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— Diretor? — o guarda se espanta.

Eu poderia dizer como o diretor agiu, mas não notei o seu semblante. A porta abriu rápido demais, e minha atenção foi direto no menino que estava sendo empurrado pelo diretor. Ele tinha cabelo verde, vestia uma blusa preta com alguns detalhes em Branco e sua calça era completamente preta. Apesar, de suas roupas e cabelos chamarem bastante atenção, ainda possuía lindas covinhas. E isso deixava-o com uma aparência incrível. Estava completamente despreocupado, e sorriu quando me viu.

— Ele estava na sacada da escola, senhor. Não sabia o que iria fazer, por isso trouxe ele para o senhor — responde, provavelmente a uma pergunta do diretor.

— O que está acontecendo com esses jovens? Já foram pegos três, contando com esses dois — o diretor bufa, apontando entre eu e o menino bonito, abrindo a porta e "convidando" todos a entrarem na sala.

— Eles estão mais rebeldes do que antes, nada que um bom castigo não resolva... Aposto — fala o guarda, olhando fixamente para mim.

— Certo, certo... Já pode ir, eu resolvo os problemas — quase expulsa o guarda da sala.

Esse foi o momento que minhas mãos começaram a suar, minha mente projetava milhares de castigos utilizados no século 18. E a única coisa que me deixava menos nervoso, era saber que não era a único nessa tremenda história.

— Vejamos... — mas antes de falar qualquer coisa, uma pedra invade a sala. Quebrando a janela e batendo nos pés do diretor.

— O que é isso? — corre na janela, e tudo que escuto é risadas de adolescentes.

Sem mais nenhuma palavra, o diretor sai da sala, furioso demais para se preocupar com dois adolescentes em sua sala esperando um castigo.

Ok. Acho que chegou o momento do milagre, aquele momento da história que os personagens saem ilesos.

— Vamos! Precisamos ser rápidos — o garoto passa pelos cacos de vidros, desviando de um machucado certo.

Fico paralisado, aquilo não poderia ser real. Mas antes que pudesse levantar e comemorar, o garoto bonito grita:

— Cacete! Está Trancada — e o milagre não existiu.

— Trancada? Como assim? Tenta de novo!! — me desespero, mais uma vez essa noite.

— Está trancada, porra! — tenta de novo, mais um fracasso.

Tento pensar no que os personagens de filmes fariam nessa situação.... Porta trancada... Arromba a porta? Não, isso só pioraria nossa situação.

— Hey! — O garoto chama minha atenção — janela.

Ele coloca a cadeira do diretor, subindo em cima e saindo pela janela que dava no telhado do primeiro andar.

— Você não vem? — chama novamente, dessa vez, já no telhado.

Big Dream ➳ NamjinWhere stories live. Discover now