04• sms e lily

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Anne

Camille, sua colega de trabalho.

Eu reli aquela mensagem diversas vezes pensando se deveria ou não responder. Aposto que a essa altura ela já esteja me odiando e me amaldiçoado em todas as línguas possível.
Porque ao meu ver, eu a provoquei eu a instiguei e no final não terminei esse joguinho que haverá começado.

Era sábado já quase tarde. Eu estava em meu apartamento treinando box, me ajudava a controlar meus surtos de raiva e a relaxar. A cada chute que eu dava eu pensava em como eu era fodida por não ter a conhecido primeiro. Me dava asco pensar que meu irmão já pegou e pega frequentemente umas das poucos garota que me deixou fascinada. Não só por sua beleza, e sim seu modo de falar e de como parecia que nos conectávamos, quentes como uma dança sensual e única.

Senti o suor cair por meu rosto. Enquanto socava mais forte.

— Wow! Calma aí, minha lutadora. — Rael chegou em meu apartamento com sua roupa de garçom. Cabelo penteado e um sorriso sínico nos lábios. Eu dei um giro no ar socando mais forte ainda aquele peso.

— Já vai pro tal evento? —

— Começa as 14h30, é um aniversário de debutante. Ou seja, chato, não vai ter muitas bebidas e vai acabar cedo. — Falou com desdém.

— Bom trabalho pra você. — Virei novamente socando com mais força.

— Até breve sis! Se acabar cedo eu vou dormi aqui, porque é mais perto.

— Você é um abusado sabia? — Falei revirando os olhos enquanto pegava uma almofada.

Ele saiu porta antes que o objeto que eu joguei em sua direção o acertasse.

Eu ia socar aquilo até meus dedos começaram a sagrarem.

🌸🌸🌸

Camille

O lugar já estava como sempre maravilhoso e bem organizado como eu sempre faço. Era um aniversário de debutante, então queríamos trazer um ar mais aconchegante e mágico, em tons pastéis. Todas as mesas estavam arrumada, a mesa de doces, na cozinha a comida já era preparada e tinha vários carrinhos de aperitivos pelo caminho - já que o espaço era bem grande, havia algodão doce, mini churros, e várias outras coisas deliciosas pra abrir o apetite.

Terminei de anotar algumas coisas no cronograma quando senti uma mão passar por minha cintura.
Dei um pulinho com o susto olhando para trás.

— De novo Rael! Mas que porra hein. — Soquei a prancheta em seu peitoral. Ele estava lindo como sempre, em seu uniforme de garçom. Os cabelos dessa vez bem penteados. Pela primeira vez olhei para ele e comecei a pensar que já havia visto alguém parecido com ele, mas não conseguia lembrar.

— Estão servindo margaridas ali no bar. — Ele falou sorridente. — É sem álcool, mas fazer o que.

Sorri com sua petulância.

— Estamos de serviço. Será que esqueceu?

— Não tem como esquecer neh lille! Igual você. É impossível te esquecer.

Ele me abraçou por trás beijando meu pescoço. Senti minhas pernas bambear e meu corpo inteiro arrepiar. Tentei voltar minha pouca sanidade. Me desvencilhei dele aos poucos.

— Hoje não baby. — Arrumei meu vestido lilás que ficará um pouco amarrotado. — tenho muita coisa pra fazer ainda.

Fiquei na ponta do pé, puxando seu rosto pra um rápido selinho.

— até mais.

— Desse jeito eu vou ter que te assumir pro mundo Lille. — Gritou alto e eu senti meu rosto corar. Que menino abusado.
Ao me virar ele já não estava mais lá, quando voltei minha atenção pra frente eu esbarrei sem querer em uma moça. Acho que o problema está em mim, todo dia atropelando uma desconhecida.

— Céus! Me desculpe.

— Tá tudo bem... — a moça de rosto familiar me fitou. — Espera! Já nos conhecemos, você é a minha vizinha.

Ah sim. Minha memória foi rápida ao lembrar da moça que viera em meu apartamento hoje mais cedo, como esquecer um anjo em forma de ser humano?

— Olá! Esqueci me apresentar hoje mais cedo, me chamo Camille.

Ela sorriu para mim.

— Muito Prazer, me chamo Lilian! Que deliciosa coincidência nos ver aqui.

— uma baita coincidência! Eu trabalho como cerimonialista. — dou de ombros. — E você?

— Sou a fotógrafa — Ela mostrou em uma das mãos a câmera profissional.

Passamos um bom tempo conversando e falando de nossos fetiches e feitos, ela era fotógrafa e adorava a moda.
Confesso que "Lily" era o sonho de qualquer pessoa. Ela era direta e divertida.

—... E minha mãe me deixou de castigo! — completo ela afobada contando sobre sua infância, a conversa fluiu de maneira que eu nem sequer vi o tempo passar.

Pouco tempo depois meu celular vibra. Era um SMS

Camille. Acredito que a essa alta já esteja com raiva o suficiente diante do meu silêncio. Mas, peço que considere sair comigo novamente.

Senti uma pontada no peito. Depois de horas a bonitinha vem querer papo.

Eu estou ocupada no momento. Abraços.

E desliguei o meu celular.











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⏰ Laatst bijgewerkt: Jan 13, 2023 ⏰

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