Capítulo XXVI - O passado Sempre Volta

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Oi pessoal, tudo bem?
Gente o capítulo de hj tá um arraso (de vários tipos kkk)
Dica: segredos, segredos e mais segredos que serão revelados...
Bom, hoje muitas de vocês vão entender o que houve com a nossa (querida) vilã... Então tentem entender o pado dela, Ok? :)
Bem, sem mais delongas, boa leitura...

POV Isabella

- Olá, Bells.
Bells. Há tempos que não ouço este apelido. A única pessoa que me chamava assim, está morto.
É possível que os mortos ressuscitem? É possível que eu esteja louca e perdendo minha razão? É possível que eu o esteja imaginando?
Viro-me para a voz que acaba de me chamar e vejo...
- James? - pergunto surpresa e confusa ao mesmo tempo - O que você...?
- Bella?!
Ouço alguém chamar por meu nome. Sei perfeitamente de quem é a voz. Mas faz tanto tempo que ela não me chama assim, que até me pergunto se estou certa em minha teoria.
Viro-me para a pessoa que acaba de me chamar e minha teoria se concretiza. Tanya.
Seu semblante é de terror. Ela está com medo. E com razão.
Tanya está diferente desde a última vez que a vi. Sua pele está radiante e sua barriga maior. Está bastante perceptível a sua gravidez. Ao contrário da minha.
- Tanya, o que você está fazendo a...
- Ela é minha convidada, Bells. - diz James me intetrompendo.
Desvencilho o meu olhar de Tanya e olho para James. Ele está com um maléfico e perverso sorriso em seu rosto.
As lembranças que tenho de James, são lindas. Incríveis. Ótimas.
Bom, pelo menos boa parte delas.
Quem é essa pessoa a minha frente? Como ele pode estar vivo, se o vi morrer em minha frente?

Flashback On:

Forks 1957

Eu não posso acreditar nisso que está acontecendo. Ele não merece isso.
- Por favor, não façam isso com ele! - grito implorando para que o soltem - Ele é inocente. - digo chorando.
- Senhorita, se afaste, por favor. - diz um policial para mim.
Por que estão fazendo isso com ele? O James é inocente. Inocente!
- Só pode estar havendo um engano, senhor. Ele não seria capaz de fazer isso que o estão acusando. - digo em desespero - Ele jamais mataria uma pessoa.
Eu estava com medo. O James é o homem da minha vida. Apesar de eu não conseguir confiar nele completamente, sinto que ele me ama. E por isso, eu devo amá-lo também.
- Eu te amo, Bells! - grita James, enquanto é literalmente arrastado por vários homens.
- Eu também, James! - grito de volta para ele.
James se debatia e quanto mais ele fazia isso, mais o machucavam.
O policial com quem eu falava momentos antes, pega em minha mão e pede que eu me sente, assim o faço. Enquanto tentam colocar James para fora da pequena sala.
- Bem senhorita, fomos informados que você é a atual noiva do Sr. James.
- Isso está correto, mas...
- Ele está sendo acusado de estupro e morte. - diz o homem não me deixando concluir.
Estupro? Não! Não! James não faria isso. Ele é uma boa pessoa. Ele seria incapaz de fazer isso!
Essa acusação é ainda pior do que a de ter matado alguém.
- Senhor, devem o estar confundindo com alguém, ele... - digo rápido tentando defendê-lo, mas o homem pega em minhas mãos e diz:
- Ele foi pego em flagrante, senhorita. - diz e retiro as minhas mãos do homem e as coloco em minha boca - Eu sinto muito. - diz baixo como se estivesse se lamentando.
- Não pode ser... - digo num sussurro, deixando algumas lágrimas escorrerem por meu rosto.
Olho para trás e vejo que James já se acalmou. Os outros policiais ainda estão a sua volta, mas apenas por precaução.
James estava com a cabeça baixa e eu o olhava fixamente. Ele ainda é o mesmo que me lembro. O mesmo homem lindo e carinhoso que eu conheço.
Devem ter se enganado, foi isso.
Viro-me de volta para frente e vejo o policial a me olhar. Ninguém nunca me olhou dessa forma. Com tanta piedade. Com tanta... pena.
- Eu imagino que deve ser difícil de acreditar. Mas esse homem foi pego, durante o ato sexual que estava praticando com a vítima...
- O senhor vai me desculpar, mas eu o conheço, sei que ele seria in... - digo me levantando para não ouvir mais essas barbaridades.
- A vítima ainda estava viva, quando tudo aconteceu. - diz segurando em meu pulso, fazendo com que eu o olhe - Ela gritava, mas não havia ninguém para ajudá-la naquele momento. Até que um vizinho ouviu toda a gritaria e mandou nos chamar. Quando chegamos ao local, a vítima estava toda machucada. E quando o ameaçamos, ele cortou o seu pescoço com uma navalha. - diz me olhando e me sento sem saber ao certo o rumo da cadeira.
Nada digo ao policial. Apenas, em um impulso, olho para James e reparo melhor na situação de sua roupa. Ele está sujo. Seu rosto está coberto de arranhões. Suas vestes estão rasgadas. E ele está coberto por algo vermelho.
Sangue! - grito em minha mente, assustada.
James me olha e não sei decifrar o seu olhar. Posso sentir tudo. Menos que ele sente-se culpado.
Quem é este que está em minha frente? Eu não o conheço. Eu ia me casar com uma pessoa que foi capaz de tirar uma vida. A vida de uma inocente. Ele é um monstro!
Me levanto rapidamente. Quero ir embora deste lugar. O policial me olha com precaução, mas nada diz.
Por mais que eu quisesse ir embora e deixar o James apodrecer neste lugar, eu não consigo.
Ele ainda continua me olhando. Mas desvio o meu olhar do seu. Não quero olhá-lo. Não quero saber das suas desculpas.
Ando em direção de onde está James e os policiais e tento passar sem olhá-lo, mas é em vão. Pois ouço a sua voz a me chamar:
- Bella...! - grita e o olho profundamente - Bells...!
- Não me chama assim. - digo entre dentes, deixando uma lágrima escorrer por meus olhos, mas mesmo assim falo firme.
- Bells, eu te amo. - diz tentando se soltar e os policiais o prendem ainda mais.
- Ja...
Eu ia me despedir de James. Eu não queria. Eu sentia que se o dissesse adeus, seria realmente um "adeus".
Não sei porquê, mas eu não queria isso. Eu não estava pronta.
O motivo pela qual não terminei de falar não foi o meu medo de me despedir. Mas foi por...
- O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI? - entra completamente desnorteada - SOLTEM-O, AGORA! - diz tão desesperada, quanto eu minutos atrás.
Tanya?
Ela anda no rumo de James e como não esperávamos por ela, todos ficam surpresos a olhando.
- O que fizeram com você, meu amor? - pergunta ela para James e ele nada responde - Eles te machucaram? Eles...? - pergunta o abraçando, quase beijando os seus lábios.
James me olhava profundamente. Ele não se importava com Tanya, que estava tão preocupada com ele que nem percebeu.
O fato dela quase ter beijado o meu noivo, digo, ex-noivo não me atingiu como eu achei que poderia atingir. Mas ela é a minha prima. E não quero vê-la sofrer. Com certeza o policial irá explicar a ela, como me explicou. Ela entenderá e ficará tudo bem.
Não posso mais ficar aqui. Começo a sentir uma grande ânsia de vômito. James está com um cheiro diferente. Um que eu não conhecia. Um cheiro de... animal.
- Adeus, James. - digo baixo para ele e o vejo tentar se desviar de Tanya.
James consegue se desvencilhar dela e tenta correr até onde eu estou.
Me viro para ir embora e não olho para trás. James agora será parte do meu passado. Não posso tê-lo ao meu lado.
Eu já estava no rumo da saída, quando tudo aconteceu.
Foi tudo muito rápido. Eu não conseguia fazer nada. Só me lembro de ouvir um alto disparo e me viro para trás, vendo um corpo caindo desfalecido.
- NÃO! - grita Tanya indo rumo ao corpo de James.
Quando eu ia em seu rumo também, sinto um forte arder em meu braço. Olho para ele e vejo uma forte mancha vermelha em meu vestido. Levei um tiro também. Só que ao contrário de James, isso não iria me matar agora.
Mesmo com o braço machucado, corro na direção de minha prima e de James e digo:
- James!
- Bells... - diz rouco e um pouco baixo.
Olho para o corpo de James e vejo que a bala atravessou o seu coração.
Não! Por que? Por que com ele?
- Shii, vamos chamar um médico. Você vai ficar bem, você... - digo.
- Eu estou morrendo, Bells. - diz e vejo sair sangue por sua boca.
- Não... - digo chorando.
Tanya estava chorando alto, se agarrando ao corpo de James. Ela estava visivelmente mais abalada do que eu. Ela viu tudo. E isso ficará em sua mente para sempre.
- Não fala assim, meu amor. Você vai ficar bem. - diz Tanya tentando chamar a atenção de James, mas ele nem a olha - Olhe só, vamos ser felizes de novo, vamos...
- Eu te amo, Bells. - diz baixo, dando um beijo em seus dedos e os coloca sobre meus lábios.
Os olhos de James foram se fechando aos poucos. As suas últimas palavras foram para mim. Ele nem ao menos se despediu de Tanya.
- Não. James, acorde! - diz Tanya desesperada sacudindo o corpo de James. - Acorde, por favor. - diz chorando ainda mais.
Eu não queria ver a minha prima sofrendo dessa maneira. Eu a amo tanto.
Eu também estava sofrendo com a morte de James. Eu o amei muito. Mas de alguma forma, não consigo sentir como se a minha vida dependesse dele.
- Ele se foi, Tanya. - digo baixo, tocando em suas costas, deixando uma lágrima escorrer dos meus olhos e ela me olha de uma forma que jamais vi antes. Ela me olha com raiva. Dor. Remorso... Ódio.
- Isso é culpa sua. - diz com ódio em sua voz.
- Não, eu...
- Você matou o meu amor, Bella. Você acabou com a única pessoa que poderia me fazer feliz nesse mundo.
- Eu não fiz nada, eu... - tento dizer mais uma vez.
- Ele morreu porque queria ir atrás de você! Ele morreu porque não suportava a ideia de te perder! - diz um pouco mais alterada - EU TE ODEIO!
- Tanya...
- Eu nunca vou te perdoar, Bella. Eu já aceitei muitas coisas, vindo de você. Mas isso? Isso não. A morte de James é uma responsabilidade sua. Eu serei infeliz e a culpa é sua.
Tanya se levanta e assim o faço também.
Ela não entende. Eu não queria que isso acontecesse. James errou, mas ia pagar por seus erros na cadeia. Nunca achei que ele merecesse a morte.
- Tanya, vamos conversar. - digo tocando em seu braço e ela se solta bruscamente.
- Não temos nada a dizer. Só não me procure mais. Para mim, você não é mais nada.
Tanya sai da cadeia em que James ficaria preso e a partir desse dia, não a vi mais.

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