How He Felt

Selecionado

— Ah! de Angeles Sr. Kile Woodwork

Relembro as palavras de Eadlyn em meu quarto ainda surpreso por meu nome estar entre os inscritos, afinal eu não havia me inscrito. Perguntei aos meus pais quem tinha sido responsável por aquela armação, mas nenhum deles pareceu interessado em me responder.

Não sabia expressar em palavras o que eu havia sentido ao ver o meu nome ali. Estava mais do que furioso por ser um dos trinta e cinco "lutando" pelo amor da princesa. Vou ser honesto eu não quero o amor de Eadlyn, já tenho o seu ódio e isso já basta não quero mais nada, principalmente dela. Da soberana metida e esnobe.

Que droga, justamente agora quando eu mais quero sair do palácio, quando eu mais quero viver a minha vida eu viro um Selecionado. Não havia nada que eu pudesse fazer, não tinha como eu não ser um Selecionado. Depois que o meu nome havia sido escolhido e dito em rede nacional a única coisa que eu podia fazer de reclamar afinal eu nunca quis disputar o coração de Eadlyn. Se eu fosse apaixonado por ela a Seleção provavelmente não seria necessária, meus pais e os pais dela ficariam mais do que contentes caso nós fossemos apaixonados, porém nós não somos e mesmo que as circunstâncias peçam para que Eadlyn tente ver algum potencial em mim eu duvido que ela o faça. Ela não passa de uma princesinha mimada que se acha mais poderosa que tudo e que todos, ela só se esquece de que ela ainda não é rainha e que a pessoa mais poderosa que tudo e que todos é o Rei Maxon, que é um ótimo monarca e não deveria estar deixando o cargo tão cedo.

Jogo-me na minha cama e fico contemplando minha estante de livros, o que só me deixa com mais raiva. Tudo que eu quero é sair desse palácio, tornar-me arquiteto e poder construir coisas. Depois de muitos minutos deitado reclamando da vida percebo que isso não vai me ajudar em nada então me levanto e volto a trabalhar em uma das minhas maquetes.

Sei que deveria estar arrumando meu quarto que como sempre estava bagunçado por eu ter dispensado a ajuda dos mordomos, mas trabalhar em minhas maquetes me acalmava e fazia com que eu pensasse mais claramente.

Horas se passaram e eu finalmente terminei meu trabalho. Analisei-o e gostei do resultado.

Cansado de ficar em meu quarto decido ir até o jardim, mas faço um caminho alternativo passando pelo salão das mulheres na esperança de saber quem havia colocado meu nome no sorteio, mas o que eu escuto me para instantaneamente

— Meri você não acha que Eadlyn irá expulsa-lo na primeira leva acha?

— Acredito que na primeira leva não. Por mais que ela não tenha nenhum sentimento amoroso pelo seu filho e sim um de animosidade. Não acredito que ela irá expulsa-lo de primeira sabendo que isso a magoaria

Sou tomado por uma raiva imensa e sai daquele corredor antes que eu faça alguma besteira. Minha única e minúscula esperança era que Eadlyn descontasse toda sua frustração por eu ter sido um Selecionado me eliminando na primeira oportunidade, mas graças à amizade com minha mãe era bem provável que eu fosse para A Elite, sem exageros.

Chego aos jardins e meu humor melhora consideravelmente. Sempre me senti preso no palácio e os jardins imensos eram o único lugar que fazia com que eu me sentisse livre. Sento-me em um banco e retomo meus pensamentos.

Será que Eadlyn me manteria na Seleção apenas para não magoar minha mãe? É bem provável que sim já que ambas são amigas.

Fico algumas horas no jardim pensado no que fazer. Eu não queria fazer parte da Seleção, isso era um fato. Eadlyn jamais me expulsaria tão cedo, pois minha expulsão significaria que eu teria de morar fora do palácio o que magoaria minha mãe.

Uma ideia passa pela minha mente, por que não unir o útil ao agradável?

Saio dos jardins já com um plano em mente. Minha mãe jamais iria me deixar ir embora, não por livre e espontânea vontade, a única maneira de eu sair dessa prisão chamada de palácio seria se Eadlyn me tirasse da Seleção. Estava decidido iria fazer o possível e o impossível, da maneira mais discreta possível, para sair da luta pelo coração da princesa.