Capítulo 1 ( Meu nome é Marcellus/Azazel)

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São Paulo, 2018

MARCELLUS/AZAZEL

Minha manhã começava como outra qualquer, acordava em minha enorme cama branca, sem nenhuma peça de roupa e sem nenhuma preocupação de quem era a jovem e ambiciosa garota que dormiu ao meu lado para conseguir um favor meu.

-Ei.....-Fecho os meus olhos e tento me lembrar do nome da garota que ficou em meu quarto dormindo. -Bianca, vamos, se levanta, tem q trabalhar.

-Sou Cristina, não Bianca. -Diz ela seca, mas me obedecendo. -Estamos de acordo? Me ajudará com minha carreira de atriz?

-Eu cumpro minhas promessas, é da minha natureza. -Comento sorrindo. -É com você que me devo preocupar. -Comento colocando minha calça social.

-Comigo?? Querido, eu sou ótima -Diz ela arrogante com ar de superioridade.

-Não, você é uma amadora e amadores esquecem de uma coisa. -Coloco minha camisa social e meu blazer preto. -Que não importa quantas chances são dadas, se não se empanharem de verdade, a oportunidade passa perante seus dedos, por isso quero deixar claro, EU Marcellus, estou fazendo a minha parte de garantir que você tenha um filme de grande repercussão em seu currículo e você.... -Falo pausado essa parte para deixar a menina responder.

-EU Cristina, garanti um favor pra você, um cheque em branco, garantindo que eu faça qualquer coisa quando você vier me procurar, sem me preocupar com o custo,

-Tem ciência que posso pedir qualquer coisa e que se ousar me negar tirarei mais do que te dei? -Pergunto dando ela a sua ultima chance de fugir desse acordo.

-Tenho e eu não me importo, eu só quero ser famosa. -Diz ela desferindo o ataque final e assinando com consentimento dela, um contrato verbal comigo. -Preciso assinar algo? -Diz ela com um toque de humor.

-Não, só queria saber se tinha certeza do que você queria, não preciso de um papel para ter o que é meu. -Digo sorrindo e dou mais uma ordem para ela ir embora.

Não demorou muito para fazer o que eu pedi, ela sabia que ela poderia ter aquele sonho de ser modelo, ela era boa, tinha um toque natural pra dramatizar incríveis papéis, mas como todo ser humano ela se perde do caminho que ela mesma constrói por uma ideia de caminhos dados, mas não posso reclamar, é isso o que eles querem, facilidades, eu só garanto que eu tenha o que eu prometo e com o que eu quero.

-Humanos são tão ingênuos. -Comento com a empregada. -Acham que vão ser felizes e que isso será feito ou até dado sem nenhum custo.

A Sônia, minha empregada, era uma senhora que tinha 45 anos de idade, gordinha e que tinha seu cabelo crespo escondido no gorro do chapéu do uniforme, ela sabia o que eu era, mas não tinha medo, aprendeu a não me temer, pois sabia que comigo estaria segura.

-Somos uma espécie que ainda cresce, deveria parar de julgar as pessoas desse jeito. -Diz a empregada com seu tom preocupado e com uma jarra de suco na mão, em que muito rápido, já colocara na mesa.

-Sua ancestral fez um pacto comigo, um pacto que fez as filhas primogênitas da sua família trabalhar pra mim, não a odeia por isso? -Pergunto curioso.

-Um pacto que tirou todos da família dela na rua e deu chance para todos um futuro melhor. -Diz a mesma terminando de lavar a louça. -Não minto e nem escondo que eu não queria trabalhar como empregada, mas por causa disso meus filhos HOMENS... -Ressaltando a frase, para lembrar que eles estavam fora do acordo de server, mas não de eu cuidar deles, e pelo fato, dou uma leve risada. -Vão ter uma vida boa e seu apoio quando precisarem.

-Eu podia forçar você ter uma filha mulher e manter esse pacto com sua família. -Comento enquanto tomo uma xícara quente de café forte e a olho, tendo a mesma me olhando com desdem e admito que vi graça na forma que ela me olhou.

Demônios- Corações Infernais (Romance Gay)Where stories live. Discover now