Capítulo 08

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Sem Correção...

Davi

- Você só pode estar brincando? – Aceitei o suco que a moça educadamente me entregava, enquanto fingia que ouvia a indignação de minha mãe e da Vivian ao ouvirem minhas notícias.

- Calma mãe. O Davi sempre gostou de chocar com suas novidades. Ele deve ter um motivo ou um plano novo para esse casamento as pressas com essa garota que ele bem sabe a vida que já levou. – A Vivian achava mesmo que eu estava me casando com a Luana por algum motivo sórdido. Mas eu estava me acostumando com isso. Quando não se tem moral, não devemos esperar muito que as pessoas acreditem em nós.

- O motivo eu já expliquei. Durante esse tempo eu me apaixonei por ela. Acham que devia ter outro motivo além desse? E no mais, - terminei meu suco e fiquei de pé. – O casamento é na sexta-feira. O Endereço é esse. Eu gostaria muito de que vocês fossem, mas se não forem... Não poderei fazer muito.

- Não sei como vocês se tornaram tão ingratos assim. Decidiram ficar com o dinheiro e dar aos pobres e nem sequer chamaram a mim e a Vivian para a reunião.

- Deixa mãe. A vida lhe ensinará o que ele precisa aprender sobre as mulheres.

- Se bem que convivendo com vocês eu não devo ter mais nada a aprender. – Sai e as deixei sozinhas.

Não iriam retirar meu bom humor. Minhas noites têm sido tão agradáveis, não serão as duas que estragaram meu dia. – Olhei no relógio e me assustei.

- Que droga. – Primeira vez que me pedem para pegar a Mel na escola e quase chego atrasado.

Dirigi o mais rápido que pude e assim que estacionei o carro ouvi o som o bendito sino tocando. Ainda fazem isso nas escolas? Deviam saber que isso traumatiza a gente pelo resto da vida. A ansiedade em saber se a mãe veio ou não, se foi à babá. Isso é muito traumatizante. Deviam nos deixar as cegas e de repente... Cabrum, vim te buscar. O choque seria menor.

Entrei na escola e as mães começaram a me cumprimentar. Deviam estar me confundindo com o Daniel. Parei no meio do caminho e li a mensagem com o número da sala.

- Perdeu a sala de sua filha papai? – Uma gata lindíssima que deveria ser proibida de andar sem segurança me abordou. Eu ia responder gentilmente quando ouvi a voz da Mel.

- Papai!

- Viu? Se Maomé não vai a montanha a montanha vai a Maomé. – A Mel veio e segurou minha mão.

Assim que a mulher se afastou sorrindo segurando a mão do filho. A Mel soltou a minha.

- Posso te falar uma coisa? Qual é a palavrinha mágica? – Essa droga dessa palavra novamente. Abaixei-me e olhei em seus olhos.

- Sabe muito bem, que o Daniel e sua mãe foram levar seus irmãos ao médico. E que eu sou o Davi. Não se faça de boba porque já estamos em passos muitos distantes desses. – Ela manteve seu olhar fixo ao meu. Era eu olhando para mim, só que versão menor e feminina. Eu mereço.

- Você não sabe por que não conhece a palavrinha de segurança? Porque você ainda não é bom. Agora vamos embora. Não gosto desta mulher. – E eu nem tinha suspeitado quando a ouvi me gritando por pai. Mas o que me tocou profundamente foi ela dizer que eu ainda não era bom. Por um lado estava começando a se render, mas pelo outro, mantinha suas resistências firmes.

- Também não gosto dela. Uma atrevida, se intrometendo onde não foi chamada. – Brinquei sorrindo e a segui até meu carro.

Seria um caminho complicado até o coração da Mel, mas eu não desistiria. Já tinha conseguido várias vitórias e mesmo que eu precisasse de anos eu permaneceria firme nesta estrada.

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