É uma promessa.

1.6K 86 3
                                    


Acordei e estava abraçando o travesseiro, num gelo glacial que estava o meu quarto. Dei falta de Yasmin na cama. Será que foi tudo um sonho? Levantei, fiz a higiene matinal e parei enfrente ao espelho. Estava toda marcada, prova de que foi real. Sorri com a lembrança. Voltei pro quarto, vesti uma camisa qualquer, uma box e desci. Pela incidência do sol, certeza que já passara do meio-dia.

- Yasmin? – chamei.

- Na cozinha. – cheguei à cozinha, ela estava fazendo panquecas, com uma camisa minha que ficou enorme nela, o perfeito contraste entre fofo e sexy. Dica: quando você passa uma noite (eu estou falando de sexo) com a pessoa e você acabou com as energias dela, ela acorda depois de você. As pessoas quando gostam da noite que tiveram, fazem o café da manhã. Se forem panquecas, você foi perfeita ontem. Panqueca é tão "quero cuidar de você, te amo, a noite foi maravilhosa". Aprendam, as pessoas não dizem eu te amo só com palavras. Abracei-a por trás e dei um beijo na sua bochecha.

- Bom dia, baby.

- Bom dia tigresa. Tava selvagem ontem hein? – me soltei dela e sentei na mesa.

- Olha só quem está falando. Esses roxos horríveis no meu pescoço, a mordida profunda no meu ombro, quem fez?

- E os arranhões nas costas hahahah, foi mal amor. – fiz cara de falsa ofendida, depois dei de ombros.

- Você praticamente deformou a minha Sininho. Mas eu não falei deles, porque meio que é normal. – Indireta enviada com sucesso.

- Não comece. – Alvo atingido.

- O que foi?

- Nada, as panquecas estão prontas.

- Dizem que passivas cozinham bem. - provoquei, ela me olhou feio. - O cheiro tá ótimo.

- Eu não sou passiva, e não vou fazer comentários sobre passividade que envolvam a noite de ontem, porque não seriam agradáveis pra você.

- Tá me chamando de passiva? – Intimidade é uma merda. Uma noite e eu já perco toda a moral.

- Eu sei que você não é, muito menos eu.

É todo mundo passiva, é todo mundo ativa, todo mundo é a porra toda.

- Você é uma passiva mandona. – disse sorrindo e mordi os lábios quando ganhei um belo tapa.

- E você gosta de apanhar.

- Não em momentos inoportunos, como esse, né amor? Nada a ver esse tapa aí. – falei, passando a mão no local, que ficara vermelho. Por que todo mundo adora bater em mim? Existe um prazer oculto em deixar marcas pelo meu corpo?

Bom, do jeito que eu estou agora, não é tão oculto assim.

Tomamos café em meio a risadas e provocações de leve. Era sábado, e não tínhamos nada pra fazer durante o dia. Sentamos na sala pra assistir qualquer coisa quando meu celular tocou. Era a Ju, atendi.

- Vadia de luxo!

- Fala Ninfeta escandalosa! Deu tudo certo ontem com a baixinha, ela aceitou?

- Não, aí eu me atirei da janela. Aqui quem vos fala é o meu espírito.

- Sua idiota, tô falando sério.

- Você, falando sério? Tô chocada.

- Ela aceitou ou não?

- Claro, ela não resiste.

- Deixa eu adivinhar: aí vocês transaram como duas loucas e você deixou ela toda marcada.

- Hmm... nós duas ficamos marcadas.

SmileOnde histórias criam vida. Descubra agora