Capítulo 3

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Bomba!! DESESPERO! É o drama começa a ganhar forma... não esqueçam que na página Dólares sempre tem uma prévia do próximo cap.
Bjs
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*** Carlos - Antes da Jess chegar na casa da Abby***

Eu não dormi absolutamente nada na noite passada, fiquei em claro, sentindo o cheiro da Jess ainda em mim, esperando o tempo passar para poder enfrentar a Andreia sobre essa foto maldita. Como ela pode colocar uma foto antiga, feita em uma festa junina na minha porta? Alias, quem anda com uma foto do seu ex de 5 anos atrás guardada na bolsa? Tem algo de podre nessa história e eu preciso descobrir o que é antes de acertar as coisas com a Jess, não vou fazer como o Chris que se deixou envolver nas teias do Rafael e quase perdeu a Abby, eu vou partir para cima, atacar antes de ser atacado. A primeira coisa a ser feita e avisar a tia Bia o que eu iria fazer, eu havia me comprometido a ajudar na mudança do Chris e da Abby, mas com essa coisa com a Andreia para resolver, vou pedir para a tia cuidar disso, sabe-se lá que hora essa conversa vai acabar.
- Tia? Sou eu, preciso de um favor.
- Pode falar Carlos, se eu puder ajudar... - Eu escutei ela falando algo com o meu tio Cristovão, mas não entendi. Eles riam de algo, a relação deles é um exemplo a ser seguido, era cheia de amor, respeito e sinceridade, exatamente o que quero construir com a Jess. - O Cristovão falou que vamos ter voltar para a capital com o helicóptero, ele tem uma cirurgia para fazer, mas eu posso ficar um pouco mais.
- Eu preciso que a senhora me ajude na arrumação da casa da Abby, eu prometi ajudar a Jess, mas aconteceu algo ontem que foi bem chato, ela não vai querer me ver nem pintado de ouro.
- O que você fez, garoto?!
- Nada! Apareceu uma foto da Andreia vestida de noiva, abraçada comigo e a Abby tá achando que eu sou casado e levei ela no papo para dar umazinha, com todo o respeito, tia.
- Vestida de noiva? Como? Carlos, explica melhor essa história.
- Eu passei a noite em claro, tentando pensar nessa história, é verdade que eu não lembro muito bem o que aconteceu em Las Vegas, mas quando eu for para a capital, posso perguntar para o Miguel, ele tinha acabado de entrar para o AA naquela época, então tenho certeza que estava sóbrio. Então eu parei de pensar sobre a viagem e voltei a minha mente para algo mais amplo, e ai lembrei daquela festa junina há 5 anos e eu me vesti de noivo. Lembra?
- Acho que lembro. Foi a sua primeira festa como empregado do hospital, não foi?
- Isso. Foi bem no meu começo de namoro, eu lembrei que a gente casou, de brincadeira para a festa, quando eu lembrei disso, peguei a foto do lixo e vi que ela usava o mesmo vestido da festa, a minha foto foi alterada para uma minha com terno e gravata escuros. Foi um trabalho bem-feito, mas eu tenho uma puta de uma memória e o vestido eu tenho certeza que é da festa caipira!
- Se eu entendi bem o que você está dizendo, então alguém gastou tempo ou dinheiro para pegar uma foto sua, montar com uma da Andreia vestida de noiva e deixar na sua casa, de tal forma que a Jess encontraria, logo depois da sua ex aparecer, por mágica, depois de anos alegando ser casada. Você entende onde eu quero chegar?
- Eu já pensei nisso, ela não teria como fazer tudo isso em tão pouco tempo nem mesmo voltar para o Brasil assim. Alguém já vinha preparando isso, a volta, a história do casamento, a foto, tudo isso foi bem planejado. Só resta saber se o objetivo era somente me separar da Jess ou algo mais.
- E também quem fez, tudo o que você pensou faz sentido, mas a Andreia é um peão, outra pessoa está mexendo as peças, mas quem? Quem iria gostar de te atingir assim? Rafael? Aquela irmã louca dele?
- Rafael está preso e o interesse dele sempre foi e sempre vai ser a Abby, sim ele armou com a Brianna para me separar da Jess quando eramos mais novos, porém, ele fez isso com o objetivo de agrada a irmã e ter uma aliada para continuar na cola da Abby.
- Ok, ele está fora. E a irmã?
- Internada no hospital se recuperando da overdose até onde eu sei, estava em coma induzido, mas eu vou ligar para lá e confirmar o quadro dela. Mesmo assim, ela estava presa no cativeiro com a Abby, talvez até mesmo antes da Abby. Eu pensei numa pessoa, mas sei lá, antes de trabalhar no hospital eu pisei em alguns calos.
- O que você vai fazer agora? Se estão armando, você precisa se defender.
- Não elaborei nenhum plano, a minha estratégia é bem simples, encontrar a Andreia em seu apartamento e deixar bem claro que eu nunca, jamais, em tempo algum vou abrir mão de conseguir reconquistar a Jess para ficar com alguém como ela.
- Só? E para descobrir a identidade dessa pessoa que armou tudo isso?
- Relaxa, se essa pessoa teve todo esse trabalho, não vai ser essa conversa minha que vai impedir ele de tentar algo, eu vou aos poucos, dando passos pequenos até descobrir quem e porque. Enquanto isso, tenho que resolver o problema em mãos, mandar Andreia para longe e convencer a Jess que não sou casado e quero ela por inteiro e para toda vida.
- Toda a vida? Essas são palavras intensas meu filho...
- Tia, eu amo a Jess e vou passas a eternidade com ela. Agora eu tenho que ir, não quero perder a chance de encontrar a Andreia, mas voltando ao favor? Você vai lá na casa da Abby?
- Claro que vou! Já estou no carro indo para lá nesse instante.
- Obrigado, tia. Se der, tenta acalmar aquela ruivinha danada e qualquer coisa eu te ligo, bença dinda.
- Deus te abençoe e boa sorte, meu menino.
***
Com a minha tia indo encontrar a Jess, e com sorte, deixando a ruiva mais mansa para conversar comigo depois, eu fui direto para o hotel onde a Andreia disse se hospedar, pronto para arrancar respostas. Eu tinha uma ideia de quem poderia estar por trás dessa armação, entretanto por mais que eu odeie mentir para a minha tia, eu tenho uma suspeita, um nome que eu odiaria ter que falar em voz alta, é só uma suspeita, mas cada vez que eu penso nisso, minha cabeça sempre volta para um único nome: meu pai!
Eu não quero acreditar que depois de 29 anos sem sequer reconhecer minha existência, esse homem decidiu fazer algo na minha direção, mas se as palavras finais que minha mãe deixou para mim em seu diário estão corretas, ele é capaz de fazer isso, o problema é que, desde o dia que ela me deu esse diário, meses antes de morrer e eu descobri o nome do meu pai, eu também descobri as circunstâncias do meu nascimento, e essa história feia eu prefiro manter enterrado comigo. Se eu for honesto, eu tenho vergonha. Vergonha de ser filho dele e vergonha do que ele fez a minha mãe.
Por sorte, o hotel ficava bem na parte central de Solares, então não tive muito tempo para que minha mente voltasse para aquelas palavras tão pesadas e tristes que minha mãe escreveu no diário, entretanto, eu nunca vou esquecer o que ela me disse depois que eu li o diário e nunca vou deixar de repetir na minha cabeça a frase exata, toda vez que volto a pensar nesse assunto "você é sempre vai ser meu maior orgulho, meu maior presente, minha vida e minha alma, nunca duvide disso e nunca se esqueça." Por mais que minha mãe tenha partido há muitos anos, eu nunca vou esquecer o seu sorriso, mesmo quando a doença já estava em estágio terminal, ela sempre tinha um sorriso no rosto, uma ideia brilhante para melhorar a vida de outra pessoa, Caterine Alves era mais que uma mulher, era um anjo, e eu espero que ela esteja olhando por mim agora, quando entro no covil de uma cobra.
- Bom dia, eu me chamo Carlos Henrique e estou procurando por uma hóspede. - O atendente do hotel não parecia ter mais que 20 anos, sua cara era a imagem do tédio enquanto ele encarava seu celular sem olhar para mim uma única vez. - O nome dela é Andreia, eu não sei qual o quarto...
- Quarto 406, a sua chegada já havia sido alertada pela Senhora Andreia, pode subir.
- Obrigado. - Claro que a Andreia já estaria me esperando, depois daquela foto ela tinha certeza que eu viria aqui para tirar satisfação. - O senhor sabe me dizer se ela está sozinha? Se ela recebeu outro convidado esses dias?
- Senhor, infelizmente não podemos dar esse tipo de informação.
Eu até pensei em insistir mas o cara não falaria nada, alias, nem sei se ele olharia para mim e não para o celular. Fui direto para o elevador, minha cabeça insistia em pensar se a Andreia estava agindo sozinho ou se alguém estava por trás dela, financiando e organizando esse golpe e qual era o objetivo disso? Me separar da Jéssica? Me fazer voltar para a Andreia? Voltar para uma relação que está mais do que no passado? Talvez vir aqui tenha sido ingenuidade da minha parte sem saber exatamente o que eu vou encontrar, ou quem. De frente para porta do quarto 406, tudo isso ficou para trás quando apertei a campainha.
- Entra Carlos, já sabia que você iria aparecer!
- Você sabe que isso não é... - Minha frase ficou presa, minha língua grossa, de repente não havia ar suficiente no mundo para inflar meus pulmões quando eu vi quem estava junto da Andreia. - O que... Não! Não!
- Carlos, essa é Júlia. - Andreia apontou para uma menina muito lindinha, não devia ter mais que três anos, seus cabelos eram tão loiros que pareciam brancos, dando a menina um ar de anjo. - Júlia, esse é o Carlos, seu pai.
- Andreia você está louca? Serio isso, produção? Esse filme eu já vi e cara... serio!
- Querida, porque você não vai para o seu quarto e fica lá com a sua boneca até a mamãe chamar, tudo bem? Eu preciso falar com o seu pai.
A menina não disse uma palavra, o que era muito estranho. Tudo bem que minha experiência com crianças estava limitada ao Leo, que era uma mistura de fenômeno da natureza com atentado terrorista, o menino era falante, alegre, divertido, feliz. Menos quando voltou do sequestro, mas aos poucos eu tenho certeza que ele voltaria a ser assim, mas essa menina parecia... triste, murcha. O que poderia ter acontecido com uma menina dessa idade para ela ficar assim, tão sem brilho?
- Andreia, pode começar a explicar, porque não tem uma chance no inferno de eu ter uma filha que nunca soube! - Essa história de ter filho bêbado é com o Chris, eu sempre fui superconsciente com a paternidade, Andreia está armando mais um golpe e para piorar, usando uma criança. - Alias, essa menina não pode ser minha filha, a gente usou camisinha, nunca esquecemos, você sabe tão bem quanto eu disso!
- Acidentes acontecem, você pode perguntar para o seu irmão Chris. Pelo que eu andei verificando ele tem um filho de cinco anos. Talvez os nossos filhos possam ser amigos, a Júlia tem apenas 3, mas é super esperta para a idade.
- Andreia... para com essa história de filha! Não tem como! Me diz qual foi a vez que transamos sem proteção? Qual?
- Camisinha é só 97% segura.
- Tudo bem, vamos dizer que caímos nesses 3%. Tudo bem, mas ai agora você explica como dois morenos tiveram uma filha loira? Eu acho que você deveria lembrar que a Bia, tem olhos claros, mas não é minha mãe e mais uma coisa, essa pele cor de chocolate aqui? Herança genética, porra!
- Vai ver ela saiu a família do seu pai, você nunca falou deles!
- Quer saber Andreia? Eu não vou discutir isso com você, se a menina é minha, eu assumo, sem problema, mas você vai ter que fazer um exame de DNA, tem mais de três anos que não somos um casal fora que nós dois sabemos que quando a gente terminou, sexo era algo raro. A não ser que fizemos um filho por simbiose, essa filha não é minha e é muito baixo da sua parte usar uma criança!
- Você não era assim tão ignorante quando estávamos juntos, foi essa tal de Jéssica que deixou você assim?
- Não fala o nome dela! Nem pensa nela!
- Você vai ignorar a sua filha por causa de uma mulherzinha vulgar? Esperava mais de você, Carlos Henrique Teles!
- Carlos Henrique Alves! ALVES! Eu amo os Teles, eles são minha família, mas o meu sangue, meu nome, minha ascendência, a minha mãe é Alves. E foi exatamente por isso que terminamos lá atrás, você quer dinheiro, você quer o sobrenome da minha família, e você está tentando me dar um golpe usando uma criança, então quer falar de vulgaridade? Isso é mais que vulgar, é baixo, é sórdido, mas o que eu poderia esperar de alguém que falsifica uma foto para reforçar uma mentira?
- Então você achou a nossa foto? Gostou da minha lembrancinha?
- Lembrança da época em que eramos um casal feliz? Quando você não falava da família Teles a cada meio segundo? Deixa eu pensa... Não! Como você pode falsificar uma imagem, inventar uma mentira apenas para me separar da Jess, mesmo sabendo que isso não vai ser suficiente? Andreia, você é uma das melhores advogadas que eu conheço e sabe tão bem quanto eu que não sou burro o suficiente para cair em armadilhas infantis como essa. O que você pretende com isso? E com essa menina? Essa menina é linda, tenho certeza que é um amor de menina, mas nós dois sabemos que não é minha filha e um teste de DNA vai provar isso. Então me diz qual o motivo para tudo isso?
- Ter você de volta, não é obvio? Eu te amo Carlos, meu maior erro foi terminar com você, eu fui burra e...
- Eu terminei com você, não o contrário. E se você voltou para isso, pode desistir porque não vai ter volta. O que você veio fazer em Solares? Como você sabia onde eu estava?
- Eu estou aqui a trabalho, meu empregador que me avisou sobre o casamento, eu reconheci o nome do Chris e fui ver. De verdade Carlos, não esperava encontrar você.
- Para quem você está trabalhando?
- Isso é segredo entre advogado e cliente.
- Andreia, não me teste.
- Foi eu que contratei a Andreia, Carlos. - Essa voz era capaz de despertar meu pior lado, assim como um nojo que eu precisava fazer esforço para não vomitar. Como eu odeio esse homem, Lucas era a personificação do mal. - Parece que você está chocado Carlos, mas não vejo razão, afinal, meu filho pode ser louco, mas ainda é meu filho e precisa de defesa.
- João Lucas Bragança Almeida. Acredito que você conhece ele, não Carlos?
- Mas do que você imagina, Andreia. - Mesmo no auge dos seus 60 anos, Lucas ainda era imponente, até mesmo intimidador, se o Rafael era louco, a culpa é desse homem. A culpa é do meu pai. - E se você ainda tem alguma consideração com o que eu penso, desiste desse caso e pegue a sua filha e fique longe desse homem.
- Andreia, pegue a Júlia e nos deixe a sós.
- Sim, senhor. - Andreia praticamente correu até o quarto e arrastou a menina para a saída, eu nunca vi a minha ex ser tão servil como ela estava sendo com o Lucas, era tão estranho que parecia surreal, nenhuma relação entre empregado e empregador exigiria essa relação. - Quando tempo o senhor quer que eu fique fora?
- Eu deixo você saber a hora de voltar para o seu... com todo o dinheiro que te dei você só conseguiu isso?
- Foi de última hora, senhor.
- Entendo, pode ir. - Assim que a porta fechou, Lucas voltou toda a sua atenção para mim. - Então filho, eu devo supor que você sabe que eu sou seu pai, não? Isso deve justificar a sua reação quando me viu.
- Não me chame de filho, seu estuprador desgraçado! NÃO OUSE ME CHAMAR DE FILHO, PORRA!
- Não precisa se exaltar, eu confesso que as condições por trás do seu nascimento não foram as melhores, mas ainda assim, você é sangue do meu sangue.
- Foda-se.
- Eu acreditei que os Teles tivessem dado uma melhor educação do que isso, meu filho. Esse linguajar não é próprio para um advogado do seu nível. Agora porque não sentamos e conversamos friamente sobre o que está acontecendo.
- Friamente, essa é a palavra da sua vida, não é?
- Filho, não vamos começar essa conversa no pé errado, eu devo supor que você tem perguntas a me fazer já que você sabe que é meu filho. A propósito, como você sabe sobre isso, foi o Antônio quem te falou?
- Antônio? Você está falando do pai da Jess? Ele sabe disso? Quem mais sabe?
- Isso importa? Eu tenho assuntos para tratar com você, já é hora de você voltar para a sua família, filho. Temos que tratar das estratégias para isso acontecer, é claro que estamos falando sobre manter tudo em segredo, buscar uma alternativa para você ser meu filho, sem que todos saibam que eu sou o seu pai, eu não vou mentir, não vai ser fácil, mas tenho certeza que juntos chegaremos a um acordo.
- Você só pode estar de brincadeira se realmente acha que eu vou aceitar ser seu filho. - Eu comecei a levantar e ir até a porta, mas antes voltei para enfrentar esse homem desprezível mais uma vez. - Você acha que depois de tudo que fez para a minha mãe, eu vou aceitar entrar para essa família fodida?
- Claro que sim! Afinal, quem não gostaria de ser dono de uma grande fortuna. - Lucas levantou e foi até o bar do apartamento e se serviu de uma dose de whiskey - Tudo bem que no momento o seu irmão está enfrentando um pequeno problema, mas foi para isso que eu mandei a Andreia voltar para o Brasil e se você ajudar ela, tenho certeza que o Rafael ficará livre muito mais rápido.
- Você é louco? O capanga do seu filho atirou em mim durante o sequestro da esposa do meu irmão e melhor amigo, nem fodendo eu aceitaria defender esse louco e ir contra meus amigos e minha...
- A não, por favor, não venha dizer minha amada para aquela piranha que os Silvalino colocaram no mundo!
- Não fale da Jess! Não se atreva a falar da Jess ou até mesmo chegar perto dela! - Eu perdi a cabeça e avancei até o Lucas, agarrando seu pescoço com as mãos, por mais bizarro que pareça, ele estava sem ar, mas rindo da minha reação. - Você não sabe do que eu sou capaz e se você pensar em fazer algo remotamente parecido com ela com o que fez com a minha mãe eu vou matar você, eu juro pela alma da minha mãe que se você ou um dos seus capangas tocarem nela você é um homem morto!
- Notável, eu acho que você tem mais o meu sangue que o Rafael.
- Eu tenho nojo de você! - Larguei o Lucas e andei apressado para fora daquele lugar, não queria ver ou ouvir mais nada daquele homem. - Escute bem porque eu só vou falar isso uma vez. Eu não sou o seu filho, o meu pai biológico é desconhecido, minha mãe é Caterina Alves, secretária particular e mulher amiga da minha madrinha e mãe adotiva Bianca Teles, eu tenho o Cristovão Teles como pai, porque foi ele que me ensinou o certo e o errado e um homem como você é a personificação de tudo que há de ruim nesse mundo, fique longe de mim e da minha família. Eu nunca vou ter ou querer nada seu, nada!
- Veremos, meu filho! Eu sou um homem muito...
Não fiquei para terminar a conversa, por mim aquele papo estava encerrado. Eu só queria ficar o mais longe possível de tudo aquilo, mas quando ele disse o nome do Antônio um alerta tocou na minha cabeça. Eu precisava encontrar com o pai da Jess para tirar tudo a limpo, mas ao mesmo tempo não quero que ela descubra que eu sou irmão do Rafael e filho do Lucas. Minha cabeça estava cheia, parecia que explodiria a qualquer minuto, eu precisava ficar calmo e pensar direito. Lucas, Andreia e a menina, Júlia, tudo ao mesmo tempo, era muito para qualquer um aguentar.
Eu precisava eliminar os problemas, um de cada vez. Primeiro tentei falar com o Antônio, mas ele estava na capital para um encontro político. Era isso, eu precisava ir para a capital e rápido, portanto, em seguida mandei uma mensagem para minha tia Bia e pedi para avisar a Jess que eu voltaria para a capital com a moto do Chris, isso daria a desculpa perfeita para poder ficar um pouco mais em Solares, como eu deixei o meu carro com a Jess e já estava com a moto seria mais fácil e todo mundo acreditaria na desculpa. Já a Andreia e a Júlia, era só fazer um teste de DNA e teríamos uma solução, se positivo eu assumo a paternidade, se não... Quem eu estou tentando enganar? Aquela menina precisa de ajuda e eu iria ajudar, claro.
Com tudo organizado, eu subi na moto e acelerei para a capital, com mais problemas que soluções, só espero conseguir convencer a Jess a voltar comigo, algo me diz que com ela do meu lado eu vou ser capaz de enfrentar tudo que vai vir pela frente.

Novamente Atraídos (Solares #2) - DEGUSTAÇÃOWhere stories live. Discover now