❛He Is a Killer❜ kth ༝ lsm

↣ 02

Sentamos no meio do seu quarto e começamos a conversar, até que alguém tocou a campainha. Quando fomos ver era a Jennie, saindo do carro de seus pais. Descemos para abrir a porta para ela, e Jisoo ficou de braços cruzados, e não saiu do lugar, ela ficou no quarto sozinha.

Andamos até a porta e deixamos Jennie entrar, subimos até o quarto de Rosé novamente. Finalmente estávamos todas sentadas no quarto conversando.

20.05.2005

As horas se passaram e nós já estavamos ficando entediadas, já estava pegando no sono, olhei no meu celular e era 2:00 da manhã. Jisoo viu um telefone em cima da escrivania de Rosé, ele era estilo antigo, todo em tom rosado. 

-Isso é seu? - Jisoo perguntou a Rosé.

-Claro, está no meu quarto né? - Respondeu Rosé.

-Que tal passarmos uns trotes? - Disse Jisoo bem animada.

-Vamos! - Disse Rosé também animada.

-Serio? Não é brincadeira de criança? - Disse Jennie.

-Nós somos crianças! - Disse Rosé fazendo careta.

Todas se levantaram e ficaram em volta da escrivania. Rosé pegou algumas cadeiras que ficavam em torno do quarto e levou até a escrivania e colocou as em volta.

-Para quem vamos ligar? - Eu disse bem animada.

-Coloca um numero aleatório. - Disse Jisoo.

-Vamos ver... 3..0..1..2.. 1..9..9..5.. Tá chamando! - Disse Rosé.

Jennie e Jisoo não paravam de rir baixinho, Rosé ficava mandando elas ficarem em silêncio.

-Alô. - Disse o estranho

-Você tem 4 dias para sair da cidade,  se não.. - Disse Rosé.

-Se não o que? - Respondeu o estranho.

-Eu vou atrás de você.

-Sabia que você não deveria brincar comigo, criança?

-Eu não sou uma criança eu sou um assassino que... - Ele interrompeu.

-Assassino sou eu, seu você continuar na linha mais 5 segundos eu irei te rastrear e te encontrar. 

Meu coração começou a bater mais rápido, podia ser apenas alguém mais alguém tentando brincar com a gente, mas eu sentia algo de errado.

-Desliga logo! - Eu gritei.

-1...

Olhei para o lado, Jisoo e Jennie estavam paralisadas. Olhei para Rosé e ela estava pálida, branca que nem papel, parecia que ela estava com muito medo.

-2...

-Desliga logo Rosé! - Eu gritei

-Bom saber, uma se chama Rosé, e as outras, quantas são? Uma, duas ou três?

Rosé estava paralisada.

-3...

Quando eu consegui me mover, Jennie segurou minha mão, ela realmente estava duvidando daquele estranho.

-4...

-Jennie, me larga! - Gritei alto demais, estava com medo, não queria continuar naquela chamada.

-5. - Rosé interrompeu ele apertando no botão de desligar, não deixando ele terminar.

-Vocês acreditaram mesmo que esse cara era um hacker? - Disse Jennie rindo

Todas nós ficamos olhando para ela com raiva.

-EU QUERO QUE A JENNIE MORRA PRIMEIRO! - Gritou Jisoo olhando para cima e apontando pra ela.

As garotas riam, não levando muito a sério, mas deu para perceber o choque em seus olhos.

-Tá, chega de brincadeiras, isso já deu por hoje, vamos dormir! - Disse Rosé.

-Péssima ideia Jisoo - Falei rindo, ela riu de volta.

Todas nós nos deitamos e eu fiquei alarmada, não conseguia dormir... eu realmente acreditei no estranho, estávamos sozinhas, os pais de Rosé tinham saído para um jantar em um restaurante chique e depois iriam visitar um dos tios dela, eles ainda não tinham voltado. Tentei pegar no sono diversas vezes, mas não conseguia.

Quando todas estavam dormindo, me levantei e desci as escadas e fui até a cozinha, abri a geladeira e peguei um copo de água, quando eu fechei a geladeira, havia alguém atrás da porta do mesmo, esperando eu fechar a porta. Eu deixei o copo cair no chão, eu estava de pé de descalço, ele me empurrou e acabei caindo no vidro quebrado, eu corri e meus pés estavam doendo muito pois havia cacos de vidro dentro dele. Corri até o quarto onde estava todo mundo e abri a porta e fechei em um piscar de olhos, tranquei a porta. Acabei acordando todo mundo, ninguém havia entendido o que estava acontecendo.

-O que aconteceu? - Perguntou Jennie com voz de sono.

Eu me sentei para descansar e olhei meus pés que estavam sangrando.

-Lisa, o que aconteceu?! - Disse Jisoo olhando para meus pés.

-Eu fui pegar um copo d'água na cozinha e acabei deixando cair no chão porque tinha alguém atrás da porta da geladeira e me empurrou. - Falava entre suspiros.

-Como assim Lisa? Você viu o rosto? - Perguntou Rosé.

 Todo mundo acabou levantando e ficando ao meu redor.

-Não, estava muito escuro. - Respondi.

Jennie ficou me olhando, suspeitando, e disse:

-Como vou saber se você não armou tudo isso para nós assustar? 

-Jennie! Você não está vendo os pés dela?! Você está louca?! - Disse Rosé a empurrando.

-Vamos ligar para a policia! - Disse Jisoo.

Eu fiquei pensando como aquilo poderia estar acontecendo.. e onde ele estava? Ele não tentou arrombar a porta.. Será que ele fugiu? Até que ouvimos o telefone na escrivania tocando. 

-Não atendam. - Disse Jennie.

-Ele é um louco, Jennie! Se não atendermos ele vai nos matar! - Disse Rosé muito frustada.

Andei até o telefone, com ajuda das garotas e sentamos em volta do telefone novamente. Eu atendi o telefone.

-Bem, vejo que seus pés estão sangrando.

Comecei a chorar.

-Não chore minha amiga, daqui a pouco você não sentira mais dor, se você não quer que isso aconteça, não ligue para a policia.

Eu chorava ainda mais, tapando a boca tentando não fazer som.

-Você tenta não fazer som, né? Não adianta, eu estou te observando nesse momento. Vamos fazer um trato? Você só desliga quando eu disser e sempre quando eu ligar, é melhor atender. Na verdade isso não é um trato, eu estou avisando, acho que é melhor para você.

Todas me olhavam assustadas, elas estavam quase chorando.

-Desligue.

Eu desliguei muito rápido. Coloquei as mãos nos meus olhos e comecei a chorar. Jennie me abraçou.

Ninguém conseguiu falar mais nada, não havia assunto, todas estavam entender se aquilo foi apenas uma ilusão ou real.

As garotas me ajudaram a retirar os pedaços de vidro que estavam dentro do meu pé, cada hora sangrava mais, mas tínhamos que dar um jeito naquilo. Logo depois de retirarem todos os pedaços de vidro, colocaram uma faixa para parar o sangramento. A ferida ia amenizando a dor.

Nós tentamos dormir, mas não conseguimos, eu não parava de chorar, por favor, não brinque com estranhos.