Capítulo 25 - cicatrizes.

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Na terça de manhã, fui com a Sam, a Tay, o John e o César ver o Scott.

–Ele ainda não acordou. – me pai disse e enquanto ruía as unhas.

–Isso é normal? – o questionei

–Não, Caleb. – Sam respondeu segurando a mão do meu irmão.

O médico chegou ali, ele não tinha uma expressão boa em seu rosto.

–Então, Sr.Kingston. Não vou mentir, nós fizemos o que podíamos, agora o seu filho precisa lutar. – ele disse

–Como assim? Fizeram tudo? Esse é o melhor hospital desse país. – meu pai se exaltou.

–Pai! – puxei ele pra trás. –Brigar com ele na vai adiantar.

–Eu vou tirar meu filho dessa espelunca. – meu pai apontou o dedo na cara do médico e saiu do quarto.

César me abraçou.

–Scott, você precisa acordar. – Sam disse sem conter suas lágrimas, eu segurei em seus ombros e sorri otimista.

–O Scott vai sair dessa. – falei

–Gente é do Scott que estamos falando, não precisamos ter dúvida. – John disse

Uma enfermeira veio avisar que o horário de visitas acabou.

–Vamos, Sam. – peguei minha amiga.

Chegamos na escola, passei pelo armário do Scott e haviam várias flores, fotos e alguns bilhetes.

–Viu, todo mundo está torcendo por ele. – falei pra Sam.

—E não é pra menos, ele sempre foi legal com todo mundo. –minha amiga disse

–Oi gente! – Theo chegou ali

-Oi amigo. – falei

–Como está o Scott? – ele nos perguntou

–Não sei responder. – falei

–Ele tá bem. – John respondeu

Serena apareceu ali, ela e Gwen estavam de mãos dadas.

–Eu faltei um dia de aula e isso aconteceu? – as interpelei

-–Eu sabia que depois daquela festa ia rolar alguma coisa. – Tay disse

–Na verdade está rolando a mais tempo que isso. –falei

–Eu contei pra ele faz tempo. Eu decidi que não ia esconder quem eu sou, e a Becky foi e está sendo uma ótima amiga. E a Gwen uma namorada incrível. – Serena explicou

–E é o melhor que você faz. Ser a gente mesmo é libertador. – Theo disse

–É ótimo, não é? Que bom que você está feliz. – falei e elas sorriram

–E a Becky e o Theo? – John jogou um olhar malicioso

–Tudo tem seu tempo. – Theo ergueu as mãos.

Se passaram alguns dias, a Samantha não falava muito com a gente nos dias recorrentes. Ela parecia não prestar a atenção em nada e cada vez menos vinha pra escola, ela só ficava com o Scott no hospital.
John também não falava, até se afastou da Tay, isso fez com que eles brigassem quase sempre.

–Ela tá estranha. – César falou sobre a Sam, nós estávamos no lounge da biblioteca junto com a Tay.

–Ela está super preocupada. Eu também estou, só que eu tô tentando segurar firme, o meu irmã pode morrer a qualquer momento se ele não acordar e já fazem duas semanas que ele tá em coma. – falei e eu pude chorar

Aquele Garoto | Romance GayWhere stories live. Discover now