3.

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Ela...

Era a feira de São Valentim, o dia dos namorados e o reino estava abarrotado de casais apaixonados, meu pai havia levado cinco vezes mais a quantia de flores que costumava vender, logo as flores haviam sido todas vendidas e ele disse ao colocar uma coroa de chuva de prata em minha cabeça:
  — Você já fez o bastante por hoje Dafne, se divertir. — ele colocou duas moedas em minha mão e depositou um beijo em minha testa.
  — Obrigado papai! — sorri para ele e dei um beijo em sua bochecha antes de sair correndo pelo mercado. Encontrei Arthur e sua mãe vendendo chapéus para as senhoras nobres que não se incomodavam de se misturar com os plebeus.
  — Dafne, — sorriu a mãe de Arthur assim que me viuestá linda com essa coroa de flores na cabeça.
  — Obrigado senhora Wayland. — sorriArthur pode vir brincar?
  — Mas é claro que pode. — Arthur se aproximou da mãe e ela lhe deu um beijo na testa antes de sussurrarDivirta-se querido.
  — Aposto que você não consegue chegar antes de mim ao riacho. — falei quando estávamos à uma distancia em que sua mãe não poderia mais nos ouvir.
  — Pois eu aposto que consigo! — Arthur sorriu e então saiu correndo em disparada.
  Apesar de Arthur possuir a vantagem de ter saído na frente, eu era muito mais rápida do que ele e cheguei primeiro ao riacho.
  — Uhu! — comemorei dando pulinhos e batendo palmasEu disse que te venceria!
  Arthur sorriu para mim e balbuciou algo o parecido com um parabéns enquanto recuperava o fôlego, ouvimos um barulho na mata ao nosso redor e nos viramos ao mesmo tempo que alguém saiu de trás das árvores.
  — Ora, vejam se não são Dafne Rolfe e Arthur Wayland... — aquele era Franz Jones, o filho do general, ele possuía sete anos assim como Arthur e eu mas era o ser mais desprezível que se possa imaginarQue vergonha Arthur, sempre perdendo para uma garota, você deveria honrar as calças que ves...
  Franz não teve tempo de terminar sua frase pois caminhei até ele e desferi um soco forte em seu nariz, que começou a sangrar.
  — Quem deve honrar as calças que veste é você, Franz. — falei observando ele que mantinha as mãos em formato de concha em volta do nariz, o sangue vazava por entre seus dedos, o que lhe tornava ainda mais patéticoDeveria sentir vergonha, pois acabou de apanhar de uma garota!
  Você vai pagar por isso Dafne Rolfe, escreva minhas palavras, você vai pagar! — a cada palavra ele ia dando um passo para trás, até que finalmente se virou e correu.
  Quando me voltei novamente para Arthur ele me observava com um sorriso enorme em seus lábios.
  — O que foi? — perguntei sem entender a razão do sorriso.
  — Eu realmente quero me casar com você!

A Garota No BosqueOnde histórias criam vida. Descubra agora