- É... ahn... - Me levantei, rapidamente, sentindo vergonha de estar brincando com seu sobrinho.
- Oi, tia Matilde. É bom ver a senhora também. - Bernardo foi dar um abraço na sua tia, que me deu um olhar de "conversamos depois". Estava encrencada.
- Tenho alguns assuntos para tratar com você. Venha. - Bernardo olhou para trás e piscou para mim.
Babaca!
Soltei o ar que estava prendendo.
Por um momento, eu achei que tinha sido Dylan a entrar aqui. E qual seria o problema se ele tivesse? Não estávamos fazendo nada demais, ou estávamos? Ou íamos fazer? E se tivesse acontecido um beijo e fosse Dylan que tivesse chegado?
Meu namoro ia para os ares.
Por quê estou pensando em uma coisa dessas? Eu nunca trairia meu namorado.
Catei minha bolsa e sai dali. Peguei o elevador e me dirigi para o carro.
Estava morrendo de fome.
Liguei para Dylan e perguntei se ele estava em casa, ele disse que não, pois o pai de Yolanda havia pousado agora no aeroporto, e ele fez o favor de ir pegá-lo. Eu não sabia ao certo se Dylan adorava idolatrar o cara, ou ele era aquilo tudo para ser idolatrado.
Fui ao um restaurante de esquina e pedi comida para viagem. Não estava afim de jantar sozinha, então decidi ir até Lola.
Bette tinha ido passar o final de semana na casa dos avós junto ao seu namorado, e não havia voltado. Talvez tenha prolongado as férias.
Não estou insinuando que Lola é segunda opção quando não tenho companhia, é que na diversas das vezes, é a Bette que tem os melhores "conselhos", mesmo que as vezes sejam assustadores.
Bati na porta da casa de Lola e vi ela atender uns segundos depois.
- Olá, Ally. - Abriu espaço para mim entrar.
Eu já tinha vindo aqui umas cinco vezes ou mais. Dessa vez, o corredor que dava para a cozinha, para os quartos, para a sala e para área, estava pintado de um amarelo mais claro, quase pastel.
Na verdade, as paredes de todos os cômodos estavam pintados dessa cor.
- Quer comer alguma coisa? - Perguntou, se deitando no sofá.
- Não. Eu trouxe comida para a gente comer. - Amostrei a sacola, deixando à em cima de uma mesa de centro.
Me seitei no sofá assim como ela. Em Manchester fazia um frio enorme. Senti um baita calafrio na espinha ao sentir o vento gelado entrar pela janela aberta da sala.
- Você é louca?
- Desculpa, estava tomando um ar. - Riu, se levantando para fechar a janela.
- Um frio do caramba e você querendu tomar ar. É louca mesmo. - Comentei, me cobrindo com uma coberta que estava ali em cima.
- Então, o que devo a honra da sua visita? - Pegou a sacola, tirando dois potes de yakisoba. - Eba! Miojo.
Eu ri.
- Não posso apenas vir visitar você? - Me entregou o outro pote.
- Pode, ue, mas você sempre vai na Lola, ao invés de vir aqui.
- Bem...
Eu não tinha o que dizer para ela, afinal nem tinha o que dizer.
"Desculpa por ter deixado você de lado?"
Ah, ótimo!
- Ta tudo bem, Ally. Só perguntei, calma. - Riu pelo nariz, comendo seu macarrão e ligando a televisão.
Um filme qualquer passava na tela da televisão, qual eu não conseguia me concentrar em ver.
Meu celular vibrou e logo tratei de abrir a mensagem que havia chegado.
Dy: Te amo!
Também te amo.
Enviei a mensagem com um sorriso bobo no rosto.
YOU ARE READING
A Gravidez - Volume 2
RomancePLÁGIO É CRIME! SEGUNDO VOLUME. Allyssa, depois de quatro anos, reencontrou o amor de sua vida, Dylan. Ele que voltou mais confiante de si, menos moleque, trazendo Yolanda, filha do seu chefe, que sem motivo aparente, não gostava de Allyssa. Os temp...