Capítulo 06

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Sem Correção...

Luana

Uma semana havia se passado quando a Michele entrou em meu quarto e me pegou secando o pequeno Davi.

- Estou orgulhosa de você! – A Michele em pouco tempo havia se tornado uma pessoa importante em minha vida. Não tinha idade. Não tinha sequer experiência e estava me ensinando coisas que uma irmã mais velha devia fazer, embora fosse bem mais nova que eu.

- Tenho medo de que ele não me ligue mais ou não me procure. – Disse em tom de choro, colocando o cachorro de volta em sua caminha.

- Então me prometa que dará uma chance ao meu amigo Santinni. – Ela amava como irmão o Santinni. Era realmente de dar inveja, como eu tinha sentido essa semana. – E prometa também que não irá ligar. Que vai esperar ele te ligar novamente?

- Isso porque você não viu a carinha dele me pedindo para voltar. Quase fiquei lá. – Deitei na cama com ela e ficamos conversando sobre homens. Sobre banalidades. Nossas vidas e tudo mais.

- Adorei conhecer você. – Ela disse com um ar tristonho. – Estava tão empolgada por ter alguém para me ajudar com a escola. Mas tudo bem, ficarei feliz por você se estiver feliz.

- Então está acha que irie embora?

- Acho que não deve ceder e ir para cama com ele tão cedo. Mas quando ele te procurar da próxima vez deve voltar. Assumir sua posição de esposa na vida dele e lutarem juntos. Eu lutaria junto com o Jota por qualquer coisa, mas ele escolheu a forma mais difícil. Então agora aguente as consequências.

- Queria ser como você Michele. – O celular dela chamou e ela se levantou indo atender.

Voltei a cuidar da minha arrumação enquanto ela não voltava. Hoje queria fazer algo diferente. Observei uma fantasia antiga que tinha. Será que ainda servia? Acho que daria para improvisar uma dança bem sensual. Talvez a ultima delas ali na Milady. Isso era o que eu desejava agora, torcia para que ele me ligasse, mesmo depois de ter dito não, mesmo que temporariamente ao pedido dela para voltar para casa. Mas nossa conversa foi muito proveitosa e adulta. Aproveitei para contar à ele tudo o que o JC havia me dito sobre o caso da tal menina irmã do Santinni. Sei que ele ficou bem mais aliviado. Mas não houve nenhuma proposta nova a não ser que estava tentando ser um homem diferente e que queria uma nova oportunidade para nosso casamento.

Eu não queria morar sobre a boate. Queria uma casa nossa. Mobilhada por nós e onde eu pudesse me sentir a senhora da casa, não uma simples ocupante. Eu queria falar de filhos, mas tinha medo, já que observava e conhecia a situação dele com a Mel.

A Noite veio como um véu cobrindo toda a casa, e eu ainda caminhava pelos jardins.

- Se despedindo? – Aquele homem de preto andando silenciosamente entre as árvores poderia ser minha total perdição e o fim do meu casamento. Eu não podia me sentir assim.

- Não sei ainda. – Sorri.

- Está proibida de sorrir dessa forma para mim. A não ser que já tenha se decidido por deixa-lo.

- Santinni. – Deitei a cabeça sobre o ombro.

- Nem faça charminho se não seu marido vai querer se vingar de mim depois do que eu fizer o que se passa em minha cabeça.

- Sei que não teria essa coragem. Você é um homem lindo e gentil. Isso me encantou em você. Deixou-me...

- Apaixonada?

- Não sei dizer se é essa a palavra.

Ouvimos o som alto e as luzes se acenderem. Olhamos em direção a casa então a hora havia chegado.

Marcas da AlmaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora