Capítulo 36

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P.s: indico que leiam o capítulo enquanto ouçam a música.

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— Então isso é um adeus? — pergunta minha mãe pesarosa.

Ou eu achava que morar fora da casa da minha mãe era uma coisa simples, ou ela estava muito sentimental de uns tempos para cá. Eu iria morar só a alguns quilômetros de distância, ela poderia me visitar sempre que quisesse e vice e versa.

— Mãe eu não irei para outro país... — respondo segurando o riso.

— Por enquanto — comenta Harry me interrompendo.

— Cala a boca — sussurro e lhe dou uma leve cotovelada.

Minha mãe nos observa como se fôssemos duas crianças, e éramos mesmo, brigando até nos momentos inconvenientes.

— Continuando... — digo lançando um olhar mortal ao Harry. — Mãe, você poderá nos visitar sempre que quiser, e nós também viremos para cá — continuo calmamente.

Ela nos olha meio desconfiada mas solta um sorriso de satisfação. Simultaneamente ela me abraça, e eu retribuo. Não era só um abraço de mãe e filha, e sim um abraço de despedida, mas não para sempre.

— Cuide bem de minha filha, seu lobo fedorento — diz minha mãe rindo.

Harry forçou uma risada mas era aparente que ele não gostava de ser chamado de "fedorento", mas o que eu poderia fazer? Os lobos tinham um odor natural para nós vampiros, sempre fomos opostos.

A natureza e as suas separações. Os limites impostos por ela sempre foram mudados ou simplesmente ignorados.

— Mãe, podemos ir? — indago já fadigada de tanta emoção.

— Já se despediu de todos? — pergunta mais como uma bronca.

— Adeus, pessoal, estou indo morar com um lobo. — olho para Harry que está com um olhar de insatisfação — Quer dizer... — limpo a garganta — Com o amor da minha vida, até mais ver. E não venham me visitar nem tão cedo.

— Emilly! — exclama diz minha mãe repreendendo-me.

— Não preciso de mais despedidas mãe — digo impaciente.

O que eu mais queria era sair daquele hospício, tomar um bom banho e descansar a mente, mas pelo visto iria demorar bem mais do que eu pensava.

(...)

— Até que enfim -—digo chegando na casa do Harry, minha casa na verdade.

Me jogo na cama junto com as poucas malas que eu carregava — Harry trouxe a maioria — e suspiro aliviada.

— Pensei que nunca conseguiríamos sair da sua casa — disse rindo e se jogando ao meu lado.

— Tudo culpa sua, quem mandou você fazer esse convite logo hoje? — respondo com humor.

— Eu não poderia mais esperar. — Diz com um sorriso malicioso — O meu amigo aqui está sedento — diz passando o olhar por todo o meu corpo.

Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)Where stories live. Discover now