Capítulo 6

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Quem me vê por fora do acha que sou forte, corajosa, mas só parece.

Quem me conhece sabe que eu não sou nada disso. Ou até era, mas não nesse momento tão frágil da minha vida.

A corajosa virou uma menina que morre de medo de o namorado morrer. O que é considerável.

A menina forte, bom, ela nunca foi forte. Sempre chorou quando brigava com as amigas, ou até quando via um filme triste.

Eu guardo essa menina frágil e indefesa, só pra quem tem o direito de conhece - lá.

Deixei meus pensamentos na cama e levantei. Tomei banho, troquei de roupa e fui tomar café.

-Bom dia! - eu disse assim que cheguei à cozinha.

-Bom dia! - responderam em coro.

-Me leva hoje em uns lugares , Lucas? - indaguei.

-Claro - Lucas concordou.

Me sentei e tomei café. Depois peguei minha bolsa e o Lucas me levou.

-Aonde iremos? - ele perguntou.

-Primeiro no banco.

-Okay.

O Lucas seguiu caminho.

-Te espero aqui - ele disse quando parou o carro em frente ao banco.

-Okay!

Sai do carro e fui. Levei umas duas horas pra fazer o que tinha que fazer.

Cheguei no carro e o Lucas estava cochilando.

Cutuquei ele:

-Acorda!

Meu irmão acordou meio atordoado.

-Hãn? Que? Ah, você. Pensei que tinha dormido lá no banco pela demora!

-Essas coisas do banco demora mesmo.

-E agora vamos aonde?

-Pra casa. Já é hora do almoço e estou com fome.

-Okay.

Seguimos pra casa conversando sobre coisas da vida.

Subimos e só abri a porta e já senti o aroma da comida da minha mãe.

-Hum... Cheguemos bem na hora do rango - eu disse com fome

-Vamos comer logo - acho que o Lucas estava com mais fome que eu.

Minha mãe mal terminou de arrumar a mesa e já fomos comer.

-Calma, a comida não vai fugir - minha mãe disse.

Mas eu estava ocupada pra poder responder ironicamente.

Eu e o Lucas parecíamos crianças que nunca tinha visto comida na frente.

Percebi que meu pai não veio almoçar em casa:

-Cadê o pai? - indaguei pra minha mãe.

-Teve uns problemas na empresa. Não pode vir - minha mãe respondeu sem tirar os olhos da comida.

Conheço minha mãe. Ou é verdade mesmo que meu pai não pode vir, ou meu pai e minha mãe brigaram.

Acho mais provável a segunda opção.

Terminei de almoçar e ajudei a minha mãe com as coisas de casa. Quando terminei chamei o Lucas pra continuamos nossas corridas.

-Vamos Lucas? - perguntei.

Surpresas do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora