Capítulo 17-"Coragem Lídia, coragem, eu repetia mentalmente."

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No dia seguinte, após uma noite mal dormida, eu estava deitada na cama às 06:00 a.m., com meu celular na mão e um número chamando.
- Alô? - a voz sonolenta atendeu irritado - pare de me ligar.
Lembrei-me que na noite anterior disquei seu número pelo menos dez vezes, mas não consegui dizer nada.
- Arthur - minha voz saiu tão baixa que eu não sabia se realmente havia dito algo ou se era coisa da minha cabeça.
- Lídia? - ele falou, sua voz mais desperta - esse celular é seu?
- Sim - respondi e limpei a garganta em nervosismo - podemos nos encontrar daqui meia hora na porta do restaurante onde nos vimos ontem?
- Aconteceu alguma coisa? - questionou, preocupado.
- Eu preciso mostrar-lhe algo.
- Tudo bem, nos vemos daqui meia hora - respondeu e desligamos.
Quando cheguei ao lugar marcado, Arthur já estava lá, escorado em seu carro esporte, algo raro de se ver por aqui.
- Está tudo bem? - ele perguntou, cauteloso.
- Podemos ir até minha casa? - ele assentiu e nos direcionamos até lá. Cada segundo em que nos aproximávamos de casa, me deixava mais tensa, era como se pudesse sentir meu pulsar nos ouvidos - É aqui - apontei e ele estacionou.
Entramos e tudo estava em total silêncio, o que significava que ninguém havia acordado ainda e me deixava tempo de prepará-lo para o que estava por vir.
- Está me deixando apreensivo - ele falou e se sentou na cadeira da cozinha que eu havia apontado - em um momento diz que não quer me ver e no outro está me ligando. Mudou de ideia, foi? - perguntou sorrindo e com uma sobrancelha arqueada.

Conquistando Um SullivanOnde histórias criam vida. Descubra agora