Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)

Capítulo 16

Estava eu, a quase uma hora esperando John sair do banheiro. Ah! ainda não contei sobre isso, então vamos lá...

Depois que eu saí de casa, resolvi que acharia o John primeiro, não estava a fim de ouvir aquele lobo falando besteiras. Fui ao primeiro bar que passou pela minha cabeça e não é que ele estava lá? Acho que o cheiro de bebida misturado com a essência natural de vampiro dele me ajudou para o achar.

Cheguei perto do balcão e parei ao lado do John:

— Vamos — mandei fria esperando que ele me obedecesse. Inocência a minha.

— Euu num vô sai daqui — tentou dizer, totalmente bêbado.

Revirei os olhos e pensei...

Essa vai ser uma loonga noite.

Peguei-o pela gola da camisa e o pus em meu ombro. Era fácil demais carregar o John, até porque eu sou uma vampira, e bem forte.

— Aonde pensa que vai com o meu Johnzinho?! — indagou uma mulher de roupas curtas, maquiagem exagerada e voz fina.

A ignorei e continuei andando. É sério que ela queria brigar comigo? Eu devo ter quase o dobro da altura dela — eu não era gigante, ela que era muito pequena.

— Eu tô falando com você, sua OXIGENADA! — comecei a rir descontroladamente, é sério isso? É esse tipo de ofensa que os humanos usam?!.

Olhei para ela e sua feição estava de quem não estava entendendo nada. Cheguei bem perto dela, quase encostando meu rosto no dela, olhei bem para os olhos dela, que aparentavam ter medo.

— Ele é meu irmão e está bêbado, estou levando ele para casa, alguma objeção? — perguntei irônica.

Ela me olhou como se estivesse me analisando para ver se eu estava falando a verdade. Eu queria tanto rir dessa situação mas preferi segurar e deixar para depois.

— Eu estou cuidando dele — disse.

Ah esse era o cúmulo!

Virei de costas para ela e andei em direção a saída do bar a ignorando novamente.
Eu tinha esquecido que John estava no meu ombro, neste momento olhei para seu rosto e ele estava de olhos fechados, talvez tentando não prestar atenção em nada que acontecia.

Abri a porta do bar e assim que ouvi o som do sino que tinha na porta a pigmeu falou:

— Rapazes, não deixem que ele saía — eu não queria arranjar briga, mas agora eles saberiam como uma vampira bate.

Não virei vampira nem nada, só me diverti. O primeiro homem veio para cima de mim, dei um soco na cara dele e uma rasteira. O segundo homem veio, dei um golpe em seu pescoço e ele caiu.

— Bom já acabamos? — perguntei olhando para ela.

Ela confirmou e eu saí. Assim que cheguei do lado de fora dei uma grande gargalhada, só o John para me colocar em uma situação dessas.

E agora estou no banheiro com o meu irmão sentado dentro do box,— sem camisa mas de calça — com o chuveiro aberto a mais ou menos uma hora.

— Emilly — disse baixo.

Agora que ele já estava consciente eu poderia ajuda-ló. Me abaixo seguro seu braço e faço um pequeno furo com a minha unha. Chupo aquela parte e cuspo todo o álcool que estava passeando em sua corrente sanguínea.

— Obrigado — agradeceu ainda em tom baixo.

— Você vai me agradecer de outra forma...