A última linha do Metrô

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Estamos correndo pelas ruas, alguns zumbis nos cercam, mas nada o bastante para nos parar. Havistamos uma enorme placa escrito metrô, ela está mal iluminada e seu vidro está quebrado, descemos as escadas escuras, todos ligam as lanternas, vejo no chão um capacete de minerador com uma lanterna presa no centro, pego e o coloco em minha cabeça. Com a lanterna ainda em minhas mãos ilumino o local a minha frente. Pulo para o trilho vazio do metrô, esta tudo escuro, só a luz da lanterna para nos ajudar nesse momento. Estou prestes a embarcar no vácuo da linha, quando Adam me para.

-Espere, Jessabelle eu quero agradecer pelo que disse ontem. - disse ele.

-Magina, e... Me chame de Jessa

- Ok, Jessabelle - diz ele, viro os olhos como resposta.

Vou na frente, Jack no meu lado direito e Adam no lado esquerdo, Pietro e Rapunzel ficam no meio, e Pocahontas, Branca e Jasmine ficam atrás. Andamos a 30 minutos sem nenhuma interrupção, o local está calmo, e todos se sentem seguros. Até que ouço o barulho de rodas no trilho vindas de muito longe, todos paramos.

-Que barulho é esse? - pergunta Branca.

-Esse é o barulho do metrô - diz Adam.

Todos continuam parados, olhando em volta tentando localizar a origem de tal barulho. Na mesma direção de onde viemos, uma luz vinda do fundo nos cega por alguns segundos, até que identificamos o metrô vindo em alta velocidade em nossa direção.

-TODO MUNDO CORRE!! - grita Pocahontas.

Jack pega minha mão, e Adam coloca Pietro nas costas, todos começam a correr o mais rápido possível, temendo por seus últimos segundos. Identifico uma porta preta, a uns 20 metros de nós no escuro, Jack larga minha mão e nos ultrapassa chegando na porta, ele atira no trinco, e a abre com força. Começo a perder velocidade, ficando atrás de Adam, Pocahontas e Rapunzel. Pietro e Adam conseguem entrar seguros pela porta, logo depois as princesas também. Estamos a alguns metros da porta, até que Branca de Neve, tropeça no trilho e ouço o barulho de seu tornozelo quebrando. Me arrependo nesse exato momento, mas não a ajudo, continuo correndo, Jasmine por sua vez, pega o braço de Branca e a puxa com toda a sua força.

Consigo chegar na porta, pego a mão de Jack e entro dentro da sala, mas Jasmine e Branca ainda correm o máximo que podem mas o veículo é rápido. Elas estam a alguns centímetros, pego o braço de Jasmine mais é tarde demais, o vagão passa em cima delas, e Jack me puxa para dentro fechando a porta. Todos ficam em pânico, duas princesas acabaram de morrer, e agora só sobraram seis pessoas, e entre elas apenas duas princesas.

Vou para o canto da sala e abraço meus joelhos chorando, Jack vem até mim.

- Jessa não foi culpa sua. - diz ele

-Foi sim, eu fui covarde, poderia te-las salvado, mas só me importei comigo. Eu merecia ter morrido no lugar delas. - digo chorando, Jack limpa minhas lágrimas com seu polegar.

-Não diga uma coisa dessas. - diz ele.

-Você não entende, eu não quero que as pessoas se sacrifiquem por mim, eu quero fazer isso por elas, mas não posso, e se você morrer? Eu já te perdi uma vez, eu não sei se aguento te perder de novo! - digo olhando nos olhos de Jack, desvio o olhar para Adam, nossos olhares se cruzam, e ele tenta disfarçar.

- Elas morreram, tentando ajudar uma a outra, elas serão honradas, quando isso acabar. Mas a questão é quem ligou o metrô? - pergunta Adam.

-Isako - digo

-Acha que foi ele? - perguntou Rapunzel em meio aos soluços de seu choro.

-Ele tem magia negra, consegue ligar um vagão sem energia. - responde Jack.

-Ele terá o que merece - diz Pocahontas limpando as lágrimas, e cerrando os punhos.

Com os olhos úmidos e vermelhos, levanto - me, dando sequência a nosso caminho que ainda devemos percorrer para chegar no Centro de Doenças. Abro a porta que da aos trilhos, saio dela e vejo o corpo das duas princesas amassados pela roda, pego a pistola de Jack e dou um tiro na cabeça de cada uma delas.

-Pelo menos elas morreram unidas - sussurrou Pietro.

Eu não havia reparado nele ainda, mas ele parecia não ter se importado com a morte das princesas, não sei o que o meu sangue fez com Pietro, e tenho medo de descobrir.

Seguimos nosso caminho pela última linha do Metrô mais atentos do que nunca.

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