Encontros e Desavenças

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Hiccup (Assim que o Jack saiu da casa dele)

Já estava dormindo quando senti algo mexer em meus cabelos  e descer até minha bochecha várias vezes. Era uma mao fria e macia, mas me deixava confortável, então deixei que continuasse... De repente ela se afastou e eu ouvi uma risada melodiosa e algumas palavras que não compreendi muito bem então abri os olhos.

Um garoto de roupas que me pareciam ser azuis, brincava com Banguela e ria baixo, fazendo sinal para ele fazer silêncio. Meu coração bateu mais forte. Será ele? O mesmo foi até a janela.

-Espera. -Parou.

-V-você pode me ver? -Que pergunta é essa? Claro que eu posso vê-lo

-Sim, claro. Você esta na janela do meu quarto, como posso não te ver? -Ele ficou calado e resolvi perguntar logo. -É você? Você é o garoto que eu vi na floresta ontem?

-Sim. -Meu peito bateu forte. -E eu tenho que ir. -Não mesmo. Corri até onde ele estava e Segurei a mangá do sua blusa azul.

-Não... -Disse o mais inocente possivel -Me diz quem você é, por favor. -Já não aguentava mais ficar sem saber quem era ele.

-Eu não posso...  -Virou o rosto.

-Por que? -Sem perceber, segurei em sua mão Fria e macia.

-Me desculpe eu só... Não posso.

-Então... -Disse corando e um pouco triste, com a cabeça abaixada. Eu tinha mania de colocar o dedo na boca quando estava envergonhado rsrs.  -Pelo menos chegue mais perto para que possa vê-lo. -O olhei.

Ele pareceu aceitar e se virou para mim. Estava muito escuro para vê-lo com clareza, apenas percebi sua pele clara e os cabelos que saíam do capuz que pareciam brancos.

-E-eu não posso te ver direi porque está escuro, mas... -Eu queria sentir seu rosto. Levei a mao até sua bochecha direita e toquei... Meus pelos se arrepiaram pela baixa temperatura dele e eu Corei. Eu estava tocando diretamente o rosto de alguém que mal conhecia. -S-sua p-pele é fria... -Sorri envergonhado. -Mas também é quente. -Ele se aproximou de mim.

Eu não tenho certeza de como isso aconteceu, mas eu vi a luz da lua se intensificar a medida que ele se aproximava de mim e comecei a ver seus olhos. Um azul tão penetrante e vivo quanto a água pura de um lago a luz de uma noite de lua cheia. Seu rosto era lindo também. Tão delicado, mas firme e forte. De onde ele veio?

Seus labios chegaram a ficar a um centímetro dos meus, e eu queria muito toca-los. Queria saber se eles eram tão frios quanto suas mãos. E cheguei bem perto disso... Mas ele se desviou e beijou minha bochecha ao invez disso.

-Me desculpe, eu tenho que ir. Boa noite. -Ele se afastou e saiu voando.

-Boa noite. -Sussurrei.

E-Eu não sei o que aconteceu aqui... Era ele? Sim, era ele. O garoto que vem tomando meus pensamentos desde o dia da floresta. E não sei o que ouve agore... Íamos mesmo nos beijar? Mordo o labio. Não seria uma má ideia.

Eu vi ele sumir voando pela janela -Sim, voando. Nao sei como nem por quê, mas achei incrível. Se pudesse fazer isso seria ainda mais fácil com o Banguela - e ainda fiquei olhando mais um pouco, esperando que ele voltasse logo enquando passeava os dedos de leve onde tinha me tocado...  Minhas bochechas ainda estavam levemente coradas e queimando. Ele mexe muito comigo, Haha, e nem sei seu nome.

Me Virei e estava indo em direção à minba cama, quando notei um pequeno papel no chão. Me aproximei dele e o peguei. Era uma foto de um lindo lugar com uma casa enorme, um jardim e o que parecia uma picina atrás. No verso da fotografia estava escrito "República para garotos - Número 15A, Colinas Verdejantes"  e algo como número de contato.

República de Garotos ✔Where stories live. Discover now