INAUGURAÇÃO

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Paralisia do sono. Pesadelo. Sonho lúcido. Alucinação. Realidade?
Deitada em uma cama de hospital, a sala está vazia e escura, as paredes são pretas e tem manchas de sangue em toda parte; parece que foi abandonada há muito tempo, pois os sinais de poeira e falta de higiene são notáveis.
O que estou fazendo aqui? Como cheguei aqui? O que está acontecendo? Sussurro, pois minha voz não quer sair no tom normal.
Não consigo raciocinar, a única coisa que eu quero nesse momento é descobrir um jeito de sair daqui. Estou apavorada e perdida.

- TEM ALGUÉM AÍ? - tento gritar, e um eco ensurdecedor toma conta da sala.

Vou me levantar e não consigo, parece que estou colada no colchão com cola permanente. Nunca estive tão desesperada. Aos poucos minhas memórias vem surgindo como flashs e a cabeça doí cada vez mais.
Pessoas em coma alcoólico numa festa na piscina.
Tenho fragmentos desse dia rodando em meu cérebro loucamente.
Nesse momento não tenho certeza de muita coisa, mas algo daquele dia tem relação com o que está acontecendo agora. Talvez todo mundo passou mal e veio parar aqui. Talvez estejam todos presos por conta da quantidade de drogas que tinha lá. Talvez eu esteja sozinha nesse lugar, todos me abandoraram e me deixaram pra morrer.
Abro os olhos.
Foi um sonho? Ufa, foi apenas um pesadelo, o pior da minha vida toda.
Olho para o quarto onde estou: não é minha casa ou de algum parente. Estou no hospital.
Toda a minha família esta me olhando com flores nas mãos e sorriso no rosto, felizes por ter acordado.

- Ah, filha, pensei que nunca mais ia acordar - minha mãe diz, chorando.

- Mãe! O que aconteceu? Por que estou aqui? - pergunto desesperada.

- Oh, meu bebê, nada de ruim vai acontecer com você, eu prometo.

- Por favor, me diga o que está acontecendo?!

- Você dormiu por muitos dias, deve estar confusa, descanse um pouco sua mente e mais tarde vamos conversar.

- EU QUERO SABER AGORA! - grito sem pensar e minha mãe me olha triste.

- Teve um acidente onde você morava...

- Que tipo de acidente? Por que não me lembro de nada? - interrompo.

- Meu amor, todos os seus amigos morreram.

***

- Antes da comemoração, eu quero dizer umas palavras - Tom começa o discurso. - Foram muitos anos de economia e sofrimento para chegar até aqui e conseguir acolher todo vocês. Espero que o tempo que passarem aqui, ajude a evoluir cada um de vocês e que cada dia sejam mais felizes e satisfeitos com suas vidas. Calma, eu sei que querem beber até amanhã, já estou acabando. Só exijo uma coisa durante esse período: não atrasem o aluguel - todos dão risadas. - Brincadeira, vamos curtir por que a festa começou!

- UHUUUUUUUL - gritam sem parar.

*tocando lane boy*

Todo mundo está dançando e rebolando até o chão e muita gente está na piscina rindo e bebendo, enquanto Mark está no canto da casa fumando um cigarro preto e xingando o universo, quando, do nada, chega Juliene e pergunta:

- Onde fica o banheiro?

- Garota, caga na piscina mesmo, eu hein - ele responde grosseiramente.

- Credo para de ser grosso, se sua vida é ruim não tenta estragar a dos
outros!

- Desculpa, só não to pra festa hoje - suspira.

- Porque?

- Não estou afim de falar.

- Então vai tomar no cu, moleque chato.

Juliene sai de perto dele e vai dançar no meio da pista com a Juli.

- Nossa, aquele cara ali é muito chato. Já vi que vai ser difícil a convivência - Juliene aponta para o Mark.

- Sério? Ele parece ser legal - Juli responde.

- Vai me dizer que você está afim dele?

- Claro que não, estou afim de você - Juli sorri da forma mais linda possível.

Juliene beija Juli de uma forma tão inocente e delicada, como se fossem quebrar a qualquer momento e ela tivesse que tomar cuidado com cada toque.
No final elas se olham, começam a rir loucamente e se jogam na piscina de roupa e tudo.

Não muito longe dali, perto do bar, Bubi está bebendo uma batida de limão e Louis começa a puxar assunto:

- Oi, você é muito linda, sabia? Está solteira?

- Você é gay - ela dá uma gargalhada muito alta.

- Eu beijo todos os tipos de bocas.

- Você pode ser meu amigo gay!

- Quero beijar sua boca - ele morde os lábios.

- Meus amigos vão adorar te conhecer.

- Eu sou péssimo ator - ele ri, sem graça.

- Está tudo bem... Ei, não fica triste, aposto que vão ter muitos caras afim de você.

- MINHA MÚSICA! TCHAU, VOU DANÇAR.

*tocando beyonce*

Luke não parou de trocar olhares com a Dai. De todas as mulheres lindas daquele lugar ela é a mais misteriosa e que tem um encanto natural sobre ela.
Dai esta totalmente sem graça, se sente muito desconfortável nessas situações de flerte, ainda mais em uma festa onde ninguém é de ninguém.
Angel observa aquela situação toda e começa a beijar o Petter de uma forma nojenta e pior ainda, de olho aberto, só pra provocar o Luke, mas o coitado não consegue tirar os olhos da Dai.

Está no começo da noite ainda. Até então todo mundo curtindo a festa sem muito contato físico. Até que Mark toma vergonha (ou vodka) na cara e sobe no palco para cantar ao vivo uma música. Todos param para olhar ele cantar até que ele começa:

- A história começou quando um relógio esquisito grudou no pulso dele vindo do infinito, agora tem poderes e com eles faz bonito...

Todos gritam: É O BEN 10

Se acaso encontrá-lo você vai se admirar, diante de seus olhos ele vai se transformar em um ser alienígina que bota pra quebrar

É O BEN 10

Com seus poderes vai combater os inimigos e vai vencer, ele não foge de medo ou dor, moleque muito irado seja onde for

É O BEN 10

A galera toda cai no chão e começa a gargalhar sem parar. Começa a chover deixando todo mundo molhado e a maioria já esta bêbado o suficiente pra ficar vários minutos rindo e olhando pro céu.

Em um dos quartos da casa estão duas pessoas que não apareceram na festa. Bea e Marcia. As duas fumando maconha e ouvindo Paramore, deitadas na cama contando sobre viagens e histórias legais da vida delas. Até que a Freeza entra sem querer no quarto:

- Ai, meu Deus, desculpa atrapalhar mas... Onde fica o banheiro?

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