XIV. Meu herói.

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Educado como sempre, deu boa tarde e veio logo falar comigo, foi algo repentino e espontâneo.

- Lucas! - Ele apertou minha mão.

- Guilherme! Tudo bem?

- Ótimo, e você?

- Tô bem, até!

Ana sentou do meu lado e já foi logo dizendo as novidades. Ela havia conseguido um contrato com uma empresa para ser a garota propaganda. Uma marca estrangeira de roupas, e foi escolhida como a que tinha o perfil ideal para representar. Dei um abraço nela e desejei meus parabéns. Logo deduzi que por isso o Guilherme estaria alegre.

Depois de algumas palavras trocadas, de repente o celular do Guilherme toca. Era seu pai que o chamava urgente.

- Me desculpa gente, tenho que ir! - Saiu rápido, nem deu um beijo ou abraço em Ana.

- Ana... - Me dirigi a ela. - Você e o Guilherme... Como é o relacionamento de vocês?

- Aaah, ótimo! - Ela se espreguiça. - Mil maravilhas.

- Mas nunca vi vocês se beijando ou algo do tipo...

Ana ficou calada por uns instantes.

- Ele é um rapaz reservado e tímido, hehehe! Não gosta de fazer essas coisas em público.

- Entendo... - A respondi, desconfiado.

Depois dalí, eu não vi mais o Guilherme pelo resto do final de semana. A Segunda finalmente chegou e eu estava pronto para mais uma semana de aula.

Me acordei animado e disposto, eu pensava que aquela manhã seria perfeita. Eu veria o Guilherme, meus amigos, professores, colegas recém-conhecidos... E por recomendação da minha mãe, pus meus óculos. Não era necessário eu usar sempre, já que os problemas que eu tinha frequentemente com a vista, haviam passado, mas antes de dormir, a falei que algo incomodava meus olhos. Não gostava deles, mas era o único jeito de evitar problemas sérios.

Depois de todos os preparativos, finalmente fui para o colégio, e lá, foi uma manhã rotineira, até que fomos convocados para as reuniões dos clubes. Eu e o Guilherme fomos juntos, já que estávamos na mesma modalidade. E para a minha surpresa e desgosto, Eduardo também estava lá. Depois de meia hora de falatório dos líderes sobre como conservar a sala de música e sobre as atividades do clube, mas para mim, seria legal aquilo tudo. Fiquei ao lado do Guilherme todo o tempo, e me senti intimidado pelo olhar de Eduardo. Nos olhava com cinismo e desdenho, logo senti uma aura negra nele.

Voltamos para a sala e ligo após tocou o intervalo. Por sorte, mais uma vez fiquei com minha irmã e meu cunhado, segurei vela, mas era melhor do que estar sozinho, já que também meus melhores amigos saíram por lá. Ana, como sempre, me elogiando, mas dessa vez, jurando ela que eu estava "fofo" por usar o óculos. Guilherme também comentou, dizendo que caiam bem em mim. Nesse momento me senti a pessoa mais bonita do mundo.

Chegou a hora de voltar as atividades. Pedi licença ao casal que estava estranhamente frio, e fui tomar água. Quando olho para o lado, Vejo Eduardo se aproximando com as mãos no bolso, e já pronunciando meu nome.

- Lucas, é ótimo saber que está no clube de música, hein...

- Não posso dizer o mesmo pra você. - Me virei e saí.

- Espera!

- Os líderes estão chamando o pessoal lá de novo, na sala de música.

- Mas agora!? - Estranhei um pouco, mas como era algo que me interessava, eu concordei, mesmo não confiando nele.

Nas mãos do destinoWhere stories live. Discover now