V. O Início Do Difícil Treino

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Depois do que João disse tive vontade de desistir, na verdade eu pensei naquele momento que essa era a decisão mais fácil, mas pela primeira vez na vida que eu realmente me senti vivo como se agora tivesse um objectivo, algo, um motivo para viver.

Estava em frente ao líder que me tinha acabado de  disser que, caso eu morre-se no treino, ele não tinha responsabilidade, eu engoli em seco e disse:
- mesmo assim tenho que fazer isto não posso desistir agora!
- muito bem assim que eu gosto - disse ele com um sorriso que desapareceu logo -  mais uma coisa temos muitas evidências, que nos leva a  acreditar que o teu pai foi atrás de ramuh, já contactei as outras unidades mas parece que não temos como mandar ajuda, por isso não temos como garantir a segurança dele.
- não faz mal se eu conheço bem meu pai ele é teimoso o suficiente para não morrer.
- muito bem deixando este assunto de lado, vamos falar do teu treino, vais começar hoje, vais treinar com o Paulo as aulas sobre artes marciais e o teu espírito animal, e com a Vânia vais treinar a usar magia, sobre os cristais e os elementos da natureza alguma coisa contra? e por sinal chama-me J.
- ok entendi, mas eu não conheço nenhum dos dois quando vamos ser apresentados?
- daqui um bocado por agora vai conhecer a base por um pouco.

Sai do escritório e dirigir-me sozinho para o lado de fora do edifício, era tudo cheio de natureza, até o campo de treinamento tinha relva, andei durante uns dez minutos até que ouvi uma voz e senti um leve toque no ombro.
-olá então és tu o novato de que tão todos a falar?
Naquele momento eu olhei para trás e vi uma mulher de cabelo loiro quase branco até ao meio das costas, olhos azuis claros, uma beleza como nunca tinha visto, ela devia ser pouco mais baixa que eu, estava a usar um vestido azul claro, que dava um contraste com sua pele clara quase da cor da neve, eu olhei para ela corei e disse
- sim devo ser eu.
Ela sorriu e respondeu
- olá prazer o meu nome é Lisa mas trata-me por liz
- Leon prazer. - disse eu meio envergonhado
- ouvi dizer que vais treinar para ser caçador espero um dia poder lutar contigo como amigos é claro
- claro eu também.

Depois daquilo ouvi uma voz me chamar de longe quando olho para trás era Rita,
- então pronto para começar o treino.
- claro
Naquele instante apareceu Paulo o meu primeiro professor ele era alto devia ter mais de um metro e noventa careca e com um ar rígido ele tinha os olhos meio verdes ele olhou para mim é disse
- sou o Paulo prazer vou ser o teu mestre, espero que sobrevivas.
- prazer Leon.
Ambos caminhamos para o meio do campo e lá ele explicou :
- a primeira fase do treino é bem simples, primeiro vamos ter de melhorar a tua condição física então vais começar por fazer dez séries de cem flexões, cem abdominais e cem voltas ao campo na ordem que quiseres.
- ok vou tentar.
Eu sabia que era impossível eu conseguir fazer aquilo, mas também não cria admitir isso por isso comecei por fazer cem abdominais, acho que foi o que menos custou, avancei para as flexões quando acabei as cem, já a escorrer suor, comecei a corrida eram cem voltas, cada lado do campo devia ter uns trinta metros, por isso eram mais ou menos doze quilómetros, eu comecei num ritmo lento para poupar energia, mas pela volta vinte já não sentia as pernas e do nada vi tudo a andar à roda e desmaiei.
Quando acordei estava na enfermaria com chad ele olha para mim sorri e pergunta :
- quantas voltas deste?
- umas vinte eu acho -  respondi eu desanimado
- não foi mal na minha primeira vez não consegui dar mais de dez,  depois desisti e tive de parar um bocado para descansar
- não sabia que havia essa opção.
Ambos nos rimos e ele disse :
- Paulo está a testar-te fisicamente, mas também psicologicamente um caçador tem que saber quando está no seu limite ou então pode por seus aliados em perigo não achas?
- não consegui perceber que esse era um dos objectivos desculpa.
- não te chateies com isso no final deste a resposta que Paulo gosta mais e provaste que quando te empenhas em algo esforsas-te ao máximo, pode não ser a atitude mais inteligente, mas não é uma má atitude.
- obrigado chad.
Depois disso levatei-me e senti todos os meus músculos a  latejar, saí com o chad da enfermaria e fomos diretos para o bar, lá estava a liz e outra mulher alta com o corpo esguio um rabo de cavalo até meio das costas o cabelo era um tom de roxo escuro, uma cor não muito normal, mas mais surpreendente foi quando vi a cor dos seus olhos, era um roxo e o outro vermelho, ela devia ter uma certa idade mas mesmo assim era bonita ela olha para mim é diz
- então Leon tudo bem sou eu a Vânia a tua tutora pessoal chama-me Vi  o que achas.
- não assustes o rapaz Vi
- não tudo bem prazer - respondi
- anda vamos comer, hoje é lasanha de legumes, vamos logo foi Rita que fez.
Nós fomos, chad nos serviu um pedaço de lasanha e perguntou :
- então alguma dúvida que tenhas podes perguntar somos todos amigos
- sim sim pergunta - disse Vi animada
- então que base é essa  e onde Fica?
- está é a base número cinco da organização dos alquimistas e a única da qual eles não sabem o paradeiro, ela fica numa província no norte de Espanha todas as outras ficam em Portugal. - respondeu chad
- e quantas é que são?
- começamos com dez bases mas de momento só nos restam cinco a principal chamada de alpha a segunda mais importante onde temos o nosso stock de todo o equipamento a base ómega a terceira na linha de importância a base onde fazemos as nossas pesquisas a base delta a quarta em sucessão é  a base lotus que é de onde parte toda a defesa das outras bases e a nossa a base secreta que recolhemos informação, membros, somos uma espécie de CIA dos alquimistas, o nosso nome é base Z.
- então os templários devem ser fortes, pelo que percebi já perdemos cinco bases, sinto muito - respondi
Vânia ri e fala
- claro que nos custa termos perdido cinco bases, mas de momento eles já perderam cerca de vinte por isso acho que estamos em vantagem.
-ainda não percebi muito no que consta esta guerra mas só uma pergunta, porquê ?
Vânia pela primeira vez fez uma cara seria olhou para mim e disse :
- os templários querem pegar nos alquimistas, fechar numa torre e escravizar-nos, se me perguntares o porquê eu respondo porque não queremos ser fechados numa gaiola, por um talento de nascimento que não temos a culpa de ter.
- por mim parece um bom motivo e tu o que achas liz ? -  perguntei
- eu luto por isso mas também por uma questão pessoal. -  disse ela com um sorriso.
Por aquele momento já tínhamos acabado de comer eu levantei-me, despedi-me e fui para o campo treinar.
Quando lá cheguei estáva lá Paulo que olhou para mim e disse :
- o teu treino a partir de agora mudará todos os dias em três áreas treino físico, treino de artes marciais e com armas, e um treino especial para eu te ensinar a minha arte secreta.
- está a falar a verdade mestre?
- sim estou quando acabares o meu treino treinaras com a Vi, mas não vai ser fácil, caso não consigas dominar minha arte em cinco meses não poderás pertencer aos alquimistas já falei com o J e ele não se opôs,  então pronto?
- sim vamos lá.

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