Capítulo 5

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Sabe quando você está muito bem descendo uma escada e já está quase no fim, porém você se distrai e não vê um degrau ? Você sabe que não é tão alto, que só se passou um degrau e tem outro para lhe segurar, sendo que não dá tempo da sua mente raciocinar rápido tudo isso, seus olhos arregalam, suas mãos começam a transpirar ou à gelar, sua respiração trava e seu coração dispara. E tudo isso acontece em 1, talvez 2 segundos, e depois vem uma sensação de alívio tão grande.
Era exatamente assim que estava me sentindo, porém sem essa sensação de alívio, o meu susto/espanto durou uns 5 talvez 6 segundos, até que minha mãe o destruísse.

Angélica - Que isso dona Inga !?! Disse assustada e um pouco exaltada.
- Não... Ezitou  em dizer por 2 segundos.
- Não era para a senhora dizer assim. Falou me olhando com um peso no olhar.

Inga - Como assim Angélica ? Diego já deveria saber a muito tempo sobre a minha existência, minha e de seu pai.

Eu - Oi ? Como assim do meu pai ? Cadê meu pai ? É aquele homem careca que esta ali fora ?

Inga - Não meu querido, aquele é o motorista. E quanto a seu pai, acho melhor que sua mãe lhe diga. Falou com uma certa tristeza em seu tom de voz.

Eu - Acho que não, porque acabo de descobrir que minha mãe não gosta muito de contar as coisas, ainda mais o que tem  aver/haver com a minha vida.

Angélica - Filho, e.. Seu.. Seu pai não esta mais vivo, ele já faleceu tem dois anos e meio.
- É complicado falar disso meu fil..

        Não deixei que ela terminasse de falar e fui correndo para meu quarto, eu não, eu não acredito no que acabou de acontecer, é muita coisa para assimilar ao mesmo tempo. De uma hora para outra, eu ganho uma avó e um pai que nunca ouvi falar, mas eles sabiam de mim. Pera aí ! Eles sabiam de mim !!      
...
     
                         Angélica.
- I agora senhor .. O que vou fazer.

Inga - Não me olhe assim não. Ele deveria saber, e ainda tenho mais coisas para lhe contar.

Eu - Ele não vai querer saber mais nada, pelo menos não agora.

Inga - Eu vou tentar falar com ele. Disse isso e foi andando em direção ao quarto.

                             Inga.
Vou andando em direção ao quarto de Diego, e não deixo de reparar na casa de Angélica, é uma casinha simples, nem um pouquinho luxuosa porém arrumadinha chego em frente à porta e bato duas vezes, sem sucesso, repito mais duas vezes e então escuto um grito :

  - Não quero falar com ninguém !!!

Eu - Diego meu neto, deixo aqui na porta de seu quarto um cartão, com ele terá como me encontrar, me procure quando quiser conversar.

Diego - Tchau !!!

                                  ...

Volto para sala e reencontro Angélica angustiada sentada em uma poltrona.

Eu - Angélica irei voltar para o hotel, Diego não quis abrir-me a porta de seu quarto.

Angélica - Agora a senhora vai embora ?! Depois de tudo isso !!

Eu - Angélica ele já deveria saber disso a muito tempo. E outra, ele é seu filho e provavelmente irá  querer conversar com você primeiro.

Não Controlamos o Futuro.Where stories live. Discover now