As luzes do grande edifício quase me segavam.
- Pronta? - Harry pergunta, metendo o dispositivo no ouvido. Imito-o sempre sem tirar os olhos do luxo.
- Eu só quero que tenhas a plena consciência que algo vai falhar, Harry. - Olho nos olhos. - Não sou experiente neste tipo de coisas e odeio violência. Sou mais frágil do que pareço. - Digo e Harry agarra-me nas mãos.
- Eu confio em ti, Shay. Tu és capaz. Se tiveres complicações só tens que me chamar.
- Estou tão nervosa. - Admito. Harry chega-se para a frente e molda a minha face com as suas mãos. Os seus anéis a entrarem em contacto com as minhas bochechas.
- Estou aqui, sim? Jamais deixarei que algo te aconteça. - O meu olhar desviou-se para os seus lábios cheios. Suspirei e olhei novamente para os seus olhos, que estavam fixos nos meus lábios pintados de vermelho. Harry lambe os lábios e inclina-se para a frente, mas a porta é aberta, fazendo com que nos tivéssemos que recompor. Harry sai primeiro, oferecendo-me a sua mão para me ajudar a sair do Ferrari. Aceito e assim que estamos lado a lado, Harry dá-me a mão e caminhamos lentamente para dentro do luxuoso edifício. - Pronta?
- Sim. - Respondi e largamos a mão um do outro, indo em diferentes direções. Começo por inspecionar a grande sala, cheia de luxo, cores vivas, champanhe, dançarinas, homens engravatados. Só de pensar que qualquer um destes homens pode saber a localização dos cientistas...
- Não penses muito nisso... - Harry fala na minha orelha e luto contra um sorriso, vencendo a batalha. Olho à minha volta, verificando quem me circunda.
- Estou tão nervosa que acho que vou cair destes tacões... - Confesso.
- Daqui pareces uma Deusa... - Diz. Desta vez perco a batalha contra o sorriso e tenho que olhar para o chão. - Não vale a pena, consigo ver que estás a sorrir, daqui...
- Desculpe... - Um homem engravatado diz. Ponho um sorriso.
- Sim.
- Perdeu alguma coisa? Está a olhar para o chão...
- Oh. - Respiro, largando uma pequena gargalhada. - Não. Estava só... A ver que o chão é brilhante, dá para fazer reflexo. - O homem apenas levanta uma sobrancelha e retira-se.
- A sério?
- Bem, desculpa se estou quase a morrer de nervos. Ainda não vi o Safar em lado nenhum.
- Ele irá aparecer... Eventualmente. Estás muito tensa... Relaxa!
- Está um homem a olhar para mim. - Digo discretamente, olhando para o lado, mas sem tirar o sentido no homem bem-posto, de smoking, que se encontrava no bar, sentado num banco alto, a beber e a olhar para mim. O seu cabelo era loiro e os seus olhos azuis.
- Apenas age normalmente e sai daí, pelo amor de Deus, pareces uma estátua. Circula, rapariga. Tens tantos cantos para decorar! - O rapaz diz e desvio o olhar para o homem loiro no bar, mas reparo que ele já não se encontra no mesmo lugar. Respiro e movo-me, mas bato contra alguém. Os meus olhos arregalam-se, quando vejo que é o mesmo homem/rapaz, que se encontrava no bar.
- Olá. - Ele sorri abertamente. Os seus dentes são direito, brancos. Tem um sorriso invejável.
- Olá.
- Britânica?
- Sim.
- Irlandês. - Responde, dando-me um sorriso de lado. - Horan. Niall Horan.

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The Twins // h.s.
Fiksi PenggemarPara o mundo externo, sou apenas uma rapariga, com uma irmã gémea. Para o mundo interno, sou uma aberração.