Capítulo 10

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Fazia tempo que não tinha um momento a sós com Hayley, estava passando maior parte do tempo com Tracy para que não se sentisse sozinha em momento algum, além das crises que ela tinha ao lembrar-se de Dennis, às vezes tinha que tomar calmante para conseguir dormir em paz. Enquanto ela tirava seu sono da tarde Victória e Eu estávamos encaixotando o pouco que iríamos levar conosco, havia decidido mudar-me para a mansão que papai mantinha aqui mesmo em Londres, talvez com seguranças rondando a casa e com um novo quarto Tracy se sentiria melhor, já que ultimamente ela dormia comigo, era o primeiro passo o qual havia dado depois de já tomar posse de tudo que papai nos deixara. Estava de poucas palavras com Victória, falava apenas o básico, ainda estava brava por ela ter deixado acontecer o que aconteceu com minha irmã, mas ao pegar um retrato meu e do papai e olha-lo uns intantes deixei que lágrimas caíssem sobre meu rosto, me lembrava exatamente como aquela foto fora tirada. Victória aproximou-se aparando as lágrimas com seu dedo indicador e me olhou com pesar, eu apenas dei um meio sorriso como agradecimento.

 Victória aproximou-se aparando as lágrimas com seu dedo indicador e me olhou com pesar, eu apenas dei um meio sorriso como agradecimento

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- Ele faz muita falta aqui. - indagou olhando a foto.

- Muita... - sussurrei. - Às vezes sinto como se ele estivesse apenas em mais uma de suas viagens e logo irá entrar por aquela porta e assim poderei abraça-lo ao invés de questioná-lo tanto por sua ausência.

- Sei o quanto fomos ausentes em suas vidas, vivíamos para negócios e mais negócios, mas ele não parava de pensar um só segundo em vocês. - disse apanhando o retrato em mãos e olhando mais perto - Vivia me dizendo o quanto eram importantes para ele, e se queixava por se ver tão ausente, havia dito até que ia tirar umas férias de tudo e viajaria com você e sua irmã por longos dias para tentar repor o tempo perdido.

- Eu me culpo apenas por não ter dito todos os dias o quanto o amava. - disse quase num sussurro.

- Não se culpe Taylor, seu pai sabia disso melhor que ninguém, sabia o quanto o amava e ainda o ama mesmo com tantas desavenças. - ela sorriu. - Guarde apenas as boas lembranças, sei que também nunca fui uma boa madrasta pra você, era egoísta em te ignorar só pelo fato de lembrar tanto sua mãe, aquela que ele tanto amou até seu último dia. Mas as poucas vezes que estive ao seu lado nos momentos em que mais precisava dei o melhor de mim para consola-la e fazer sentir protegida. Nunca te quis mal.

- Tudo bem mãe... Quer dizer Victória. - corrigi um pouco sem jeito.

- Sabe se fosse naquele tempo em que era uma péssima madrasta eu não ligaria que me chamasse pelo nome, mas confesso que ultimamente tem sido doloroso não ouví-la chamar-me de mãe novamente. - ela respirou fundo - Não tiro sua razão Taylor, mereço tudo isso.

- Devo confessar que também tem me soado estranho te ver me chamar pelo nome e não de filha, mesmo com muita ausência entre nós e com algumas intrigas nos tratavamos como mãe e filha. E creio que por ter ajudado meu pai a cuidar de mim todo esse tempo não te tira o direito de ser minha mãe de criação. - admiti um pouco constrangida.

Que Sorte a Nossa (Romance Lésbico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora