Capítulo dezassete.

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              - Me solta. -empurro o David, ele sorri.
              - Eu sei que você gostou. -disse se achando, olhei furiosa para ele, eu não posso cair nessa tentação. Não quero mais sofrer.
           - O que você quer de mim? Já não bastou, trair-me com a minha melhor amiga. Agora vens e me beijas, como se nada aconteceu. Ah por favor, David. -dou suspiro. -Estou cansada de sofrer, por você. Cansada. -ele olha triste para mim.
         - Desculpa. -disse com olhar decepcionado.Saiu de perto dele, dessa vez não vou chorar mais.
                                                  ***
                 - Obrigada. -digo assim que a Maria entrega-me o café.
                - Me conta, tudo sobre ontem. -Maria diz sentando ao meu lado.
                - Tudo sobre? -finjo não saber, não quero contar para ela que quase beijei o Jack.
                - Não se faça de boba, menina Liz. -Maria diz e pega no meu ombro.
- Tá, nós assistimos filmes, e comemos. - bebo meu café. Maria abriu a boca para dizer alguma coisa. - Maria eu quero pintar a parede do meu quarto.
- Porque menina Liz, está tão bonito assim. -Disse.
- Maria, é que meu quarto está muito rosa, e muito branco. Eu quero cores mais escuras.
- Queres que eu fale com os teus pais? Para contratarem alguém? -perguntou, faço que não com a cabeça.
- Não precisa, eu mesma faço isso. - Alex entra no meu quarto, todo feliz.
- Vais pintar o teu quarto, maninha? -perguntou, faço que sim com a cabeça. - Ah, ok. -disse, esse olhar do Alex já diz tudo, ele deve estar a tramar alguma.
- Eu vou retirar-me, qualquer coisa é só chamar. - Maria disse, e levou a chávena de café.
- Porque que estás tão feliz? -Alex sorri, como se você um bobo apaixonado. - Estás apaixonado, apaixonado. -ele faz careta. -Quem é a sortuda?
- Eu não posso dizer, acho que ela nem gosta de mim. -ele diz com um olhar triste.
- Eu posso ajudar talvez, diz-me quem é. - insisto
- A Vanessa, aquela tua amiga. -disse, a Vanessa.
- Ela tem namorado, o João. Você não conhece. -digo. - Alex se você gosta da Vanessa, luta por ela. -digo, e aquele sorrisão lindo do meu irmão, volta.
- Quer saber, eu gosto dela, eu vou lutar por ela.
- Sim, faz isso. -digo.
- Obrigada, Maninha. -deu um beijo na minha testa. - Você quer que eu compre tintas, para pintares o quarto? -perguntou, fiz que sim com a cabeça.
- Obrigada, irmão. -digo, ele sorri e sai do meu quarto. A Vanessa e o meu irmão, fazem um casal fofo.
Eu quero pintar o meu quarto, essa cor traz-me muitas lembranças.

                          David narrando:
Quando eu beijei a Liz, eu senti como se fosse o nosso primeiro beijo. Eu acho que ela gostou, eu amei. Mas as últimas palavras que ela me disse, foi doloroso para mim. Não sei porque que continuo com a Kendra. Estaciono o carro, e desço do carro.

- Você não é o David? -uma morena linda perguntou.
- Sou, e você? -pergunto, sem interesse.
- Eliana, muito prazer! -disse esticou suas mãos, eu apertei sem vontade. Quando estava quase a ir embora, ela me puxou pelo braço.
- Eu posso ajudar você a ficar com a Liz. -disse, e encostou seu rosto no meu.
- Como? -pergunto me afastando dela.
- Eu sou a ex-namorada do Jack, nós namoramos 4 anos. - ela disse se achando.
- Parabéns para você. -digo sem interesse de conversar com ela. - Quando você ter um plano, me procura. -digo e ela vai embora furiosa, subo até ao meu andar. - CHEGUEI. -grito, e Kendra corre até mim e me beija. Não sinto nada, quando ela me beija, sinto só nojo de mim.
- Amor, tinha saudades. -disse abraçando-me, forte.
- Eu também. -no fundo não tenho. - Eu vou comer alguma coisa, vens? -ela segura na minha mão, e andamos até a cozinha.

                                                    Liz narrando:
Alex com as suas demoras, eu preciso pintar. Não quero olhar mais essas cores, fecho o olho e respiro fundo. Ontem o David beijou-me, eu senti tantas coisas ao mesmo tempo, raiva, amor, felicidade e nojo dele mesmo. Fiquei firme, e tentei ser mais rígida possível, e consegui, mas acho que ele arrependeu-se.

- Olá Liz. - Jack, disse.
- Jack? - levanto as sobrancelhas, ele sorri e pousa as tintas no chão.
- O teu irmão disse que precisavas de ajuda, então eu vim ajudar. -disse, que raiva do Alex.
- Sim, claro. -dou um sorriso, mas por dentro estou furiosa. Alex, maldito. - Vamos começar a pintar? -pergunto, Jack pega as tintas. - Essa parte vai ser roxa. - aponto. -E está preta. - digo.

Começamos a pintar, o Jack contava algumas coisas engraçadas. Desde que eu terminei o meu namoro com o David, o Jack sempre foi um grande amigo, apoia-me, faz-me rir, até quando estou chorando, ele é um grande amigo.
***
- Finalmente, acabamos. -digo e sentamos no chão do meu quarto. - Está lindo, não achas?
- Sim. Eu amei pintar com você. -ele disse eu dei um sorriso, ficamos em silêncio e o Jack não parava de olhar para mim, até já estou com vergonha.
- O que foi? -pergunto.
         - Nada, eu preciso ir embora. -deu um beijo na minha bochecha, e saiu.
                                                                 ***
                       Kendra narrando:
Ontem à mãe do David ligou, e convidou-nos para ir almoçar, hoje na casa dela. " minha futura casa" passo um batom roxo, dou uma volta no espelho, estou maravilhosa, estou com um vestido vermelho e curto, e um salto creme. David entra na quarto, e grita para eu me apressar, ele anda muito estranho comigo, não sei o que faço em relação a isso. Desço as escadas apressada, o David só gritava. Pisquei o olho para o meu amante, e sai.

Chegamos na mansão, a mãe  do David já esperava por nós na porta.

         - Filho, meu filho. Fiquei preocupada com você. -disse a mãe dele,e soltou um suspiro de alívio.
         - Estou bem, mãe. -disse e deu um sorriso forçado.
         - Boa tarde, senhora. -digo, ela sorri. Odeio ela, muito fresca.
         - Por favor, entrem. -disse e andamos até a sala, eu já conheço essa casa até de olhos fechados. - Teu pai foi trabalhar. -sentei no sofá marrom. - E como estão os teus pais, Kendra? -deu um sorriso falso, eu retribui.
       - Estão bem. -digo e ela me olha com nojo, e raiva.
       - Fico muito feliz, minha querida. - Que mulherzinha mais falsa.
       - Mãe estou morrendo de fome, vamos comer. -David reclama.
       - EMPREGADA. -gritou do jeito rico dela, não sei como o marido dela aguenta ela.
       - Sim, senhora. - espera aí, para tudo. Essa é a minha mãe, o que ela faz aqui?
      - Quero que sirva o almoço, por favor. -disse, e minha mãe não parava de olhar para mim, só espero que ela não conte nada. - Vocês se conhecem?
     - Sim, ela foi empregada da minha casa. -digo rápida, e noto os olhos da minha mãe cheio de lágrimas.

Não posso contar a verdade, Agora que eu consegui essa toda riqueza. Kendra a ambição em primeiro lugar. Peço licença para ir até a cozinha, e minha mãe chorava.

        - Só espero que não contes, nada. -digo, e ela chora ainda mais.
        - Eu não vou contar, fica despreocupada. -ela limpa as lágrimas.
        - Acho bem, Agora faz o teu trabalho empregadazinha de quinta. -digo me achando, é isso mesmo, me achando. Eu agora sou rica, e não tenho mãe.

Coração partido Où les histoires vivent. Découvrez maintenant