Capítulo Quatro

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Olá queridos leitores, hoje vocês terão a oportunidade de entender um pouquinho mais sobre a história de Dean Winchester. Boa leitura.



Puta merda.

Eu acordei com uma ressaca enorme. Boa, Dean. Você realmente deveria encher mais a cara, idiota. Se fode aí, babaca.

Vocês não podem me julgar. Não mesmo.

Quem nunca bebeu tanto que esqueceu o nome ou então não se lembrava da noite anterior.

Nunca nem vi.

Desde que perdi meu pai as coisas têm sido um pouco difíceis, mas difícil mesmo era perceber que eu estava me tornando quem eu sempre critiquei, John Winchester.

Ohio.

Cheguei em casa após mais um dia exaustivo na escola e me joguei no sofá. Não demorou muito para que meu irmão se jogasse também. Sammy tinha onze anos de idade, e como eu, sempre fora comportado e certinho. Está surpreso, não é mesmo? Dean Winchester certinho. Acontece que mamãe sempre nos ensinou a ser bondoso e ajudar todos que precisassem sem ao menos pestanejar.

Apesar de ter quatorze anos de idade eu não interessava tanto pelas mulheres, diferente do meu pai e dos outros garotos da escola, John estava em uma briga judicial com minha mãe pela minha guarda e a de Sammy, já que eles também estavam se divorciando. Mary, minha doce e querida mãe, havia pego meu pai na cama com outra mulher. Eu não o odiava somente por isso, mas sim por sempre ouvir o choro da minha mãe de madrugada e vê-la com um olho roxo, apesar das mentiras inventadas por ela, eu sabia que o culpado de tudo aquilo era meu pai.

Boa, lixo humano.

Três meses depois desse desastroso acontecimento meu pai saiu de casa, mamãe o expulsou, porém todos os fins de semana eu e Sam éramos obrigados a ir até a casa do velho e bêbado John Winchester. Papai se lamentava todos os dias, ele dizia amar Mary com toda sua alma. Bebia e chorava chamando por ela de madrugada.

A solidão foi consumindo papai aos poucos e o álcool passou a preencher o vazio que por algum tempo mamãe preenchera. Mesmo tendo muita raiva por tudo que ele havia feito eu sentia pena, queria poder ajudá-lo de alguma forma. Sammy ficava inconsolável de ver papai daquela forma, eu precisava fazer algo para mudar, mas era apenas um adolescente, ninguém ligaria pra mim, ninguém se importa com o que os mais novos pensam, certo?

Ver John se matar aos poucos me deixava doente, então eu estava decidido que o enfrentaria assim que ele retornasse de sua caçada.

Sim, caçada.

Papai adorava caçar na floresta perto do rio Mashew. Sempre voltava com um cervo ou patos, o que fazia Sammy chorar, me deixando com mais raiva ainda. Um ato idiota para reforçar sua masculinidade frágil, há. Touché. Seu machismo era revoltante, batia nas mulheres que se envolvia, se embriagava sempre que possível, sempre para ser o machão e isso o aproximava de sua morte além de afastar seus filhos. Sammy nunca foi de segurar as lágrimas e John não gostava nada disso, batia no menino.

"Você precisa aprender a ser macho, seu marica." John dizia.

Ninguém machuca meu pequeno alce, ninguém.

Sam e eu resolvemos procurar algo para comer e depois de achar uma torta ligamos a televisão. Passava algum programa idiota que nos arrancava gargalhadas.

"Está vendo, Samuel? É por isso que não se deve desistir da faculdade." Falei rindo bagunçando o cabelo curto do do meu irmão, fazendo com que sua franja caísse em seus olhos.

Drugs, Sex and Rock'n Roll•Destiel•Where stories live. Discover now