1. Nice to meet you, where you been?

1.2K 88 104
                                    


 Frank Iero. Vinte e dois anos. Apresentador de TV. Ator. Tem o seu próprio reality show.

Filho do famoso Frank Iero, famoso diretor de filmes de terror e ex-ator de cinema nos anos setenta, o que torna difícil a separação dos dois, o que nos leva ao item a seguir. Frankie é seu apelido, embora ele o ache quase muito afeminado demais para ele. Embora ele fosse um rapaz de feições afeminadas com seus olhos avelã sempre atentos, as sobrancelhas bem desenhadas e arqueadas (O que havia lhe rendido uma matéria em uma revista de fofoca especialmente a respeito delas e de como era perfeitas demais para um homem que tentava parecer desleixado na maior parte do tempo), os cabelos castanhos em um corte médio e sempre bagunçados, o nariz interessante sendo adornado por um piercing, assim como os lábios avermelhados com uma joia parecida os enfeitado. O maxilar marcado era talvez única característica masculina mais abrangente que não fosse o que tinha entre as pernas.

E as tatuagens. Frank era cheio delas, se orgulhava de cada traço que havia feito em algum ato impulsivo de sua juventude. Um segredo: todas as manhãs, ele se colocava nu, diante do enorme espelho de seu quarto em sua mansão, observando cada desenho, perguntando-se qual seria a nova obra de arte que faria em seu corpo.

Fã de Taylor Swift. Certo, não era fã de Taylor Swift, mas a conhecia de uma das premiações em que estivera, ela havia tentado algo, uma aproximação, mas Frank a achou alta demais para ele, além de todo o histórico bizarro de relacionamentos que aquela mulher tinha.

Aliás, Frank não poderia ter nada com Taylor, pois, afinal, ele era gay.

GAY. GAY. GAY. GAY. GAY.

G

A

Y

EXTREMAMENTE GAY.

GAY PRA CARALHO, como ele diria.

Além de ter apreço por homens, Frank gostava de cachorros. Não sexualmente falando, ele era obviamente louco, mas nem tanto. Frank tinha vários caninos de estimação, cada um com o nome mais esquisito do que o outro (Mr.Freckles, Justin Timberlake, Frankenstein, Cassandra, Sherlock, Donnie, etc) e cuidava de cada um como se fosse os filhos que não queria ter. Abominava crianças também

Frank adorava animais. Frank amava passear com eles todas as manhãs, fugindo dos paparazzi, alegando que aquela correria era a única forma com que fazia exercícios físicos ao longo da semana. Frank sorria para velhinhas na rua, sorria para os homens que chupava em banheiros das baladas VIPs em que ia. Frank bebia café. Frank enchia a cara de vodka e whisky quase todo o dia.

E esse era um dos motivos pelo qual ele havia parado seu conversível (O quinto, só naquele mês... Ele sempre acabava destruindo carros por aí) diante de um mercado qualquer em New Jersey. Por mais que Frank Iero fosse rico e pudesse comprar quase toda aquela cidade com a fortuna de seu pai e com a sua própria, ele não mudava suas raízes e se orgulhava de fazer parte daquela tão estranha cidade. Afinal... Frank Iero era igualmente peculiar. Diria até bizarro.

Tudo para Frank Iero era incomum.

Frank abominava comida japonesa, preferia a culinária coreana e havia contratado um nativo para trabalhar em sua mansão. Frank odiava romances baratos, preferia os filmes de terror com muito sangue e o maior número de bizarrices possíveis... Entre estas pessoas ligadas uma na outra através de seus intestinos. Frank ria de pessoas mortas, pessoas sendo atropeladas. Frank chorava com serial killers sendo presos, com o fim do seu estoque de nutella, até mesmo com a final do Dancing With The Stars. Frank pintava as unhas de preto, ás vezes até as dos pés, quando viu um famoso rockstar gótico, quase o anticristo, fazer o mesmo para demonstrar sua adoração a satã. Frank via desenhos animados até de madrugada, bebendo cerveja e tocando uma, quando lembrava de ter ficado sem sexo há mais de uma semana. Frank se sentia sexualmente instigado em lugares proibidos... Igrejas, farmácias, casamentos, restaurantes e qualquer tipo de lugar público onde se entediasse e pensasse em algum pornô que havia visto ou em seu amante mais recente. Frank odiava esportes radicais, mas se aventurava em andar de skate nos quintais extensos da mansão, após comer um skatista famoso em troca de aulas gratuitas. Frank era um menino no corpo de um homem que se recusava a crescer e criar responsabilidades e pensar que talvez cinema, TV e os holofotes não fossem a melhor escolha para sua vida, que fosse somente o que ele aceitou de bom grado, ao longo dos anos, por ser a saída mais fácil.

Blank Space || FrerardWhere stories live. Discover now