Capítulo III - Eu Prefiro Até Logo!

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Olá pessoal!!!
Olha eu aqui de novo!!!
Capítulo fresquinho pra vocês. Espero que gostem!!!!
Boa leitura!!!! >.<

POV: Edward

Mesmo com medo do que poderia ver, eu olhei em sua direção. Ela estava sentada na cama, com roupas diferentes. Agora com um vestido de mangas longas na cor branco, só que o tecido era muito fino, quase dava pra ver a sua pele, acho que é por isso que ela cobria-se até o rumo dos seios. Seus cabelos ainda continuavam cacheados nas pontas, porém estava um pouco bagunçado.
A garota estranha, olhava através da janela. Ela a observava sem parar, como se algo prendesse a sua atenção para ela. Eu fiquei estático por um tempo. Até que ouvi uma voz completamente diferente a que eu me lembrava. Essa estava calma, como a de alguém que não corre perigo algum.
- Você gosta de pássaros? - perguntou-me ainda olhando para a janela.
- Como é? - fiquei surpreso com a sua pergunta.
- Eu perguntei se gosta de pássaros. - dessa vez ela tocava no vidro da janela, que estava úmida devido ao tempo frio de hoje.
- Sim, gosto. E você. - respondi a sua pergunta.
- Por algum motivo especial? - ela fez outra pergunta, como se nunca tivesse existido a minha.
- Não. E você? - esperei um tempo pela sua resposta, mas como não a tive, então decidi complementar - Você não respondeu à minha pergunta. - falei combrando uma resposta também.
- Já eu tenho um motivo para gostar deles. - foi tudo o que ela disse depois de um tempo de silêncio.
- Pode me dizer porque?
Tudo bem, agora eu estava curioso. Essa garota despertou um lado em mim que eu desconhecia. Será que eu sempre fui curioso assim?
- Os pássaros são livres, podem ir ou fazer o que quiserem. Mas não é isso o que eu gosto neles. - ela disse por fim.
- Não?! E o que é então? - eu fiquei surpreso com sua resposta.
- Eles são animais, mas sabem o significado de família, eles nunca abandonam aquele que é importante pra eles. Na hora de partir, eles apenas sabem que será o melhor pra aqueles que amam.
Tinha sinceridade na voz daquela garota, mas não era só isso. Havia um toque de tristeza, ela falava como se os pássaros fossem mais capazes de amar do que nós, seres humanos, o que me deixou bastante chocado.
- Bem, você pediu que me chamasse. - eu disse quebrando o silêncio - Eu estou aqui. - falei tentando me aproximar da sua cama.
- Fique aí, por favor. - ela falou ainda olhando pela janela.
No mesmo instante eu parei, mas quis ver o que ela tanto olhava por através do vidro. Não vi nada, apenas flores, que estavam sendo regadas pela fina camada de chuva que estava a cair lá fora.
- Tá bom. - eu disse me afastando - Agora vai me dizer o que você quer? - falei com um pouco de pressa.
- Eu imaginei que você fosse ficar preocupado. Então eu deduzi que se você visse com seus próprios olhos que eu estou bem, poderia se acalmar.
- Imaginou e deduziu certo.
- Eu nunca erro. - ela disse sorrindo.
Eu daria de tudo pra ver esse sorriso de frente, principalmente porque ela faz com que eu queira saber de muitas coisas em relação a ela.
- Olha, eu gostaria de... - de repente ela me interrompeu.
- Agradecer?! - disse rindo baixo. - Fala sério, não foi nada. - falou fazendo sinal negativamente com a cabeça.
- Sim. Era isso o que eu ia dizer. Mas mesmo que eu diga: "gostaria de lhe agradecer", não quer dizer que eu estou agradecendo. Até porque, fiz uma promessa. - eu disse por fim.
- Eu posso considerar isso um agradecimento mesmo, não tem problema.
Como assim "não tem problema"? Ela salvou a minha vida, o que ela espera que eu faça? Fique sentado e finja que nada aconteceu?
- Olha moça, eu fiz uma promessa e vou cumprí-la. Nem que leve um milhão de anos.
- Tudo bem então. Se quer fazer isso, por que não me diz qual a sua promessa? Se não tiver problema, é claro.
Ela não me olhava. Isso estava me incomodando, será que tem algo que ela não quer que eu veja?
- Sim, posso lhe dizer. Aliás, eu fiz essa promessa à senhorita. - eu disse apontando para a mesma.
- Então prossiga, por favor.
Eu posso jurar que vi um sorriso ser formado no canto de sua boca.
- Prometi à senhorita que a agradeceria olhando em seus olhos, e eu estou tentando manter a minha promessa. Mas está difícil com a vossa senhoria olhando apenas essa janela. - eu disse mostrando um pouco de irritação.
- O senhor conhece o mundo lá fora, senhor Cullen? - perguntou colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.
- Eu... Er...
De repente minha voz não saia. Fiquei preso em minhas palavras.
- Como sabe o meu sobrenome senhorita? Não me lembro de ter lhe dito ou me apresentado. - falei tentando me lembrar de tudo desde a minha chegada neste quarto.
- Não precisou. O senhor se parece com o seu pai. Aliás, ele é muito gentil. Assim como o senhor. - falou olhando um pouco para baixo.
- Como você sabe que ele é...? Claro. Deduziu...
Ela é bem mais esperta do que parece. Nunca tinha percebido que me pareço tanto com meu pai.
- E agora? Vai responder à minha pergunta senhor Cullen? - ela voltou a olhar para a janela. Que ótimo.
- Para quê quer saber? E o que isso tem a ver com o fato da senhorita ficar olhando essa janela?
Eu pensei que a veria virar para minha direção, mas ela apenas ajeitou o travesseiro atrás de si.
- Darei sua resposta quando obtiver a minha.
É, ela sabe como convencer uma pessoa. Eu me pergunto por que ela parece tão triste. Será que eu a deixei assim?
- Bom senhorita... Sim. Já viajei bastante. Então sim, conheço bem o mundo. Por que?
- O senhor me perguntou o que eu tanto olhava, só estou lhe respondendo..
- Mas eu ainda não entendo... - falei realmente confuso.
- Talvez um dia eu lhe conto. - ela sorriu triste.
Por alguns segundos esta última frase não saía da minha cabeça. Eu tentei interpretá-la, mas não conseguia. Até que me veio à mente. E se...?
- Espera. Mas e se não tiver um dia? - eu perguntei à ela.
- Então não o teremos. - disse dando de ombros.
- E se eu nunca mais te ver? E se outro dia não vier a existir?
- Então você esquecerá. Simples assim.
Dessa vez ela fez algo que eu não esperava. Deitou-se e ficou de costas para mim, como se eu não estivesse presente.
- Se você realmente acha isso, por que me salvou? Como pôde ter salvo a vida de alguém que acha que nunca mais irá encontrar?
Pronto falei. De repente eu joguei pra fora tudo aquilo que estava entalado na minha garganta.
- Porque eu senti que deveria ter feito. E não é algo que eu vá cobrar de você. E nem te culpar. Eu não me torno a heroína da história só por causa disso.
Ela retirou um travesseiro e o abraçou. Por que eu sinto essa vontade de abraçá-la e dizer: "está tudo bem. Eu estou aqui"?
Eu não sabia o que responder. Eu só sei que neste instante meu coração parece que vai sair pela boca. Mas essa sensação não é ruim, mas deixa parte de mim triste, o que faz com que eu não saiba o que fazer, dizer ou reagir.
Depois de um tempo em silêncio, eu ouço alguém adentrar o quarto. Era meu pai.
- Então... Horário de visita esgotado. Infelizmente vai ter que sair Edward.
- Mas eu ainda nem agradeci à moça... - disse tentando convencê-lo.
- Esse tempo todo e você não a agradeceu? - perguntou meu pai confuso.
- Bem... E-Eu... - disse gaguejando.
- Na verdade ele agradeceu sim Dr. Cullen. E estava até se despedindo. - falou a garota estranha.
Por que ela estava fazendo isso? Será que não vê o quanto estou grato? Ou será que ela não gostou de mim? É isso. Deve ser isso. Só pode ser.
- Ah é?! Então vamos Edward? - perguntou meu pai me olhando.
- Sim. Só um minuto pai.
Meu pai foi para o lado de fora do quarto. O que eu achei bom, pois vou poder me despedir da garota.
- Posso pelo menos saber o seu nome?
- Pra quê se esta é a última vez que me vê? - falou ela sem esperanças.
- Mesmo assim. Gostaria de saber o nome da minha salvadora. - falei tentando encorajá-la.
- Bella. Meu nome é Bella. E eu sou apenas uma pessoa comum. Nada de mais.
- Obrigado por me dizer o seu nome.
Eu sentia algo estranho dentro de mim, era uma sensação muito boa, como se aquilo que estivéssemos fazendo não fosse um adeus, mas sim o início de algo.
- Bom, então adeus senhor Cullen. - falou ela ainda de costas pra mim.
- Eu prefiro até logo, Bella. Quem sabe algum dia eu consiga agradecer a você devidamente. - falei já saindo de dentro do quarto, não queria ouvir o contrário das palavras que acabei de dizer a ela, então fui embora.

CONTINUA...

Bom pessoal é isso!!!!
Até o próximo capítulo!!!! >.<

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