Capítulo #23

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Eu me afastei de Ágata, e só pensava no que tinha feito Manu passar, meus amigos que estavam na mesa, olhavam pra mim, com aquela cara de quem não ta entendendo nada, até porque nem eu tinha entendido o que Ágata fez. Fiquei pensando se deveria ir atrás da Manu e explicar pra ela, que não foi proposital, mas ela não me falou que estava com a Jú, e mentiu por muito tempo pra mim, por mais que eu queira, não posso ser idiota mais uma vez.
- Qual o motivo desse beijo em plena praça de alimentação? - falei pra Ágata, quando já estava indo embora.
- Eu senti vontade de te beijar, só isso, você não toma iniciativa, achei que estávamos precisando de um empurraozinho. - ela falou e sorriu de um jeito malicioso.
- Acho que você ta forçando a barra sabe, não é assim e eu não sou assim, além do mais, eu..
- Isso fala que gosta e que ama a Manu, você sabe que ela ta pouco se lixando pra você, aquele beijo na minha festa, não foi suficiente pra você ver, que ela não gosta de você? Eu que fico o tempo todo do seu lado, você não me dá valor nenhum, olha só desculpa por esse beijo, eu vou indo.. - senti que tinha a machucado de certa forma, tive pena dela.
- Desculpa, eu não queria ter falado essas coisas com você, eu sei que sempre ta comigo, e depois de tudo que a Manu fez, você esteve comigo o tempo todo, realmente não é justo não te tratar bem, só tenta me entender, que não to legal..
- Tudo bem, eu entendi, só que eu só quero te fazer bem, porque você não entende isso?
- Eu entendo Ágata, mas não é assim, eu ainda amo a Manu... - falei cabisbaixa.
- Infelizmente.. Mas com o tempo você a esquece. Você quer dormir na minha casa hoje? Eu to sozinha, como sempre, não queria dormir só, vamoss por favor 🙏 - ela fez maior charme, pra que eu aceitasse, eu nem tinha cabeça pra nada, mas aceitei, porque não era justo parar minha vida pela Manu, eu disse que iria, pegamos um táxi e fomos. Realmente não tinha ninguém na casa dela, estava escura, subimos pro quarto dela, liguei pra minha mãe pra avisar que não iria dormir em casa, eu iria ter que dormir com a roupa que eu estava mesmo. Ágata falou que iria tomar um banho, e eu fiquei esperando deitada, já estava quase dormindo, já tinha até cochilado quando ela me acordou, e eu tive até mesmo um susto, ela estava linda, estava incrível, se não tivesse com um baby doll minúsculo, acharia que ela estava pronta pra uma festa, cabelos soltos, sem sutiã e eu nem sei se tinha calcinha num short tão pequeno. Ela me acordou bem calma, e eu senti toda sua vontade, eu comecei a pensar na primeira vez da Manu, de como tinha sido mágico pra nós duas, eu estava praticamente vendo Manu na minha frente e por um momento senti vontade de beijar Ágata, mas não por vontade nela, e sim por imaginar que pudesse ser Manu. Nos beijamos, ela já estava praticamente em cima de mim, eu estava um tanto travada, eu não sentia nada por Ágata, ela era linda e gostosa, mas não havia nenhum sentimento. Tudo já estava ficando bem quente, então eu a afastei, e ela me olhou com uma cara de quem não estava entendendo:
- É sério, Ni? Sério que você não me quer?
- Ágata, não é isso, quer dizer...
- Tudo bem Nicole, eu já entendi, pode dormir sossegada, eu não vou fazer nada. - ela falou toda sem jeito, e até meio envergonhada.
- Ágata, você é linda, qualquer garota quer ficar com você, eu não to com cabeça, só isso, desc... - ela não me esperou completar a frase, e dessa vez veio com tudo, eu estava sentada na cama, ela veio por cima e sentou-se em meu colo, me beijava e fazia movimentos em cima de mim, não havia sentimento, mas ela era muito linda e instigava qualquer lésbica, eu comecei a pensar no quanto eu era idiota, por está evitando Ágata, enquanto Manu dormia com a Jú, comecei a responder os toques da Ágata, ela estava bem excitada, pude sentir, quando toquei nos seus peitos, ela me beijava no pescoço e puxava meu cabelo, pude sentir o quanto ela estava molhada, comecei morder sua orelha e ela gemia devagar, eu já estava bem excitada com seus gemidos, passei a língua em todo seu corpo, e a chupei, ela estava bem molhada e a essa altura eu também, quando comecei a tocá-la ela se contorceu foi como se estivesse no auge, ela não parava de gemer, e isso me excitava muito, ela começou a gemer ainda mais, então coloquei dois dedos, e pude sentir ela gozando, ela me apertou muito e gemia ainda mais, foi uma sensação de prazer incrível. Depois de tudo, Ágata deitou com a cabeça sobre o meu peito, e me lembrei de Manu e me senti mal com tudo que aconteceu, e me sentia ainda pior por está pensando em Manu, enquanto ela ta nem aí pra mim. Ágata já estava dormindo, decidi ir embora, eram quase 1hr da manhã, fazia muito frio, meu corpo estava ali, porém minha mente em outro lugar, pensei em sair mas não deu, tava muito esquisito lá fora, então fiquei ali mesmo, dei um pequeno empurrão pra Ágata ficar na cama, me levantei e fui até a janela, fiz o que eu odiava fazer, mas sempre faço quando to na bad, acendi o cigarro e fiquei na janela fumando, passaram horas eu não parava de fumar, já eram quase 4 da manhã, já podia ver alguns raios de sol aparecendo, vi que já ia clarear e já dava pra eu ir embora, eu não queria ter que me despedi de Ágata, já bastava a ver na escola, depois de tudo que aconteceu, então desci, e fui embora caminhando, eu estava com uma aparência horrível, que sempre fico quando fumo, passei pelo parque e vi a árvore, que eu e Manu conversávamos, eu parecia que estava a vendo ali, sentei embaixo da árvore, fiquei pensando um pouco e fiz algo que poderia me arrepender, mas que eu precisava fazer, liguei pra Manu, ouvi a voz sonolenta dela:
- Alô... - fiquei em silêncio.
- Ni? É vc?
- Oi Manu, sou eu, desculpa ter te acordado, volta a dormir, desculpa..
- Fala Ni, eu sei que vc quer me falar algo. - comecei a chorar, mas baixinho, pra ela não perceber.
- Eu preciso te ver, to aqui na nossa árvore no parque, vem aqui, por favor... - eu não queria ouvir a resposta, fiquei com medo de ouvir um não, então falei e desliguei.

Minha lésbica vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora