Crazy In Love ( Sterek)

Chegada em Beacon Hills

Capítulo 1 - Chegada em Beacon Hills

Stiles:

A pior coisa que poderia existir era você ir à escola na viatura da polícia. A viatura era quente e fedia a suor e cerveja. Não via a hora meu Jeep estar na garagem e não precisar da carona para ir à escola. Era vergonhoso chegar à escola dentro de uma viatura da policia.

- Pai realmente não precisa vir sempre me trazer na escola. - Me sentia mal mentir para o meu velho.

- Gosto de lhe trazer na escola...

Pensei rápido em uma resposta menos dolorosa.

- Pai, eu posso usar ônibus, pernas, e ainda tem a bicicleta...

- Eu nunca deixaria meu filho andar sozinho para escola de bicicleta, podem querer roubá-lo. - Por ser policial eu até entendo seu ataque, mas mesmo assim precisava arrumar uma maneira para que ele não me levasse mais naquela viatura fedorenta e suja.

- Pai! Tenho dezessete anos, qual é por favor. - Implorei. Nesse momento pedi a qualquer coisa que me ajudasse, precisa que meu pai entendesse que era um homem, poderia ser gay, mas não mudava o fato de que sei me defender.

Ele olhou fixamente para frente. Respirou fundo e largou os ombros nas costas da poltrona. Sua respiração saiu como uma lufada. O carro para um pouco longe do estacionamento. Agradeci por dentro longe e que não precisava ser visto saindo de uma viatura.

- Meu filho poderia dizer a verdade. - Seu tom era cabisbaixo. Isso fez meu coração doer.

- Que eu não quero ser visto saindo de uma viatura?- Ele abaixou a cabeça e respirou fundo.

- Desculpe Stiles, ainda penso que você é o meu garoto. - Dei dois soquinhos em seu ombro.

Meu velho é gente boa, mas sua autoproteção me fazia raiva. Gostava de conversar com ele e me sentia melhor. Gostávamos sempre de fazer as mesmas coisas e nas horas vagas víamos os jogos de futebol. Meu pai era maravilhoso, mas me sentia mal falar isso a ele.

- Ei eu ainda continuo sendo, apenas seu garoto só cresceu. - Dei-lhe um beijo na testa e sai.

A escola era um mar de gente louca correndo de um lado a outro pelo o corredor. Muitos iam ao quadro ver seus horários e suas aulas. As pessoas abraçavam-se e riam em grupos. As garotas trocavam gritinhos ao saber que ficaram juntas com as amigas. Os garotos zoavam a todo o momento.

- Quero entender um pouco desse mural. - Uma voz feminina ecoa pelos meus ouvidos. De princípio me assusto.

- Ah desculpe nem eu. - Comentei sem graça. Minha primeira tentativa de amizade havia falhado.

- Que pena, conhece Beacon Hills?- No momento me senti feliz, porque da cidade era uma das coisas que eu podia dizer que conhecia muito bem.

- Ah isso ai já entendo. - Tentei fazer uma piada que saiu horrível.

Ela me olhou. Realmente me impressionei. Ela era linda. Cabelos lisos, olhos bem redondos e castanhos. Lábios carnudos que se alargaram em um sorriso perfeito. Provavelmente ela parecia ser bem nova.

- Se não for muito incomodo sairmos depois da escola para conhecer a cidade. - Seus olhos perderam-se em um canto vazio. A ponta do seu pé esquerdo roçou pelo o asfalto para frente e para trás. Era realmente um gesto fofo e meigo.

- Ah! Claro por que não. - Uma faísca ascendeu em mim. Estava fazendo uma amizade nova, realmente não consegui estragar tudo com as besteiras que provavelmente sairia da minha boca atrevida.

Depois que o sinal bateu cada um foi para sua aula. Minha primeira aula era história. Para o meu prazer e felicidade a garota pela qual me esquecera de perguntar o nome estava na mesma turma que a minha. Scott também estava nas minhas aulas de histórias, na verdade estava em quase todas.

- Desculpa, mas esqueci de perguntar seu nome. - Busquei minha nuca tentando disfarça meu constrangimento.

- Cora Hale. - Ela esticou a mão. Seus lábios novamente se alargaram em um perfeito sorriso.

- Stiles Stilinski. - Sorri e a apertei.

Um formigamento correu por minhas veias. Por um momento me senti tonto, mas tentei me segurar. Olhei-a e sorri disfarçando o meu quase desmaio.

- Stiles! - Droga Scott havia notado. - Cara você está bem? Parece que vai desmaiar. - Soltei um sorriso fraco.

Estava sentindo meu corpo correrem inúmeras fagulhas, como uma exaustão corre sobre mim. Senti-me aliviado em um momento, mas no outro algo me impedia de permanecer em pé. Eram as minhas pernas que me havia traído naquele momento, levando-me ao Chão, sem nenhuma cerimônia cai como um fruto maduro. As coisas rodaram rapidamente e uma cortina escura preencheu minha vista, as vozes ao meu redor se tornaram mais graves e preocupadas. Como um boneco me tornei frágil entregando-me aquela escuridão.