Demônios- Corações Infernais (Romance Gay)

Capítulo 4 (Um primeiro dia para todos):

Miguel

No dia seguinte, perto de umas seis horas, eu estava em pé me preparando para ir no meu primeiro dia de emprego e eu devo dizer que estava muito surpreso de ter uma vaga para mim naquela empresa, tá bom que não era vaga que eu queria e nem que era um emprego que eu imaginei ter como profissão, mas eu estava muito animado com isso, eu podia ajudar minha mãe agora.

Eu ainda não confiava no Marcellus, ele tinha alguma coisa que os meus instintos diziam que ele não prestava, que eu não podia confiar nele, mas do mesmo jeito ele me levou para casa, me tirou da rua escura quando tava voltando da festa, me deu um emprego que eu precisava muito e pedir desculpas pelo que aconteceu, então eu me pergunto, por que eu não consigo confiar nele?

No momento em que eu saio dos meus pensamentos, eu me levanto, eu vejo a minha mãe na cozinha preparando o café que nós dois tomaríamos hoje e tamanho foi a surpresa dela ao me ver em pé tão cedo, até parecia que tinha visto uma assombração.

-Miguel, você já está em pé? -Pergunta minha mãe incrédula. -Aconteceu alguma coisa?

-É verdade, eu esqueci de falar pra senhora. -Comento e a abraço animada, mesmo ela não entendendo. -Mãe, consegui emprego, mas não como modelo, serei estagiário na empresa.

-Meu filho mais que boa notícia, eu não sei o que dizer, só que você merece muito! -Diz ela sorridente e logo me abraça novamente. -Então é por isso que você acordou cedo, tá indo trabalhar, que orgulho meu filho.

-Sim mãe, eu realmente eu tô me levantando porque é meu primeiro dia, eles me deram essa oportunidade de trabalhar lá e devo dizer, estou feliz por poder ter um emprego e poder te ajudar agora mãe. -Comento sorrindo e ela também mostra sua felicidade e me abraça, mas aquele abraço de mãe, do tipo que não me largaria por nada, bem por quase nada, porque tínhamos que correr para os nossos respectivos empregos.

Depois que ela ouviu essa notícia maravilhosa sobre minha pessoa, ela preparou o melhor café que ela podia fazer naquele momento, tá bom que não tinha muita coisa, porque ainda éramos humildes e não tínhamos aquela famosa Nutella ou aqueles queijos finos, mas ela parou com tudo com muito amor e isso eu podia sentir a cada mordida daquele delicioso pão na chapa com aquela manteiga que derrete no céu da boca ou daquele café com leite adoçado na medida certa, podendo sentir o gostinho bom do leite misturado.

Conversa vai e conversa vem, minha mãe e eu percebemos que já estava na hora de cada um seguir seu rumo, eu para empresa e ela para escola e no momento que giro a chave na porta, ela se despede novamente e me desejando um bom dia, na verdade um desejando um bom primeiro dia e eu, desejo o mesmo, que ela tivesse um dia maravilhoso.

No momento em que subo no ônibus, sabia que a viagem seria um pouco longa, mas pela sorte do destino, havia lugares vagos para eu sentar e assim evitar olhares indesejados que sempre lançam pra alguma parte do meu corpo, maioria meninas, mas os piores são os homens, neles bate uma loucura, que assedia o ser humano sem pena, que saco.

Bem, reclamações à parte, eu fui ao meu emprego no primeiro dia extremamente ansioso e bem animado, decidi optar por uma roupa básica e um jeans escuro, eu não sabia se usavam uniformes, então decidi ir pelo caminho seguro e usar uma roupa neutra. Na porta do prédio, fui recepcionado pela mesma garota que ficava na entrada naquele dia e no momento que ela me viu, ela abriu um sorriso percebendo que eu voltei por um bom motivo.

-Conseguiu a vaga?! -Pergunta ela sorrindo e mostrando a surpresa em seu rosto.

-Consegui um emprego. -Respondo com a mesma animação. -Sou um dos novos estagiários da empresa.

-Mentira! -Diz ela surpresa. -Mas você é tão bonito, como não foi modelo?

-Parece que não é meu destino ser modelo, mas tudo bem, tô processando o fato. -Brinco com ela, mas percebo que ela estava triste por mim, ela sabia que eu queria ser modelo, esse era meu sonho e como uma boa funcionaria, ela percebeu isso.