Capítulo 07

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Eduardo estava passando a maior parte do tempo com Diego e Laura, eles tiveram alguns bons momentos em que se esqueceram um pouco dos problemas e se conheceram melhor, Laura gostou muito de Eduardo, porém cinco dias se passaram e ela começou a passar muito mal a ponto de ser internada, sua situação estava muito ruim e Diego ficava alguns minutos com ela mas sempre tinha que sair do quarto para chorar no corredor, já que ele não queria demonstrar para ela o quanto sofria em vela naquele estado, Eduardo tentava consolar ele mas acabava começando a chorar junto pois Laura era tão legal e gentil com as pessoas que era muito fácil acabar gostando dela.

- Eduardo, os outros médicos disseram que ela não vai durar mais do que essa semana, acha que eles estão certos? -Diego perguntou enquanto tentava conter as lágrimas.

- Eu sinto muito... mas a situação é crítica, eu realmente queria poder fazer algo mas pelo que vi eles já usaram todos os recursos disponíveis.

- Tudo bem... pelo eu posso me despedir, sabe Edu, as vezes a realidade pode ser difícil ou até mesmo insuportável, mas se eu não aguentar firme todos os sacrifícios feitos até agora terão sido em vão, então eu decidi que vou tentar viver da melhor forma possível pela minha mãe!

- E eu com certeza vou te apoiar, quero te ver feliz. -Eduardo deu um beijo em Diego que ficou vermelho no mesmo instante.

- As vezes eu fico com medo dos meus sentimentos por você, pois você me fez sentir algo tão forte que até consigo me sentir melhor em seus braços, obrigado.

Enquanto estavam conversando um enfermeiro se aproximou e disse que Laura estava chamando por seu filho, Diego entrou correndo no quarto e ela estava extremamente fraca e sorrindo levemente.

- Querido... sinto que minha hora chegou... eu quero me despedir, vou para um lugar melhor agora, não sei se isso é possível mas espero te ver de novo, até lá tente com todas as suas forças ser feliz.

- Mãe... eu amo a senhora, vou tentar sim... mãe?!... mãe?!!! -Laura não respondeu mais e seus batimentos pararam Diego se desesperou e os médicos tentaram reanimar ela mas não conseguiram.

Diego ficou muito mal com a morte de sua amada mãe e Eduardo se ofereceu para cuidar do velório e do enterro, no dia do velório vários parentes de Laura que Diego mal sabia que existiam apareceram dizendo o qual boa ela era o que deixou o rapaz indignado já que ninguém apareceu enquanto ela estava doente, a mãe de Laura também apareceu porém depois de olhar o corpo da filha viu Diego chorando nos braços de Eduardo e não ficou parada olhando.

-a culpa é sua, se minha filha não tivesse te colocado no mundo ela estaria bem, casada com um bom homem e saudável, você destruiu a vida dela e agora está aí abraçado com esse homem não se envergonha. -aquelas palavras doeram no fundo do coração de Diego que ficou sem reação, mas Eduardo não aguentou de raiva.

-o que a senhora está dizendo?! Que eu saiba enquanto Laura estava doente Diego foi o único que cuidou dela, enquanto vocês estavam de braços cruzados! Não vou permitir que você fale assim com ele e se estamos juntos ou não o problema não é seu!

-como ousa falar assim comigo? É melhor eu ir embora, minha filha já não está mais aqui mesmo.

-quando ela estava você a deixou.

Após Diego dizer aquelas palavras ela saiu o mais rápido que pode, o enterro deu procedência e enquanto tudo acontecia Diego tinha medo do futuro e das coisas que poderiam acontecer, quando deu por si já estava no apartamento de Eduardo e ele estava o encarando como se tivesse feito alguma pergunta.

-ah desculpe, você disse algo?

-não foi nada importante, mas agora que você parece estar prestando atenção, que tal você vir morar aqui?

-bem... eu não sei, na verdade nem sei o que vou fazer daqui para frente.

-então que tal você ficar morando aqui até decidir? Eu adoraria ter companhia para assistir filmes a noite.

-se não for encomendar...

-claro que não! -Eduardo foi até Diego e o abraçou.-eu te amo e você nunca vai ser um incômodo.

A semana foi passando lentamente e como Eduardo tinha que trabalhar e Diego não queria ficar sozinho ele continuou em seu emprego na lanchonete, quanto mais ele pensava no que fazer mais ele ficava confuso, já Eduardo gostava muito de ter ele em casa e queria manter o rapaz ali para sempre, por isso fazia de tudo para agradar ele, os dois estavam vivendo praticamente como um casal, dormiam juntos, Diego fazia o café da manhã, depois iam trabalhar e voltavam juntos a noite. O fim do ano estava chegando e como era de costume a família de Eduardo chamou ele para se reunir com a família, mas será que os pais dele aceitariam seu relacionamento...

Uma realidade insuportável.Where stories live. Discover now