Vinte e um

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Alef

- Acho que ouvi o bastante. - Digo entrando. Eva arregala seus olhos azuis e depois sorri, desajeitada.

- Alef, meu amor. Estava contando a Anelise sobre o nosso plano de tomar o reino. Não se preocupe, ela não irá contar a ninguém. - A raiva me possuí, seguro ela pelos ombros.

- Saia de minha frente, ou vou acabar fazendo algo contra você.

- Me enfrente, se você for capaz! - Eva tinha muita força, a magia negra a deixava assim. Tive que lutar contra ela, senão, eu iria acabar morrendo.

Eva me bateu diversas vezes, ela tinha a força de um homem grande. Eu não conseguia devolver os golpes, apesar de tudo, ela era uma mulher, o máximo que eu conseguia fazer era desviar e empurra-la. Em um momento, acabei chegando ao meu limite e a empurrei com toda a força, ela bateu a cabeça em uma das estantes com seus ingredientes para a magia e desmaiou.

Corri até Anelise e desamarrei.

- Eu sabia que você iria me ajudar. Você não pode ser um monstro. - Disse ela me olhando. - Porque fez isso, Alef?

- Meu irmão sempre tem tudo o que eu quero. O reino, o respeito de meu pai, você... - Ela me olhou assustada. Balancei a cabeça. - não é hora para isso. Ela vai acordar daqui a pouco.

Peguei Anelise em meus braços.

Cacíano

Dois dias depois...

Eu e Alicie estamos juntos há 3 dias e eu estou muito feliz por nós dois.

Estava em casa pensando em Anelise, como todos os dias e todas as noites.

Acho que nesse momento ela já deve estar casada com seu marido, sendo feliz. Mas não importa, eu amo Alicie.

Eu amei a Anelise e ainda amo, mais do que qualquer coisa, mas eu também amo Alicie de uma forma que não sei explicar.

Estava sentado na grama vendo os pássaros cantarem quando meu celular toca.

- Alô? - Digo.

- Oi amor, pode vir aqui? - Era Alicie, óbvio.

- Claro, claro. Já estou indo. - Eu disse, nós nos despedimos.

Peguei meu carro e fui para a casa de Alicie. Chegando lá tenho uma surpresa. Seus pais estavam lá.

Anelise

Eu estava tão fraca que não conseguia ficar em pé. Alef me ajudou até chegarmos no palácio. Eu estava com medo de Alef mudar de idéia e fazer algo comigo, mas, não podia e não conseguia fazer nada.

Quando cheguei, o palácio estava uma loucura. Apenas me lembro de ouvir gritos, de ver Cacíano, Anastácia e meus pais desesperados. De Alef me pedindo perdão. Apenas isso.

Abro meus olhos e vejo o quarto da Princesa. Olho para o lado, Anastácia estava lá. Ela sorriu.

- Lise... - Ela se aproximou e segurou minha mão.

- O que aconteceu?

- Vou tentar explicar do começo. - Aceno com a cabeça, ela respira fundo. Parecia ter chorado muito. - Alef trouxe você, e depois admitiu que o seu sequestro era um plano para te matar e tomar o reino. Mas ele descobriu que a bruxa iria traí-lo, então resolveu te salvar. Agora ele está no calabouço.

- Eu sinto muito, Ana. - Digo apertando sua mão. Ela dá um sorriso e lágrimas caem de seus olhos. Ela estava tão decepcionada. - Eu sei que você o amava...

- Lise, não sinta. Eu... eu vou superar isso. - Ela limpa as lágrimas, mas, outras novas caem sobre seu rosto. - Eu queria que ele mudasse.

- Ele me salvou, isso prova que talvez...

- Talvez. Preciso saber dele. Preciso ir vê-lo.

- Não é arriscado?

- Sim, mas preciso de respostas. - Ela levanta limpando seu rosto mais uma vez. - Vou chamar Cacíano.

A Princesa PerdidaOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz