Cap.17: Moros, o Destino.

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Pov. May

  Depois da Briga idiota que eu e aquele grego desgraça... aff, tinha esquecido que tbm sou parte grega... mas mesmo assim o Will é um desgraçado filho de um deus...

  -May, não sei se você percebeu, mas já estamos chegando no Empire State... e está escurecendo. Deveríamos nos abrigar em algum lugar. - Diz Nico sentando na grama, a baixo de uma árvore.

  -Temos mesmo. Daqui a duas semanas chega Dezembro, está ficando frio.

  Nico me olhou severo, fez um gesto para que eu sentasse ao seu lado. Eu sabia que ele não tinha esquecido... Sentei. Ele suspirou olhando para o horizonte.

  -Sério o que você disse?

  Engoli em seco. E estremeci.

  -Disse o quê?

  Ele me olha hesitante.

  -Q-que você gosta de mim... - sussurrou. E sentiu uma breve admiração em seus tênis surrados, pois se pôs a olhá-los.

  Eu estava tremendo e meu rosto queimava muito, supus que estava corando.

  -Sim. Foi verdade. - murmuro bem baixinho, tenho certeza de que ele não ouviu. Não estamos perto o bastante.

  -O que disse? - pergunta ele me olhando com aqueles olhos negros.

  -N-nad-da... - gaguejo.

  -Eu sei que você disse alguma coisa.

  -Não disse, não. Deve ter sido o eco das ruas do Central Park...

  - May, o Central Park não tem ruas.

  Ele riu e deu um olhar desafiador.

  -Eu vou descobrir...

  -Ah, não vai, não. - falei também o desafiando.

  -Ah, vou sim, quer ver?

  Assenti e ele apertou os olhos e de repente começou a me fazer cócegas. Eu ria tanto, que lágrimas saíam dos meus olhos. Minha barriga começou a doer, aí eu desistir.

  -Ai, pára... eu falo, eu falo... - Ele parou e se endireitou. Levantei, Nico continuou sentado, mas olhou para cima, a fim de me ver. - Sim, foi verdade... - me virei e caminhei até a árvore do lado. Continuei de costas. Meus reflexos diziam que ele vinha atrás de mim, mas não hesitei em continuar imóvel.

  -Não precisa fugir... - sussurra no meu ouvido. - Eu tambem gosto de você.

  Me viro rapidamente, e vejo Nico sorrindo. Ouço alguém limpando a garganta, julgo não ser Nico.

  Atrás do di Angelo está um homem alto, com um bronzeado natural, os olhos escuros e cabelos castanho encaracolados como o do Valdez. Usava um casaco de capuz e calças jeans desgastadas.

  Nico virou também e perdeu o fôlego.

  -Quem é você? - pergunta o filho de Hades.

  -Não estás a me reconhecer, garoto? - ele olha Nico e depois para mim.

  -Não o conheço, senhor. - Diz Nico vacilante.

  -Claro que não me conheceis, jovem, por éons vivi com as Parcas. Seus fios da vida estão interligados. Sabeis que Gaia estás para acordar. A Grande Primeira Profecia  demorará muito para que aconteça. Mas não pensais que é um alívio. Seus sucessores terão que achar o Elixir do Sono Eterno. Saberás quando chegar a hora, May Parcker.

  -Eu? - pergunto franzindo a testa.

  -Claro... - o homem  coloca a mão em meu coração. - Você saberás, sua Cloe será uma heroína.

-Quem é você? E o que minha mãe tem a ver com isso? - pergunto.

O cara ri e me olha profundamente.

-Estais a conhecer Moros, o Destino. E, Cloe... Você viverá o bastante.

A União dos Três Grandes | Operação Mães em Apuros (#1)Onde histórias criam vida. Descubra agora