Capítulo XVII - Acho Que Você Foi Feita Especialmente Para Mim

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Olá pessoal!!!
Advinhem quem voltou (kkk) :D
Bem, antes de mais nada, gostaria de dizer que inscrivi a fanfic no Wattys 2016. Sei que talvez não chego nem perto de ganhar, mas mesmo assim o fiz (kkk)...
Bom, gente adorei fazer este capítulo, tanto que ele ficou enorme...
Dica: A Kate vai conhecer o grande amor da vida dela ♥ (que lindo :') )
Reconhecem o homem aí da foto? (kkk)
Bom, sem mais delongas, boa leitura a todos... :)

POV Kate

Hoje é véspera de ano novo e como todos os dias, o humor de minha irmã Tanya está à flor da pele. Ela é uma pessoa estressada, mal humorada, sem educação e sem um pingo de gentileza. Mas ela é minha irmã. E eu a amo. Independente da forma que ela seja.
Minha outra irmã é Irina. Ela voltou para casa faz pouco tempo. Não esperávamos a sua volta. Mas já que voltou é muito bem vinda.
Hoje de manhã fui no quarto de Tanya. Eu estava no banheiro e, após tomar um banho, vi quando minha irmã saiu do quarto de Tanya, um tanto quanto assustada.
Irina não está acostumada com o mal humor de Tanya, como eu. Por isso acho que Tanya a assustou um pouco.
Entrei sem ser vista por Tanya e quando a mesma me viu, não me tratou com um buquê de rosas.
Conversamos um pouco, até que decido sair do seu quarto. Vou em direção ao meu para me arrumar. Decido usar um vestido azul claro de mangas 7/8.
Quando termino de me arrumar, vou até a sala de jantar e ouço um grande reboliço na mesa.
- O que está havendo? - Pergunto confusa.
Meus pais estavam com os semblantes sérios e furiosos e Irina estava sentada sobre a mesa, enquanto fingia que nada de errado estava a acontecer.
- Sua irmã. - Diz mamãe brava.
- O que tem ela? - Pergunto olhando para meus pais e para Irina.
- Saiu novamente sem dizer onde ia. - Diz meu pai - Isto é um absurdo, Carmen. O que a cidade pode falar de uma moça que sai desacompanhada desta forma? - Pergunta meu pai para minha mãe.
- Não sei, querido. Devemos tomar alguma atitude em relação a isso.
Eu olhava para todos e não estava a entender o que estava a se passar por aqui. Tanya sempre foi desta maneira. Por que será que estão se preocupando agora?
- Você sabe onde ela ia, Irina? - Pergunta minha mãe.
Irina estava a comer uma torrada com geléia de morango. Ela mordeu um pedaço e tomou um gole de suco e se levantou fitando meus pais.
- Não. E mesmo se soubesse, jamais diria a vocês.
Irina passa o guardanapo na boca e sai firmemente da sala. Não a culpo por tratar meus pais desta forma. Talvez Irina acredita que eles não a amam, quando na verdade são loucos por ela.
Aproveito que está tudo mais calmo por aqui e puxo uma cadeira para me sentar.
- E você, Kate? Sabe onde está sua irmã? - Pergunta minha mãe.
Se eu sei? Claro que sei. Ela está com Caius. Mas não posso dizer a eles que minha irmã está com o... Bom, o homem com quem ela transa. Já que ela não rotula o relacionamento deles.
- N-Não sei. Talvez ela foi resolver umas coisas e volta logo. - Digo nervosa.
- Espero que sim. - Diz meu pai.
O resto do café da manhã se passou tranquilo. Irina foi para o quarto e papai saiu para trabalhar, só volta na parte da tarde.
Por mais que minha irmã mereça uma boa bronca, jamais prejudicaria o seu relacionamento com Caius. Pois antes de conhecê-lo, Tanya apenas pensava na melhor forma de se vingar de nossa prima, depois que conheceu Caius, esta vontade foi indo embora aos poucos. Só quando voltamos para esta cidade é que essa vontade voltou também.
Conheci Caius por acaso. E desde então, viramos amigos. Fico feliz que minha irmã tenha alguém como ele em sua vida. Tanya merece ser amada. Pois ela tem de esquecer que algum dia conheceu alguém como James. Ele só fez mal para ela, e para nossa prima também. Sou testemunha do quanto Tanya sofreu por aquele desgraçado.
Eu e minha mãe estávamos na sala, fazendo alguns bordados para o meu enxoval, quando ouvimos a governanta da casa chamar minha mãe.
- Sra. Denali?
- Sim, Elizabeth. - Diz minha mãe se fazendo presente na sala.
- Chegou isto para a senhora e sua família. - Diz Elizabeth estendendo a mão, mostrando um envelope branco em sua mão.
- Do que se trata? - Pergunta minha mãe pegando o envelope de sua mão.
- É um convite do doutor e da Sra. Cullen.
- Muito bem. Pode ir, obrigada. - Diz minha mãe sorrindo para Elizabeth a dispensando.
Minha mãe rasga o envelope e começa a ler o que está escrito.
- O que diz aí? - Pergunto curiosa.
- É um convite. Parece que vai ter um baile na casa dos Cullens.
- Um baile? - Pergunto surpresa.
- Sim, hoje a noite. - Diz minha mãe me olhando.
Agora que me lembrei: não tenho vestido para ir a um baile. E também não posso ir de qualquer jeito. Devo ir até a cidade e comprar um imediatamente.
Me levanto do sofá e deixo os bordados que estava fazendo, de lado e começo a dizer para minha mãe:
- Mamãe, vou sair. - digo depositando um beijo no rosto de minha mãe.
- Você vai aonde, filha? - Pergunta minha mãe já preocupada.
- Não se preocupe. Vou só no centro da cidade comprar um vestido novo. - Digo a tranquilizando.
- Então tome cuidado e leve uma dama de companhia com você.
- Está bem.
Chamo July para ir comigo e entramos na carruagem para irmos até o centro da cidade. Não morávamos muito longe, questão de alguns minutos, chegávamos ao centro da cidade. Eu estava a olhar para a grande mata na estrada, através das janelas da carruagem, quando a sinto parar de forma brusca e me assusto.
- O que aconteceu? - Pergunto preocupada.
- A roda da carruagem quebrou, Srta. Denali. - Diz o cocheiro para mim.
July e eu saímos de dentro da mesma e ficamos esperando até que o cocheiro a arrumasse.
- Vai demorar muito? - Pergunto preocupada.
- Certamente, senhorita. A forma como quebrou dará muito trabalho para consertar. - Diz o cocheiro.
Eu estava aflita. Jamais uma carruagem quebrou comigo sozinha na estrada. Eu estou começando a ficar desesperada.
Eu estava a olhar fixamente para o cocheiro, quando de repente ouço alguém parar com um cavalo ao nosso lado.
Olho para o lado onde a pessoa está e de repente não consigo parar de olhá-la. É como se eu não pudesse parar de olhar para alguém com uma beleza que parece ser de outro mundo.
- Precisam de ajuda? - Pergunta descendo do cavalo.
A pessoa a minha frente é um nobre e gentil cavalheiro que mesmo não nos conhecendo se prontificou em nos ajudar.
Eu o olhava freneticamente, mas o cavalheiro ainda não havia se dado conta de minha presença.
Quando finalmente olha em minha direção, sinto meu coração se acelerar fortemente. Minha respiração passa de regular a descompassada. O nobre cavalheiro fica a me olhar tão fixo quanto eu o olhava.
Ouço vozes ao fundo, mas tudo o que consigo pensar é em seus lindos olhos azuis a me olhar.
Ficamos nos olhando por um bom tempo até que ele tem algum tipo de reação e anda em minha direção.
- Minha senhora. - Diz parando em minha frente, fazendo reverência e estendendo a mão para mim
- Senhorita. - Digo o corrigindo.
De repente vejo um lindo sorriso se formar em seus lábios. Talvez ele tenha gostado de saber que não sou casada.
- Bem, então... Senhorita. - Diz cordialmente, dando uma pequena pausa.
Estendo minha mão para ele, que deposita um singelo beijo nas costas da mesma.
- É um prazer conhecê-lo, senhor...? - Falo para saber o seu nome.
- Garrett. - Diz ele completando.
- Garrett. - Digo em seguida, sentindo como se uma nota musical tivesse saído de minha boca.
- Agora que a senhorita sabe o meu nome, nada mais justo do que eu saber o seu também. - Diz sorrindo para mim.
Não sei porque, mas olhar para Garrett faz com que meu coração queira sair pela boca. Minhas mãos estão suando e sinto o ar me faltar nos pulmões.
- Kate. - Digo abaixando minha cabeça com vergonha - Kate Denali. - Digo completando.
Sinto a mão do Sr. Garrett em meu queixo e isto faz com que eu o encare. Ele, em nenhum momento, deixa de sorrir para mim.
- Lindo nome. - Diz num sussurro e sinto minhas bochechas queimarem.
Estávamos em uma pequena bolha só nossa, quando ouvimos um pigarro, que acho que veio do cocheiro, volto à realidade.
Finalmente voltei a mim. Eu estava aqui neste lugar até o exato momento, pelo fato da nossa carruagem ter quebrado uma das rodas.
Me soltei das mãos do Sr. Garrett e ele pareceu se dar conta da realidade também.
- Qual é o problema? - Pergunta ele se afastando de mim e indo até onde o cocheiro estava.
O cocheiro estava a explicar a situação para o Sr. Garrett, mas vez ou outra ele se virava para trás e me olhava. Esta situação era estranha para mim. Pois, ao mesmo instante em que era incômodo, outra vez não era. E isto me deixa confusa ao extremo.
- Srta. Denali, vamos ficar em um canto mais afastado. A senhorita sabe que não é bom uma moça de família ficar perto de homens desconhecidos. - Diz July para mim.
Por mais que eu não quisesse ir e só quisesse olhar para o Sr. Garrett, acho que não tenho outra opção.
Se eu estava indecisa sobre qual decisão tomar, esta se foi no momento em que o vi sem camisa. Isto mesmo, Garrett tirou, primeiramente, seu casaco preto e chamou July, para que pudesse segurá-lo para ele. Logo após tira sua camisa branca, também a entregando a July, e ficando apenas com sua pele branca exposta para quem quisesse ver.
Neste momento ele me olha profundamente nos olhos e eu não sei se o olho, ou se me viro.
Vejo que July está andando em minha direção novamente e dou um suspiro aliviada.
- É tem razão, July. Vamos nos afastar um pouco. - Digo já a puxando.
July e eu fomos para um canto mais afastado de onde estava o cocheiro e o Sr. Garrett.
Eu não sei o que estou sentindo neste momento. O Sr. Garrett está me fazendo descobrir uma parte em mim, que eu não sabia que existia. Olhar o seu corpo desnudo, da sua camisa na mão de minha dama de companhia, está me fazendo sentir calor e frio ao mesmo tempo. Minhas mãos suam e meu corpo está quente, porém, ao mesmo tempo, sinto um frio enorme na barriga e sinto-me arrepiar todo o corpo. Simplesmente, posso afirmar ser a sensação mais estranha que já senti na vida.
O Sr. Garrett está sempre a olhar em nossa direção, por mais que seja um homem bastante prestativo e atencioso, volta sempre a sua atenção para nós. Ou melhor dizendo, para mim. Todos os seus olhares em minha direção, o mesmo me direciona um singelo sorriso. Só não sei explicar se este é um simples ato de um galanteador, ou se ele é um homem muito gentil.
Mais uma vez o Sr. Garrett olha para mim, porém desta vez se levanta e diz:
- Você. - Diz apontando para July, porém olhando para mim.
Meu coração disparou no mesmo instante. Por um momento achei que o mesmo falava comigo. Mas pelo visto eu estava enganada.
- E-Eu? - Pergunta July surpresa.
- Sim, você. Pode nos dar uma ajuda por favor? - Pergunta o Sr. Garrett.
July olha para mim e eu entendo o que ela quer dizer com este olhar.
Há alguns dias atrás, July teve uma torção ao limpar um cômodo de minha casa. Desde então ela tem feito serviços leves, como por exemplo me acompanhar em algum passeio na cidade.
Ela se virou para o Sr. Garrett e disse:
- Claro que posso, senhor. - Disse July.
July vira seu corpo para ir até onde estão o Sr. Garrett e o cocheiro, mas seguro em sua mão, fazendo-a olhar para mim.
- July, você não precisa fazer isso. Pode deixar, vou ver o que o Sr. Garrett quer, no seu lugar. - Digo preocupada.
- Pode deixar, senhorita. Não deve ser nada de mais. - Diz se soltando de minha mão - A senhora pode segurar isto para mim? - Pergunta estendendo as roupas do Sr. Garrett para mim.
Por um momento pensei em recusar. Uma moça solteira, na beira de uma estrada, a segurar as roupas de um homem, não é algo elogiável, pelo contrário. Se algum conhecido de minha família me ver, estarei perdida. Para sempre.
- Claro. - Digo sem jeito.
July me entrega as roupas do Sr. Garrett e sai em direção ao mesmo. Ele fica a lhe explicar algo e aproveito para apreciar os tecidos em minhas mãos.
Mesmo meu pai tendo as riquezas que tem, jamais senti tecidos mais sedosos quanto os que estão em minhas mãos. Senti uma enorme vontade de sentir o seu cheiro, mas estava indecisa entre sentir ou reprimir esta vontade.
Olho mais uma vez até onde estavam July, o cocheiro e Sr. Garrett, e percebo que estão todos ocupados tentando consertar minha carruagem.
Aproveito que este é o momento perfeito, e levo o casaco e a camisa branca do Sr. Garrett em meu nariz. Fecho meus olhos lentamente e inalo todo o seu cheiro. Jamais senti cheiro igual a este.
Basicamente eu achava que todos os homens tinham o mesmo cheiro: o que eles chamam de "cheiro de homem". O Sr. Garrett não tem nada disso. O seu cheiro é delicado e forte ao mesmo tempo. Não é muito doce, mas também não é muito forte. Seu cheiro é simplesmente perfeito.
- Gosta do cheiro que está inalando? - Me pergunta uma voz grossa e rouca em minha frente.
Abro meus olhos assustada e o vejo em minha frente.

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