FESTA SEM PIJAMA

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para ententer melhor os cômodos da mansão

São 12 quartos, cada um com duas pessoas dormindo nele. Tom deixou que escolhessem, após a inauguração, com quem queriam dormir e ficou mais ou menos assim:

Juliene e Juli
Nic e Tham
Louis e Bubi
Natie, Ked e Mel
Nina e Nany
Angel e Petter
Dani e Lany
Julie e Carol
Frisa e Luke
Marcia e Bea
Pedro e Mark
Dai e Tom

Cada quarto tem um banheiro e também tem um banheiro perto da piscina. Tem uma sala de cinema, uma sala de karaokê, uma sala de jogos, uma sala principal e uma sala de jantar. Uma cozinha muito grande com uma dispensa maior ainda e um quarto com produtos de limpeza. O jardim é imenso e a piscina toma conta de boa parte dele, e tem um ofurô em manutenção ali perto. Ela fica no condomínio mais luxuoso do país onde muitos querem morar, mas poucos tiveram oportunidade.

após essa breve explicação voltamos a nossa programação normal.

***

Já se passaram dois dias que aquela festa aconteceu, mas até agora ninguém se recuperou. Parecia que tudo tinha perdido a cor e uma nuvem negra tomou conta de todos que ali estavam. Lany foi encontrada sem vida em seu quarto. Todos os sinais apontavam para um coma alcoólico misturado com exagerado uso de drogas. A polícia considerou suicídio e não culpou os donos da casa pelo o que tinha acontecido, até porque ninguém sabia de parentes próximos a ela e isso foi juridicamente esquecido. Mas tinha uma coisa muito estranha nessa história: Nany tinha passado boa parte da noite com ela e não lembra dela ter bebido ou usado drogas, aliás, Lany odiava esse tipo de coisa e achava que só estragava a vida das pessoas. Como isso pode ter acontecido? Como uma pessoa totalmente saudável pode ter morrido dessa forma? Ninguém conseguiu engolir essa história, todos sabiam que tinha alguma coisa por trás disso, mas ninguém queria correr o risco de que a mesma coisa fosse acontecer de novo. Então, após o velório da Lany, todos decidiram que essa história tinha que ser enterrada junto e que esse assunto não poderia mais ser citado. Só que no fundo de cada coração naquela casa, vive uma desconfiança e um medo irreparável.

Juliene acorda cedo, pega seu toddyinho na cozinha e vai para o jardim observar o nascer do sol.
Começa a pensar sobre tudo que esta acontecendo na sua vida e como tudo mudou tão rápido. A vida dela está a melhor possível e ela só tem que agradecer ao universo por ter passado por coisas ruins e conseguir viver coisas boas depois. Está amando dividir quarto com a pessoa que ela mais gostou de ter conhecido em anos e viver com pessoas incríveis, mas sua alma aventureira já está pensando quando vai ser a próxima viagem. Pela primeira vez ela tem alguém para ir junto.
Sua paz interior está perfeita e tudo que ela mais amava naquele momento era viver.
Mas, infelizmente, as pessoas em sua volta não pensavam ou sentiam o mesmo que ela. Juliene ouve um choro de desespero chegando perto e quando olha é a Dani quase morrendo de tanto chorar.

- Meu Deus, por que está chorando tanto? Posso fazer algo pra ajudar? Por favor, não gosto de ver pessoas assim - Juliene fica brava quando tem alguém triste perto dela.

- Vocês não lembram, mas dias atrás minha única amiga no mundo morreu. Ela me defendeu de tudo e me ajudou quando precisei. Ela morreu e sou a única que sente falta. Odeio todos vocês - Dani responde entre soluços.

- Sinceramente? Ninguém aqui conhecia ela ou sabia o nome dela. Sim, é uma vida que não está mais entre nós e isso é triste, mas você não pode cobrar dor e sofrimento de pessoas que nem ela mesmo conhecia. Eu respeito seu luto mas você tem que respeitar a falta de luto dos outros também. Ninguém tem culpa de nada e se você ama mesmo sua amiga, que agora está morta, para de chorar por que com certeza ela não ia gostar disso. Por que você não tenta investigar a morte dela e para de ser tão egoísta?

Dani fica sem reação. Não esperava que alguém fosse falar tudo o que ela precisava de uma forma tão verdadeira. Depois daquele momento ela retomou sua consciência e percebeu que Juliene tinha toda a razão.

- Obrigada por ter me mostrado que não estava adiantando nada ficar chorando por aí. Você sabe de alguém que pode investigar esse caso para mim?

- Minha amiga Juli pode te ajudar, depois te apresento e vocês podem conversar. Se eu te ver chorando de novo você vai fazer companhia pra sua amiga, escutou? - após falar isso Juliene saiu pra meditar.

- MENINAS TIVE UMA IDEIA! - Natie grita em seu quarto para Juli, Tham, Nic e Ked - Vamos fazer uma festa do pijama! Percebi que a casa está muito triste depois que aconteceu certas coisas e precisamos animar um pouco. Mas só vale entrada de meninas na festa.

- Por que só pode meninas? Os caras são tão legais. E o Tom vai ficar chateado - disse a Ked.

- Vai ser a noite das mulheres, a gente fala que é pra cuidar da beleza, mas na verdade vamos dançar e beber a noite toda - Natie fala entusiasmada.

- Eu apoio! - fala Nic.

- Eu também, até porque não me sinto confortável perto dos meninos e acredito que as outras passam pela mesma coisa - Tham afirma.

- Hoje à noite vamos arrasar, quero ver todo mundo no meu quarto antes da meia noite. Tenho certeza que a Juliene vai adorar! - Juli fala e dá um sorriso.

- Temos que convidar as outras gatas, só de pensar que são vinte... Preguiça. - Nic fala e logo completa. -  A gente podia pegar a caixa de som e o microfone do karaokê pra avisar todo mundo de uma vez.

- Eu faço isso agora e vocês preparam as bebidas - completa Natie.

Senhoras e senhores, habitantes do vale dos homossexuais, quero avisar que hoje a noite vai rolar uma festa do pijama só para meninas no quarto da Juli e estão todas convidadas para ir. Garotos, a hora de vocês vai chegar mas HOJE A NOITE É NOSSA! Espero todas vocês lá.

23:30 e todas as meninas ja tinha chegado. Quer dizer quase todas. Algumas não apareceram por vergonha ou qualquer outro motivo que não vale a pena explicar. Nunca tinha visto tanta menina por metro quadrado, parecia o Clube da Luluzinha para adultos. Cada uma tava com pijamas fofos e tinham levado bebidas, drogas e playlist de músicas para garantir que a noite fosse uma das melhores da vida delas.
Começou a tocar alguns remix de várias bandas indie e Julie subiu na cama e começou a dançar e cantar como se não ouvesse amanhã. Natie e Ked estavam se pegando no canto do quarto e o resto das meninas começaram a beber e fumar loucamente, fazendo barulhos que davam pra escutar na casa inteira. A visão mais linda do mundo, muitas mulheres juntas em um quarto se beijando e se tocando com música alta e cheiro de vodka barata.
Tiravam a roupa e se jogavam uma em cima da outra beijando todas as bocas que apareciam na frente sem se preocupar com nenhum tipo de julgamento.
Mark não aceitava ficar fora dessa festa e deu um jeito de abrir a porta. Quando entrou se deparou com mulheres lindas pulando só de calcinha e enlouqueceu. Ele gritava e pulava junto e as meninas estavam tão loucas que nem ligaram pra presença dele ali, só queriam curtir.
Juliene começa a cantar uma música que falava sobre amor próprio e auto-conhecimento e por acaso aquela também era a música favorita do Mark. Os dois gritavam e davam risadas tão alto, mas ninguém conseguia ouvir. Juliene derrubou um pouco de vodka na boca dele e ele puxou o corpo lindo dela junto ao seu e a beijou, beijou muito, aquela boca tinha algum tipo de encanto que cada vez mais dava vontade de beijar. Mas logo ela enjoou dele e foi agarrar outra menina.
Natie, com todo o seu fogo, não aguentou ver Mark ali e deu um beijo nele que fez ter vontade de transar naquele momento. Correram para o banheiro e ele começou a chupar ela com toda a vontade que tinha dentro dele e ela gemia o mais alto possível, quase perdendo a voz. Ficaram um bom tempo lá até o Mark ficar extremamente cansado e ir deitar na cama, do lado da Nic que estava dormindo e parecia um anjo. Ele abraçou ela e acabou dormindo junto no meio de toda aquela bagunça.
O resto das meninas beberam até desmaiar e a noite foi inesquecível pra todas elas.

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