Uma realidade insuportável.

Capítulo 02

Como Diego não ganhava o suficiente na lanchonete que ficava em frente a um hospital, então ele decidiu procurar um segundo emprego no período noturno, foi quando viu uma pequena placa bem discreta que dizia:"precisasse de rapazes jovens para trabalha na venda de bebidas na boate, a noite." Diego logo pensou que seria uma boa oportunidade para ganhar mais dinheiro. Sem perder tempo depois do expediente ele foi até a boate, no primeiro salão as coisas pareciam normais, um dos funcionários do local foi até ele.

- O que o rapazinho quer aqui? -perguntou o homem.

- Ah... é que eu vi a placa dizendo que vocês precisam de alguém para vender as bebidas daqui.

- Ah! É claro vou levar você até o meu chefe tenho certeza que ele vai gostar de você. -disse enquanto olhava fixamente para o rapaz, depois o levou até uma sala onde um homem de terno e com muita bijuterias estava sentado.

- O que trouxe para mim Carlos? -perguntou ele com um sorriso no rosto.

- Esse rapaz quer trabalhar aqui no bar.

- Hum... ok nos deixe a sós para conversarmos melhor. -Carlos sai da sala. - Sentesse rapaz, diga o seu nome e por que quer trabalhar aqui?

- Bem, meu nome é Diego e preciso de um segundo emprego, já que minha mãe está doente e eu preciso pagar o tratamento dela, então trabalhar a noite me ajudaria.

- Oh que pena, mas mesmo que você trabalhasse com um cargo tão pequeno acha que poderia pagar tudo e oferecer conforto a sua pobre mãezinha?

- Bem, eu não sei...

- Claro que não! -disse levantando da cadeira. - Meu caro Diego, você é um belo rapaz e para sua sorte hoje estou de bom humor, vou lhe fazer uma proposta que vai fazer com que você possa pagar qualquer tratamento para sua mãe com tranquilidade.

- Sério? Isso seria ótimo! -ele se animou.

- Sim, sabe aqui não é apenas uma boate qualquer, -disse enquanto mostrava um segundo salão que estava com alguns garotos vestidos com roupas sensuais e provocativas. - Você seria uma grande estrela.

- Ah?! Ficou louco, acha que vou me vestir desse jeito e... espera... essas pessoas se prostituem aqui? -perguntou Diego espantado.

- Que palavras fortes, vai ofender seus futuros companheiros, sim é isso que eles fazem, mas aqui as coisas são bem controladas já que servimos pessoas muito ricas, eles pagam muito caro e sempre tem cuidado para não fazer nada sem proteção, então? essa é minha proposta.

- Mesmo assim eu não vou sair dando para qualquer um que pagar.

- Puxa não pensei que você fosse um filho tão ingrato, pense em o quanto sua mãe já fez por você e agora que ela precisa de sua ajuda, vai deixar ela morrer por causa do seu egoísmo?

- Eu... -Diego não sabia o que fazer, ele não queria sair com pessoas que nem conhecia por dinheiro, mas o amor que sentia pela mulher que criou ele era maior. - Eu aceito.

- Ótimo, não se preocupe, vai ganhar muito bem e além do mais ninguém vai saber quem é você já que estará sempre usando uma máscara, pode escolher a sua. -disse mostrando várias máscaras em uma estante, com a cabeça baixa Diego escolheu uma branca com alguns poucos detalhes. - Certo você começa hoje a noite.

- Mas já? Eu não deveria me preparar... psicologicamente...

- Claro que não, você já irá chamar a atenção de todos com esse cabelo loiro e esse corpo convidativo, sem contar com seus belos olhos, sua primeira vez vai render muito dinheiro!

Diego não conseguia acreditar que havia aceitado aquele trabalho, se sentia mal pela forma em que Bart (o dono do lugar) falava dele e dos outros que trabalhavam lá, mas quando pensava em ajudar sua mãe que era tudo o que ele tinha, criou coragem e naquela mesma noite depois de o mandarem vestir uma roupa que na verdade só cobria o órgão genital dele. O lugar estava repentinamente cheio, Bart subiu no palco principal e começou a dizer várias coisas sobre aproveitarem o lugar.

- Mas hoje nós temos uma nova atração no lugar, ele é jovem, bonito e o melhor de tudo ele ainda é virgem! -enquanto Bart dizia isso, Carlos pegou Diego e o arrastou até o palco. - Vejam só que belo garoto, não gostariam de provar?!

Quase todos que estavam no local começaram a disputar quem ficaria com ele primeiro e é óbvio quem ofereceu mais dinheiro ganhou, Diego estava com medo, foi levada para o quarto e logo depois um homem de aparência mais velha surgiu no local, sem dizer nada ele começou a tirar as calças e ordenou que Diego fizesse o que ele mandava como não tinha mais como voltar atrás ele fez tudo o que o homem mandou, sentia muita dor e não era apenas dor corporal, mas o pesadelo dele só havia começado, quando o primeiro saiu já havia outros, depois de algum tempo conseguiu sair mancando do quarto.

- Muito bem, os clientes saíram satisfeitos e pagaram muito bem, aqui está a sua parte, amanhã volte de novo e com uma cara feliz.-dizia Bart enquanto dava o pagamento para Diego.

- Não pense que vou ficar aqui para sempre!

Diego estava acabado e ao chegar em casa tudo o que conseguiu fazer foi ir para o banheiro o mais rápido possível, ele realmente foi bem pago, mas existem coisas que o dinheiro não pode pagar e uma delas é o caráter de alguém, Laura ficou um pouco desconfiada do novo emprego do filho, mas como ela confiava muito nele não questionou muito. Diego continuo trabalhando na lanchonete e a noite ia para a boate onde sempre havia muitos clientes, o tratamento de Laura deu início e como era uma doença nos pulmões ela passou a ficar a maior parte do tempo em casa e no hospital, mas o futuro ainda reserva muitas coisas para Diego e sua mãe...