certeza não é – ele se aproximou e beijou minha testa – frágil nunca foi o tipo de adjetivo que pudesse te definir.

- Ah, vamos – empurrei-o, rindo. Rose, para meu agrado, deu um sorrisinho em resposta quando bambeou um pouco no colo do pai – vamos embora logo, se não a gente vai começar a discutir.

Rony abraçou minha cintura com a mão livre, enquanto Rose puxava a orelha dele com a mãozinha gorducha, balbuciando numa língua desconhecida.

- Você não tem medo de discutir – ele sussurrou em meu ouvido, me deixando arrepiada – você tem medo do que sempre acontece depois de discutirmos.

- Suas reconciliações não são muito verbais, Ronald. É isso que apavora – guinchei, enquanto ele gargalhava.

Neville, para nossa sorte, estava passando por perto com o carro do Ministério, e acenou para nós, frenético, assim que saímos de casa.

- Oba, carona – Hermione sorriu.

Quando entramos, porém, careteamos quando percebemos Luna no banco da frente.

Ih, rapaz. Eu já tinha visto aquela expressão contraída antes. Aliás, tinha feito.

- Neville... –embalei Rose, pasma – ela vai...

- Vai – finalmente percebi o rosto lívido de Neville no banco do motorista – aguente firme, amor. Já vamos chegar...

- Tá tudo bem – Luna olhou para trás, nos dando um sorriso dolorido, abarcando a barriga enorme com os braços – elas só estão... decidindo quem vai sair primeiro.

O Convidado da FestaWhere stories live. Discover now