Dear Louis

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Harry tinha as fotos em sua mão, não conseguia desviar os olhos delas. O olhar sedutor de Louis, aquela sensualidade, suas poses eróticas e todos os acessórios que ele usava. As orelhas de coelho com o rabinho sendo um plug anal, outra ele usando algemas grandes e grossas de couro e empinando a bunda. Haviam poucas fotos dele sendo o "dominado", Louis sempre foi aquele que fica por cima e, como diria Christian Grey, ele é o que fode com força e que nunca é fodido. As fotos dele como dominador continham chicotes, uma vara enorme que continham varias bolas que aumentavam de tamanho, e mais outros objetos bem criativos. Mas o poor de tudo era quem estava nas fotos com ele, aquele homem havia sido assassinado brutalmente e encontrado ensanquentado em sua cama. Sua esposa quase foi presa por homicídio, mas não foi ela quem matou, e Louis lutou para que ela fosse inocentada.

Tudo estava tão confuso, ele se sentia tão perdido em tudo que dejesou que fosse apenas mais um sono louco e que nada disso fosse realmente o que estava parecendo ser.

Largou as imagens na mesa e esfregou o rosto de forma cansada e frustrada. Aquilo realmente não podia estar acontecendo.

Ao seu lado o celular vibrou mais uma vez, o nome na tela piscou mas ele novamente recusou, desta vez decidindo bloquear o chamador. Não aguentava nem olhar para a imagem de contato de Louis, que já havia deixado no mínimo 15 mensagens de voz para Harry, que ainda de recusava a desbloquear a tela do celular.

Gemma entrou na sala segurando duas xícaras de chá quentes e entregando uma para Harry.

"Você precisa encarar isso Harry, ficar fugindo não adianta." ela disse com uma voz suave.

"Quer que eu volte lá e fale com ele? É isso?" Harry ergue as sobrancelhas e a encara, se perguntando se isso era o melhor a ser feito, ou se só colocaria mais lenha na fogueira, aparentemente um pouco dos dois.

"Dê a ele uma chance de se desculpar." disse ela.

Em sua casa Louis estava acabado, havia chorado e quebrado tudo pela frente, estava frustrado e se perguntou o por que caralho não tinha queimando aquelas fotos antes, por que não se livou das evidências de seus atos, e por que tinha que esconder justo em sua casa? Ele sabia que um dia Harry acharia aquilo, e até suspeitou que em seu subconsciente era o que ele mais queria. Odiava mentir e enganar, mas também não tinha coragem para ser honesto.

Tentou mais uma vez ligar para o Harry, essa seria a décima mensagem de voz que ele deixaria para o... Marido(?) Será que ainda podia falar isso.

"O número chamado encontra-se desligado. Deixe uma mensagem após o bip."

Atirou o celular na parede e decidiu começar a ligar para algumas pessoas, e sempre que elas diziam não ter visto Harry ele desligava. Até que ele tentou Gemma, ela atendeu mas ao perceber que era Louis desligou. Bingo! Ele pensou. Ligou novamete, já sabendo que cairia na caixa postal e aguardou o bip para poder deixar a mensagem.

"Harry..." ele começou, a voz embriagada e falha. Ele havia bedido uma garrafa inteira de whisky para conseguir digerir o que tinha acontecido. "Eu.. Volta pra casa, por favor. Vamos conversar, eu prometo que não conto mais mentiras, te digo tudo. Só volta pra casa, trás nossa filha de volta. Por favor Babe, por favor. Eu te amo. Eu te amo tanto, eu só quero me explicar. Volta pra mim." a cada palavra que dizia saia como um soluço.

Quando desligou, Louis atirou o celular contra a parede em um acesso de fúria e catou novamente sua velha amiga, o whisky e virou a garrafa quase que toda de uma vez, dando grandes goles enquanto seguia para o quarto de hóspedes. Aquele havia sido o canto dele por varios meses, ainda tinham suas coisas dentro dos armários e bem embaixo da cama havia a velha caixa de madeira de Harry, onde ele escondia seu diário, e mais algumas coisas que Louis janais soube. Até agora.

Puxou a caixa para seu colo e abriu, como era de se esperar o diário não estava mais ali, mas haviam vários papeis, de tamanhos variados e cores variadas. Os coloridos, Louis logo reconhceu, eram as cartinhas que eles trocavam na aula de História Mundial, única aula que eles tinham juntos, afinal Louis é mais velho que Harry e eram de anos diferentes no ensino médio.

As cartas maiores eram mais interessantes, algumas ali haviam sido as que Louis escreveu para Harry enquanto estava trancado naquela maldita clínica. Havia um bolo de cartas, enrolado com uma liga e com um grande sinal vermelho na frente. Estavam endereçadas a clinica, mas nunca chegaram as mãos de Louis. Seu coração deu um salto ao mesmo tempo que se afundou mais em seu peito e começou a abrir as cartas.

Querido Louis,
Eu sinto muito que esteja ai, eu quero que saiba que penso em você todos os dias e sinto a sua falta. A escola continia um saco, e se tornou um inferno particular desde que você foi embora. Os meninos me ajudam, todos os dias, a me manter forte pra você e eu pecuque se mantenha forte para mim.

Eu te amo, Louis. Para sempre.

Com amor, Seu Harry.

Dobrou a carta com cuidado e a colocou ao lado. Harry havia escrito para ele, aqueles meses trancafiado em um quarto poderiam ter sido tão melhores... Poderiam ter sido calmos, se apenas tivesse recebido aquelas cartas.

A primeira vez que Harry disse "Eu te amo" foi ali, ele havia dito primeirp, ele havia se entregado primeiro, e tudo que Louis fez foi destruir aquele sentimeto.

Abriu outra carta.

Querido Louis,
Eu estou no hospital, mas estou bem. Mamãe está aqui comigo, ela me faz feliz e me acalma. Não quero te contar o motivo pelo qual estou aqui mais uma vez, só quero que saiba que eu estou bem, okay? Não se preocupe, eu vou estar aqui quando você sair dessa clínica, eu prometo.

Com amor, Seu Harry

Puxou uma terceira.

Querido Louis,
Está tudo tão escuro, mas imagino que esteja pior pra você, eu só vou dizer que te amo e sinto sua falta, estou quase apagando.

Te amo

Com amor, Harr

Ele nem havia terminado de escrever, mas haviam mancha vermelhas no papel, sangue. Ele estava se cortando de novo, e Louis ainda teve coragem de gritar com ele e chamá-lo de egoista e mimado uma vez, Harry poderia estar morrendo naquele dia, mas ainda sim escreveu para ele.

E assim seguiam, todas aquelas cartas contando coisas bobas, algumas tinham mais manchas, outras ele parecia mais animado e escrevia bastante, outras eram só um "Eu te amo, volta pra mim". Harry nunca o deixou, nunca deixou de escrever, e nunca deixou de visitar, nunca hesitou em defende-lo.

O quanto a culpa podia machucar?

No fundo da caixa havia apenas um papel, escrito com uma caligrafia trêmula.

Meu amor,
Já é a terceira vez que te escrevo isso, que quero te dizer o quanto te amo e o quanto quero te ter aqui comigo, mas pra você uma festa e bebidas e mais drogas são mais importantes. Saiba que pra mim nada é mais importante, e te ver assim me dói, me doi tanto, que já está me consumindo.

Você não olha mais na minha cara, você se afastou e volta tarde para casa, você não se importa mais e tudo que sabe falar é que prefere ficar longe, que é para o nosso bem.

Bom, vou realizar seu desejo, vou ficar longe.

Nessa hora uma voz rouca soou atrás dele, estava séria e fria.

"Eu decidi ouvir o que você tem a dizer."

                            •••

Desculpem a bosta de cap, eu to doente e sem criatividade

tt: @theonewithlarry

Xoxo, ate a próxima
Dede

About Her (L.S)Where stories live. Discover now