PARTE 2

69 4 4
                                    

Um pouco antes de começar a festa, todos tiveram um tempo para olhar os quartos e terem uma noção da onde iam dormir. Ao entrar em um dos quartos, Mark viu Julie jogada no chão com os pulsos cortados. Ficou imobilizado enquanto ela olhava pra ele e sorria de um jeito bem psicótico.
Perguntou se queria ajuda, mas ela fechou a cara e levantou. Foi até ele e o beijou. Um beijo doentio, tinha gosto de sangue e suor. Ele não sabia o que fazer. Estava acostumado a ser o problemático da relação, mas ao beijar essa menina linda, ainda mais louca que ele, sentiu como se a dor e a tristeza fossem contagiosas. Conseguiu perceber pelo beijo que ela precisava de alguém naquele momento antes de fazer alguma besteira ainda maior com ela mesma.
Começaram a tirar a roupa e se pegar no chão, a respiração dos dois era como se eles tivessem correndo uma maratona e precisassem muito passar da linha de chegada.
Já estavam completamente nus, e o sexo foi rolando... Quando estava no ápice, começaram a chorar.
Abraçados, pelados, no chão frio, chorando. Mark ainda estava dentro dela, e percebeu que não tinha colocado camisinha. Acabou de transar com uma garota louca, sem saber o seu nome e sem camisinha.
Colocou a roupa o mais rápido possível e saiu correndo pra longe dali.
Julie não se incomodou com isso, só estava com um vazio ainda maior dentro dela, e acabou desmaiando.

***

Durante a festa, muita gente estava na cozinha inaugurando a geladeira. Dani e Carol estavam conversando sobre como as drogas podem prejudicar o cérebro dos jovens e tomando suco detóx.
Pedro estava encostado na geladeira esperando colocarem mais docinhos pra ele comer. Nic passa e acha ele muito diferente, uma beleza comum e ao mesmo tempo peculiar. Decidiu ir falar com ele:

- Oi, é... Você gosta de abacaxi?

- Ah, olá. Não gosto, e você?

- Mentira? Me beija! - ela sorriu.

- Sério? - ele sorriu, nervoso.

- Se você quiser...

- Preciso saber mais sobre você primeiro.

- Fala seu nome, quando acabar a festa a gente conversa, tudo bem?

- Pedro.

- Boa festa, Pedro. Te vejo depois.

Até parece que vou perder a festa falando com ele, Nic pensou e começou a rir sozinha.

No quarto mais próximo tinham 3 pessoas. Natie, Mel e Ked. Praticando o famoso beijo triplo e bebendo tequila. Elas já estão tão loucas que não sabem mais onde estão colocando a língua. Mas Ked vomita na hora de um dos beijos e elas vão se lavar no chuveiro. Uma começa a lavar a outra e acabam dormindo no box sem perceber.

Lany e Nany estão dentro da piscina reclamando de como as pessoas eram escrotas e desaforadas.

- O pior dessa casa é aquela menina sonsa que administra junto com o Tom - Nany faz careta.

- Por enquanto eu não estou odiando ninguém, mas se entrar gente nova eu faço barraco! - Lany fala.

- É isso aí, amiga, eu te ajudo. Mas você viu a Nina? Estou a festa toda procurando por ela.

Nina tava vasculhando cada gaveta do quarto da Dai e do Tom. Queria saber de tudo que rolava financeiramente entre os dois, patrocínios, contas e tudo que tem direito para conseguir fazer sua idéia dar certo. Louis entrou sem querer no quarto e perguntou:

- Oi, esse não é o seu, né?

- Não é, mas não conta pra ninguém... Acho que tem alguém vindo, vou me esconder - ela se esconde no armário e Tom entra no quarto.

- Louis, o que está fazendo aqui?

- É... Eu tava te esperando.

- Pra que?

- Esperei a noite toda pra isso - Louis beijou Tom e logo em seguida ele o empurrou.

- Está maluco garoto? - Tom limpa a boca. - Sai daqui agora, se não te expulso!

Louis sai do quarto chorando e Tom vai atrás dele.

As pessoas mais bêbadas estavam jogadas em algum lugar da casa, e as mais sóbrias sentaram em frente a piscina, olhando pro céu e ouvindo Lana Del Rey. Nessa parte da festa Tham estava muito depressiva por não ter conseguido beber muito e nem ter beijado alguém. Começou a olhar pra água e lembrar das decepções amorosas que já teve na vida. Antes que pudesse chorar, Nic pula em cima dela e começa a fazer cosquinhas. Quando acaba, uma olha para a outra e fala ao mesmo tempo:

- Não beijei hoje.

E enfim se beijam sob a luz da lua e o cheiro de cerveja tomando conta do ar. Tham sente como se tivesse beijando uma irmã e Nic nem sabe o que está fazendo. Depois ficam deitadas uma do lado da outra, contando as estrelas ao som de Dark Paradise.

Enquanto tudo isso rolava, Frisa encontrou o banheiro e ficou por lá mesmo, pois quando usou trancou a porta e não conseguiu abrir. Até tentou gritar mas a música estava muito alta e ninguetm ouviu.
Sorte que ela estava com o celular e um pouco de cocaína.
Do nada, fez um silêncio e a porta abriu aparentemente sozinha. Ela caminhou pela casa e viu todo mundo desmaiado em algum canto. Não tinha feito amizades então chamar alguém é a última alternativa.
Olha no relógio: 11:30. Vai para o jardim e lá encontra Dai, chorando e olhando para um corpo no chão.

- Ele morreu - Dai diz soluçando - Ele morreu por minha causa!

- O que aconteceu? - Frisa vê se o homem ainda está respirando. - Ele está vivo ainda, vamos colocar ele em algum quarto antes que fique pior.
Elas vão arrastando o corpo por toda a beira da piscina até chegar no quarto mais próximo e o colocam na cama. Frisa vai preparar toalhas molhadas no banheiro e Dai fica olhando para Luke desmaiado na cama e começa a chorar ainda mais. Ele acorda e ela fica paralisada. Como ele sobreviveu? Será que... finalmente?

- Ah... Nós passamos a noite juntos? - Luke pergunta - Não lembro de nada, desculpa.

- Você me beij... Nada aconteceu, só o encontrei desmaiado no jardim e achei que você tinha morrido.

Ele me beijou e ainda está vivo? Como isso é possível?

house of doidas Where stories live. Discover now