E a resposta é... Sim

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A pergunta feita há dois meses atrás ainda continuava a atormentar o pequeno Byun, contudo para seu desespero, Baekhyun permanecia sem respostas. Gostava de estar no mesmo ambiente que o maior, de ouvir sua voz grave ao telefone quando este perguntava se estava tudo bem; gostava principalmente de chegar em casa e ser recebido com um abraço apertado – mesmo que não retribuísse o carinho, o pequeno apenas não queria admitir que já havia acostumado-se com a presença do marido.

A ligação que a mordida permitia entre eles era muito forte, visto que, fora feita recentemente, portanto tudo entre eles era sentido de modo mais intenso. Ultimamente o pequeno Byun identificava que o mais velho estava mais estressado durante esses dias após a lua de mel, seu pai Sehun andava exigindo muito de seu companheiro, pois o alfa mais velho havia retirado duas semanas de férias e deixado o Park como responsável pela empresa.

O loiro havia acordado sozinho esta manhã, provavelmente o mais velho teria uma reunião no trabalho, por isso havia saído mais cedo. Todavia, apenas pelo fato de acordar sozinho fora um motivo para o pequeno carregar um bico de chateação, sentia-se enjoado e cansado – supostamente ficaria doente pelos próximos dias. E não encontrar o mais velho ali consigo para que este pudesse cuidar de si, como o seu pai Luhan fazia quando acordava mais manhoso o fez derramar algumas finas lágrimas. Incrivelmente – lê-se algo comum –, o loirinho sentia-se mais sentimental esta manhã.

Entretanto apesar de estar sozinho Baekhyun decidiu não incomodar o seu pai Luhan, pois sabia o quanto o outro ômega estava feliz; o loiro havia sido mordido pelo Oh após uma longa série de desavenças. Luhan decidira trabalhar em uma floricultura e isso fora o suficiente para ativar o lado ciumento do marido, causando então várias brigas entre o casal, tendo como fim ambos suados e exaustos após o ômega ser requisitado; Sehun percebera que a única maneira de manter todos os alfas longe de seu pequeno marido era marcá-lo como seu – a marca permitia que somente eles sentissem atração e aroma um do outro; e assim o seu ômega poderia continuar com o seu emprego sem precisar ser incomodados por outros alfas.

Uma tontura seguida de um enjoo fizera o Byun levantar-se as presas para ir ao banheiro, não lembrava-se de ter comido algo ruim, ou que fosse alérgico para estar deste jeito. No instante que pegou o celular para ligar para o marido este vibrou em suas mãos. Park metido Chanyeol.

Aparecia na tela em letras garrafais.

– Como você está? – o loiro ouviu do outro lado da linha.

– Bem. – mentiu.

E Chanyeol sabia. Mentir para o alfa era praticamente impossível.

– Me fala a verdade – o moreno pediu, não iria exigir nada do pequeno.

Todavia, o ômega não conseguiu responder. Baekhyun desmaiou antes que pudesse falar a verdade para o mais velho.

No instante que o Byun acordou Chanyeol sentiu que algo não estava bem, e a confirmação fora a falta de resposta. Park continuou a chamada por mais alguns minutos somente para tentar averiguar se algo havia ocorrido; o moreno não se importou se ainda havia trabalho para fazer, simplesmente saiu do escritório desnorteado.

Após ligar para os sogros o alfa seguiu em direção ao hospital, a casa dos pais do menor era próxima a deles, portanto seria mais fácil pedir para Luhan levar o filho ao hospital, sendo assim todos se encontrariam lá.

Dirigir nunca fora a melhor qualidade do Park, principalmente se este estivesse impaciente. Chanyeol nem mesmo chegou a contar quantos sinais vermelho burlou a caminho do hospital. Simplesmente correu em direção ao marido, as multas poderiam ficar para depois.

Quando ele acordouWhere stories live. Discover now