Capítulo 9 - Looking Too Closely

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Estava inerte naquela poltrona de hospital, eu já havia recebido um atendimento rápido, não tive nada mais que alguns pequenos cortes. Scott e César estavam lá pra dentro ainda e o Nicki ainda não respondia a ressuscitação.

–Filho, vamos embora. – meu pai me chamou

–Os meninos estão bem? – perguntei ao meu pai

–Sim. – meu pai me jogou um sorriso reconfortante

Quando vi César e Scott saírem com a Alissa eu chorei aliviado. Nesse meio tempo a mãe do Nicki entrou no hospital aos berros, chorando como uma mãe.

–Meu filho não! Meu pequeno Nicki. – ele dizia em seus soluços

Scott começou a chorar no momento em que viu a mulher, meu pai abraçou o filho. Alissa e César dormiram na nossa casa, meu pai achou melhor.

–César você pode dormir no quarto de hóspede. Ou com algum dos meninos se achar melhor. – meu pai disse para o garoto

–Tá bem. – o garoto respondeu

–Eu acho que minhas roupas servem em você. – Scott chamou o César

Eu tomei um longo banho e imagem do Nicki vinha na minha cabeça toda vez que eu fechava os olhos. Vesti um pijama confortável quando saí. O César decidiu que ficaria no quanto de hóspedes.

Peguei meu celular e haviam varais mensagens.

amigo você está bem? Eu tô aliviada que vocês estão vivos. Tadinho do Nicki. (emoji com lágrimas nos olhos) – Tay.

–Ei, como você esta? E o Scott o César? Ninguém me responde eu tô preocupado meu pai não me deixa ir aí. – john.

–Ei? Como você está? O Scott tá bem? Eu posso parecer aí? Minha mãe vai me levar se seu pai deixar. – Sam.

–Cá você tá bem? Eu sei que não somos próximos , mas eu queria saber de você. – Serena.

De madrugada quando eu desci pra pegar um copo de água vi o César sentando do lado de fora. Fui até ele ele estava escutando alguma música sentado na cadeira na varada de trás.

–Ei você está bem? – perguntei a ele

–Nossos amigos me perguntaram isso, mas eu não sei dizer. Eu acho que eu só estou tentando processar. – ele respondeu

–É eu estou assim, eu tentei... César. – limpei minhas lágrimas.

–Eu só consigo escutar o choro da mãe dele lá no hospital. – César me contou olhando um ponto fixo

–É ... porque você saiu da festa? – perguntei a ele

–Bobeira. Parando pra pensar bem agora. – ele respondeu –E que na real, eu travei quando fui beijar a Becky, e ela ficou um pouco brava.

–Travou? Ela é tão bonita que você...

–Não é isso .. só que eu ando confuso sabe, com quem eu sou. – ele respondeu antes de eu terminar a frase

–Bem, eu tô criando coragem pra contar pro meu pai. – confessei

–Seu pai parece legal. E você é bem seguro da sua sexualidade. – César disse

–É eu sou, eu tive que namorar a Sally pra ter certeza. – sorri

–Eu não consigo imaginar isso. – ele sorriu

–Pois é. – falei. –César, se precisar de um amigo pra conversar sobre isso, eu vou estar aqui e não precisa hesitar em converse comigo sobre.

–Obrigado. E eu acho que vou precisar de uma orientação. – ele pegou minha mão e ficou olhando pra mim com um sorriso fofo

–É eu vou voltar pra cama. Se não quiser dormir sozinho pode ir pro meu quarto, minha cama é bem grande. – falei

–Acho que vou aceitar o convite. – ele se levantou

Acordei no outro dia e o César ainda dormia, olhei pela janela e dia era nublado com nuvens densas e escuras. Fui até o banheiro do meu quarto, decidi tomar um banho quente. Vesti um conjunto esportivo de moletom, desci e vi que meu pai assistia o noticiário na televisão da cozinha, estava passando a notícia sobre a morte do Nicki.

–Bom dia. – falei, meu pai desligou a televisão de imediato

–Bom dia meu filho. – meu pai veio me abraçar. –Me desculpa.

–Tudo bem pai. – falei tentando deixá-lo tranquilo

–É ... eu queria saber se vocês querem sei lá passar uns dias longe da cidade? – meu pai me perguntou

–Não precisa, só precisamos de alguns dias. – falei

–É que o seu irmão saiu bem cedo e não voltou ainda. – meu pai respondeu

–Eu sei onde ele está. – olhei para o chão e sorri. –Vou ir lá falar com ele.

Calcei um tênis e peguei uma jaqueta jeans. Fui até atrás da nossa casa, depois da cerca havia uma rio e nós fizemos um forte às margens dele.

–Oi irmãozinho. – falei assim que entrei e vi ele sentando com a cabeção entre os joelhos

–Oi. – ele respondeu

–Você está aqui a quanto tempo? – perguntei a ele

–Eu não sei. – Scott respondeu, eu abracei ele.

–Tá tudo bem. – tentei acalmar ele

–Não tá bem não. Ele fez aquilo por culpa minha, eu peguei no pé dele todos os dias desde que eu conheci ele, eu nunca achei que ele fosse...

–A gente nunca pensa nisso. – falei

–Eu deveria ter te escutado. – Scott disse com a voz embargada. –Eu sou um assassino.

–Eu sei que qualquer coisas que eu te disser aqui não vai aliviar o que você tá sentindo. Só que, não ajuda se martirizar com isso, e o que vai dizer sobre quem você é, é a forma que você vai agir daqui pra frente. –  falei e o abracei

–Eu te amo tanto irmãozinho. – ele me abraçou forte

–Eu também te amo. E você sempre me protege, agora é minha vez. – respondi. –E esse forte parecia maior.

Fiz meu irmão sorrir.

–Nos éramos pequenos demais. – ele respondeu com um sorriso quase que de alívio.

–O que acha da gente reformar ele? Hoje é domingo. – perguntei a ele

–Eu acho que vai ser uma ótima terapia. – Scott respondeu.

–Ei, irmãozinhos. – John chegou ali. –Quando seu pai disse que o Scott tinha "sumido" eu sabia pra onde vocês viriam.

–Nosso forte "secreto" – respondi.

–Vamos alimentar ele de tamanho, tá afim de ajudar? – Scott chamou o amigo

–Vai ser legal, vai?! – insisti

–Vamos, é um ótimo jeito de passar o domingo. – John aceitou

–Eu vou pegar as madeiras na garagem, o Caleb as ferramentas, e o você pode ir tirando esse galhos do caminho. – Scott disse

Chamamos e o César pra dar uma ajuda, mas ele não podia fazer muita coisa. Mas foi divertido, foi bom para o Scott espairecer a cabeça e a gente evitar os paparazzi que nós rondavam...

Aquele Garoto | Romance GayTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang