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Aquela foi definitivamente uma longa semana de fodas e um prazer desconhecido pelos dois. Harry já tinha passado muitos cios com várias outras pessoas, algumas que nem conhecia direito, mas nada se comparava com aquela semana que havia passado com Louis. O agora ômega era com certeza o ser mais delicado e quente que já teve o prazer de sentir.

Em seu último dia, Louis acordou em seus braços reclamando que estava se sentindo estranho e Harry sabia o que ele queria dizer já que ele estava seco por sua entrada não se lubrificar mais e provavelmente seu corpo deveria estar dolorido. Enquanto estavam juntos, nem perceberam o cansaço e as dores, mas depois que o cio passa fica mais difícil.

Tomaram banho juntos, com Louis encostado em seu peito enquanto Harry o ensaboava e depois o lavava.

Desde que tinha conseguido ficar mais de dez minutos pensando, sem sua mente ser invadida pela vontade de foder seu irmão, começou a pensar sobre o que suas mamães estavam achando disso. Elas tinham voltado há uns três dias e com toda certeza já sabiam dele e Louis. Harry sabia que elas iriam os aceitar, elas eram as melhores mães que poderiam existir, no entanto ainda era um pouco estranho falarem para elas que haviam passado o cio do menor juntos.

Enquanto o alfa colocava alguma roupa quentinha em Louis porque ele estava parecendo um bebê assim, o menino estava com seu corpo encostado ao seu, seu peso contra o corpo do maior, mas Harry não poderia se importar menos. Podia sentir seu cheiro perto de si, um cheiro que Louis sempre teve, mas que agora estava bem mais forte, um cheiro um tanto quanto doce, mas nem um pouco enjoativo, algo um pouco floral e delicado assim como ele.

Quando estavam prontos, Harry pegou Louis em seu colo porque estava com medo que ele caísse das escadas de tão cansado que parecia, as pernas entrelaçando sua cintura e os braços em seu pescoço enquanto as mãozinhas, quase totalmente encobertas pelo seu suéter, estavam embrenhadas no cabelo do maior, brincando com ele.

Harry desceu com ele, prestando atenção em cada degrau que pisava, sua cabeça totalmente bagunçada ao pensar na reação de suas mamães. Sabia que ficaria tudo bem, no entanto não podia deixar de sentir um certo medo.

Não havia ninguém na sala, mesmo assim deixou Louis em um sofá observando seu pequeno corpo se enrolar como uma bolinha em meio as almofadas.

Harry soltou um pequeno riso pelo quão fofo o menor era e pensou em como queria que ele fosse seu. Ainda não havia o mordido; apesar de saber de seus sentimentos por ele e achar que também sabia dos seus por si, achava que era muito cedo. Haviam passado apenas um cio juntos, o que ainda foi um acidente, porque ninguém sabia que Louis era um ômega, e ele ainda tinha dezessete, muito novo. Poderiam esperar mais um pouco.

Mamães estavam na cozinha preparando o café da manhã juntas, trocando sorrisos e carícias. Harry podia imaginar o quão bom havia sido a viagem delas.

— Bom dia — falou, se aproximando e as duas pararam o que faziam para o olhar.

Anne apenas o encarou, o olhar indecifrável, mas Jay veio até ele, o abraçando.

— Senti saudades, filho, onde está Louis? — perguntou, acariciando seu rosto.

— Eu o deixei no sofá, vim preparar algo para ele comer. Ele está cansado — respondeu à Jay, mas seu olhar não saía de Anne.

Elas ficaram em silêncio, mas com um suspiro mamãe Anne começou.

— Harry, nós precisamos conversar. Eu e sua mãe sabemos o que aconteceu, acho que isso é óbvio, mas nós realmente precisamos falar sobre isso. Não vamos julgar vocês, só estamos confusas e, bom, foi uma surpresa chegar aqui e ouvir gemidos de meus dois filhos em um quarto enquanto o que pensávamos que era beta, na verdade é um ômega.

Harry assentiu com um suspiro.

— Sim, mamãe eu sei, eu só vou fazer algo para o Lou comer, ok? A gente pode conversar depois?

— Sim, faça algo, ele deve estar com uma fome enorme, já que provavelmente não comeu quase nada. — Mamãe Jay disse.

Harry fez um pequeno sanduíche e um suco, algo leve para um estômago vazio. Louis comeu com muito esforço já que mal conseguia ficar com seus olhos abertos. O alfa também comeu um sanduíche como o do outro, observando as marcas que havia deixado em seu corpo. Por um lado, o seu lado alfa, se sentiu orgulhoso ao vê-lo exausto e todo marcado por si.

Quando terminaram, mamães vieram para a sala e se sentaram perto deles. Louis estava encolhido em seu colo e Harry pôde sentir quando ele estremeceu, inseguro sobre o que aconteceria.

— Então, desde o início, ok? — Anne disse, cruzando as pernas, séria.

Harry suspirou e Louis escondeu o rosto em seu pescoço.

— Bom, antes de tudo, do cio do Lou e essas coisas, nós já gostávamos um do outro. Pelo menos eu gostava dele. Nós nos beijávamos às vezes, apenas selinhos, e no dia do cio dele nós tivemos uma conversa e decidimos tentar algo. Então Louis começou a se sentir um pouco mal, calor e essas coisas, e eu pensei que aqueles pareciam sintomas de um cio, mas logo descartei a possibilidade disso porque eu sabia que ele era um beta, então eu fui lhe pegar um copo de água, mas quando voltei senti seu cheiro e daí aconteceu — terminou, vendo mamães atentas ao que dizia e Louis com sua respiração calma em seu pescoço. Se Harry não soubesse que ele estava tão ansioso quanto si, pensaria que havia dormido.

— Harry, nós não vamos julgar vocês. Na verdade, acho que nós sempre soubemos que vocês dois se gostavam — começou mamãe Anne. — Louis ser um ômega foi e não foi uma surpresa, porque, sim, era um pouco tarde para ele ter seu primeiro cio, mas ele é tão delicado, acho que o cio foi apenas uma confirmação para o que já sabíamos. Foi um acidente vocês terem passado o cio dele juntos, mas eu não acho que vocês dois vão conseguir se separar agora. Eu só tenho duas perguntas. A primeira: você não o mordeu ainda, certo?

Louis se remexeu em seu colo, desconfortável com o assunto.

— Não, não ainda — respondeu.

— Isso é bom. Vocês ainda são novos e, mesmo que se gostem, precisam ter certeza do que querem. Minha segunda pergunta: usaram preservativo?

A mente de Harry parou por um segundo, ficando em branco, tentando se lembrar. Acreditava ter usado todas as vezes, mas quando Louis ofegou e o olhou com os olhos arregalados, Harry se lembrou.

Como foi se esquecer disso? Apesar de ter usado todas as outras vezes, só agora se lembrava da primeira vez, sem preservativo. Estavam tão absortos no prazer que tudo o que queriam eram seus corpos juntos, mal se lembrando de usar proteção.

— Porra — murmurou Harry baixinho.

Louis levou suas mãozinhas cobertas pelo suéter à boca e olhou para baixo. O alfa sabia exatamente para onde seu olhar estava direcionado.

Quais eram as chances de ele estar grávido? Enormes.

delicateOnde as histórias ganham vida. Descobre agora